sexta-feira, 22 de maio de 2020

At 19,21-27 – Tumulto dos Ourives



O
 texto estampa o pânico, o temor que o Evangelho causava a esses cultuadores de falsos deuses, ou melhor, aos comerciantes da fé. Na verdade nem eram tanto os cultuadores de ídolos que se erguiam contra os pregadores da Palavra de Deus e sim aqueles que incentivavam esses cultos através de práticas comerciais.
            Vemos os ourives incentivando o povo contra Paulo e os pregadores da Palavra, porque estes arrebatavam para Cristo os seguidores dos ídolos pagãos. Cada gentio convertido era um cliente a menos no lucrativo negócio daqueles artesãos e comerciantes. Hoje, o tumulto é causado pelos Demetrios modernos, os difamadores da Igreja, aqueles que não aceitam a doutrina da salvação propagada pela Igreja de Cristo. Aqueles põem em evidência os escândalos que acontecem – sim, acontecem, mas não são cotidianos como se insinua. Procuram por todos os meios desmerecer a Palavra de Deus e seus representantes. Até nossos irmãos evangélicos se unem a eles quando injustamente nos acusam de idolatria, fazendo campanhas sistemáticas contra nós. Eles atiram contra o próprio pé. O verdadeiro inimigo da fé eles nem sequer mencionam: As seitas não cristãs, as filosofias orientais, o esoterismo, a nova era, etc.
            A Palavra lida fala em idolatria e o ídolo em questão é Ártemis, deusa greco romana também chamada Diana; deusa da lua e da caça, cultuada em todo o mundo grego. E os ídolos modernos quais são? Além das falsas doutrinas, falsas religiões, há ídolos que nem sequer as pessoas imaginam que o são: O dinheiro e a TV. O dinheiro move o mundo; é verdade que foi responsável pelo progresso da humanidade, mas por outro lado é o responsável também por todos os males e a violência. A televisão expõe temas polêmicos como se fossem coisas banais: adultério, sexo pecaminoso, drogas, como aparente denúncia, mas na verdade, subliminarmente incentiva, induz a pratica, como se fossem coisas absolutamente normais.
            Para ilustrar o engodo das falsas promessas do mundo, aí vai a estória do camponês que viu passar o rei, e sendo muito pobre, resolveu pedir algo a seu senhor. Surpreendeu-se quando ao aproximar-se, o rei foi quem lhe pediu algo. O rei pediu-lhe um punhado do trigo que o camponês trazia no seu bornal. Este, surpreso e até certo ponto decepcionado, deu ao rei um grãozinho do trigo. Sua surpresa foi maior ao ver, mais tarde, uma pepita de ouro entre os grãos de trigo. Retornou e entregou todo o trigo que tinha, ao rei. Ganhou um tesouro e a promessa de mais tarde, um tesouro ainda maior. Amigos seus também quiseram um tesouro e juntaram um punhado de trigo para oferecer ao rei. Mas outros senhores ricos e até certo ponto poderosos, os seduziram para que o trigo fosse entregue a eles; ingenuamente cederam e deram grande quantidade de trigo a esses falsos reis. A principio receberam algumas pedrinhas de ouro, porém mais tarde perceberam que todo o trigo que lhes restava estava apodrecido e cheio de vermes, e o ouro transformado em pedra bruta. Quem é o rei verdadeiro? Jesus. O que é o trigo? Nosso coração, nossa alma. Não adianta procurar Deus nas falsas doutrinas nem a felicidade nas coisas materiais. Tudo isso só podemos encontrar em Jesus, nosso redentor. Jesus, que pelo sangue derramado nos remiu e pela ressurreição nos tornou herdeiros da vida eterna! Amém.




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