sexta-feira, 4 de setembro de 2020

I Cor 5,1-5 – Imoralidade do Mundo

 

N

ão vos escrevo estas coisas para vos envergonhar, mas para admoestar-vos como filhos muito amados.”(I cor 4,14).


            Deus não quer castigar, na verdade quer o bem de todos nós.

            Na pericope I Cor 5,1-5 não há muito a comentar. O texto é claro, se explica por si. Trata de imoralidade, luxuria, escândalo na comunidade. Isto existe entre nós, hoje em dia? Infelizmente existe. Sacerdotes são assediados, outros assediam...

            Se analisarmos essa Palavra de modo rasteiro, superficial, veremos que ela é extremamente pesada. Baseado apenas na letra e não na essência, essa palavra – quero crer – não se aplica entre nós aqui presentes. Mas não vamos ficar só na superfície, vamos mergulhar na palavra, fazer uma reflexão mais profunda. Por esse ângulo, vemos aí, o mundo transformado num lamaçal, o mundo desregrado, degenerado. O mundo entregue as paixões da carne, submetido ao domínio das potestades e principados do mal.

            O mundo está tão degenerado que a pornografia tomou conta de tudo, extrapolou e invade nossos lares através da TV, músicas imorais tocados em alto volume nas ruas, para quem queira – e mesmo quem não queira – ouvir. A Palavra de Deus em Sab 15,4s nos adverte sobre isso. (...)...

            O mal não é o que entra, mas o que sai da boca do homem. É verdade, porém temos que discernir para não aceitarmos tudo que nos é imposto. Não podemos ficar engolindo as porcarias que o mundo nos impinge.

            O mundo é assim, não podemos fugir dele. Façamos então como S. Paulo: estamos no mundo, não somos do mundo. Assumamos a loucura da cruz em contraponto a loucura do mundo.

            Temos que estar atentos, muito atentos às armadilhas do mundo que proclama falsos deuses, ídolos; o mundo exageradamente hedonista. Hedonismo é a busca desenfreada do prazer; é o prazer pelo prazer. Estejamos atentos, vigilantes, revestidos da armadura de Deus, como em Efésios 6, para não ficarmos vulneráveis aos harpões afiados do inimigo.

            Deus está nos advertindo sempre, exortando, nos convocando a si. E o que damos a Deus? Nada! E quando damos, são migalhas, o resto; o que sobra do nosso tempo, o que sobra de quase nada. Mas Deus, por amor, continua a exortar e suscita profetas entre nós, vozes que clamam no deserto.

            O v.5 (...)... Parece maldição, mas na verdade é benção. Trata-se de purificação. Se estivermos de coração contrito, Deus com amor infinito nos concede o perdão incondicional, mesmo que às vezes possa nos provar no fogo, tal como ouro e prata que são purificados assim.

             Depois de tudo que foi dito, talvez ainda não tenham entendido, talvez as palavras tenham sido mal interpretadas. Portanto, que eu não tenha sido considerado grosseiro devido a rudeza das palavras proferidas, porque embora duras, são palavras verdadeiras e ditas com amor; o amor que vem de Deus. Amem.   


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