quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A Unção dos Enfermos


 


 

 Curai Os Doentes

                      “Saindo Jesus da sinagoga, entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava com febre alta; e pediram-lhe por ela. Inclinando-se sobre ela, ordenou ele à febre, e a febre deixou-a. Ela levantou-se imediatamente e pôs-se a servi-los. Depois do pôr do sol, todos os que tinham enfermos de diversas moléstias lhos traziam. Impondo-lhes a mão, os sarava.” (Lucas 4, 38-40)

                      Nosso Senhor Jesus Cristo ministrou o sacramento aos enfermos curando a todos de forma física e espiritual. Assim sendo, os sucessores de Nosso Redentor aplicam também este magistério, mais um sacramento confiado para a salvação na Igreja Católica:

                     “Por onde andardes anunciai que o Reino dos céus está próximo. Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. Recebestes de graça, de graça dai!” (Mateus 10, 7-8)

                      Os apóstolos ministravam os sacramentos, em todos os povoados por onde passavam, mas somente os doze. Nosso Senhor escolheu também mais 72 discípulos que estabeleceu para que exercessem o magistério da cura de enfermos física e espiritualmente. Segundo a unção que cabe para todos os membros do clero.  

                     “Eles partiram e pregaram a penitência. Expeliam numerosos demônios, ungiam com óleo a muitos enfermos e os curavam.” (Marcos 6, 12-13)

                     Nos dias de hoje a ação da Igreja é a mesma função que os apóstolos tinham ao sacramentar os enfermos como forma de cura interior e exterior. Por isto, somos A Igreja Apostólica, em tudo agimos conforme Nosso Senhor instituiu aos seus discípulos.   

                    “Curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: O Reino de Deus está próximo.” (Lucas 10, 9)

                    A Bíblia Sagrada indica claramente o papel da Igreja Católica em relação a este sacramento que Nosso Senhor instituiu para que seja efetuado pelos ministros consagrados da Santa Igreja. Uma missão para o clero que deve ser exigida sempre que necessário pelos povos de Deus Pai.

                   Está alguém enfermo? Chame os presbíteros da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o restabelecerá. Se ele cometeu pecados, ser-lhe-ão perdoados.” (Tiago 5, 14-15)

                     A Sagrada Tradição da Igreja Católica não poderia deixar de nos orientar, este sacramento foi disposto por Nosso Senhor aos apóstolos que passaram aos discípulos que instruíram a outros discípulos e outros e outros até chegar aos dias de hoje.

                   “Tu, portanto, meu filho, procura progredir na graça de Jesus Cristo. O que de mim ouviste em presença de muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis que, por sua vez, sejam capazes de instruir a outros.” (2 Timóteo 2, 1-2)

 

 

 

 

Ungidos Segundo O Catecismo


 

 

                       Agora vamos conferir o que O Magistério nos orienta sobre este sacramento através do Catecismo dirigido para curar o povo de Deus:

                      “O sacramento da Unção dos Enfermos tem por finalidade conferir uma graça especial ao cristão que está passando pelas dificuldades inerentes ao estado de enfermidade grave ou de velhice.” 1527

                     “O tempo oportuno para receber a sagrada unção é certamente aquele em que o fiel começa a encontrar-se em perigo de morte devido à doença ou à velhice.” 1528

                    “Cada vez que um cristão cair gravemente enfermo, pode receber a sagrada unção. Da mesma forma, pode recebê-la novamente se a doença se agravar.” 1529

                    “Só os sacerdotes (Bispos e presbíteros) podem administrar o sacramento da Unção dos Enfermos; para conferi-lo, empregam óleo consagrado pelo Bispo ou, em caso de necessidade, pelo próprio presbítero celebrante.” 1530

                       “O essencial da celebração deste sacramento consiste na unção da fronte e das mãos do doente (no rito romano) ou de outras partes do corpo (no Oriente), unção acompanhada da oração litúrgica do presbítero celebrante, que pede a graça especial deste sacramento.” 1531

                      “A graça especial do sacramento da Unção dos Enfermos tem como efeitos: a união do doente com a paixão de Cristo, para seu bem e o bem de toda a Igreja; reconforto, a paz e a coragem para suportar cristãmente os sofrimentos da doença ou da velhice; perdão dos pecados, se o doente não pode obtê-lo pelo sacramento da Penitência; restabelecimento da saúde, se isso convier à salvação espiritual; a preparação para a passagem à vida eterna.” 1532

                     “Se um enfermo que recebeu a Unção dos Enfermos recobrar a saúde, pode, em caso de recair em doença grave, receber de novo este sacramento. No decorrer da mesma enfermidade, este sacramento pode ser reiterado se a doença se agravar. Permite-se receber a Unção dos Enfermos antes de uma cirurgia de alto risco. O mesmo vale também para as pessoas de idade avançada, cuja fragilidade se acentua.” 1515

                      “Só os sacerdotes (bispos e presbíteros) são ministros da Unção dos Enfermos. E dever dos pastores instruir os fiéis sobre os benefícios deste sacramento. Que os fiéis incentivem os doentes a chamar o sacerdote, para receber este sacramento. Que os doentes se preparem para recebê-lo com boas disposições, com a ajuda de seu pastor e de toda a comunidade eclesial, que é convidada a cercar de modo especial os doentes com suas orações e atenções fraternas.” 1516

                      “Como é celebrado este sacramento? Como todos os sacramentos, a Unção dos Enfermos é uma celebração litúrgica e comunitária, quer tenha lugar na família, no hospital ou na Igreja, para um só enfermo ou para todo um grupo de enfermos. E de todo conveniente que ela se celebre dentro da Eucaristia, memorial da Páscoa do Senhor. Se as circunstâncias o permitirem, a celebração do sacramento pode ser precedida pelo sacramento da Penitência e seguida pelo sacramento da Eucaristia. Como sacramento da Páscoa de Cristo, a Eucaristia deveria sempre ser o último sacramento da peregrinação terrestre, o "viático" para a "passagem" à vida eterna.” 1517

                       “Os efeitos da celebração deste sacramento Um com particular do Espírito Santo O principal dom deste sacramento é uma graça de reconforto, de paz e de coragem para vencer as dificuldades próprias do estado de enfermidade grave ou da fragilidade da velhice. Esta graça é um dom do Espírito Santo que renova a confiança e a fé em Deus e fortalece contra as tentações do maligno, tentação de desânimo e de angustia diante da morte. Esta assistência do Senhor pela força de seu Espírito quer levar o enfermo à cura da alma, mas também à do corpo, se for esta a vontade de Deus. Além disso, "se ele cometeu pecados, eles lhe serão perdoados" (Tg 5,15).” 1520

                      “Uma reparação para a última passagem. Se o sacramento da Unção dos Enfermos é concedido a todos os que sofrem de doenças e enfermidades graves, com mais razão ainda cabe aos que estão às portas da morte (“ in exitu vitae constituti"). Por isso, também foi chamado "sacramentum exeuntium". A Unção dos Enfermos completa nossa conformação com a Morte e Ressurreição de Cristo, como o Batismo começou a fazê-lo. E o termo das sagradas unções que acompanham toda a vida cristã: a do Batismo, que selou em nós a nova vida; a da confirmação, que nos fortificou para o combate desta vida. Esta derradeira unção fortalece o fim de nossa vida terrestre como que de um sólido baluarte para enfrentar as últimas lutas antes da entrada na casa do Pai.” 1523

                         “O viático, último sacramento do cristão Aos que estão para deixar esta vida, a Igreja oferece, além da Unção dos Enfermos, a Eucaristia como viático. Recebida neste momento de passagem para o Pai, a comunhão do Corpo e Sangue de Cristo tem significado e importância particulares. E semente de vida eterna e poder de ressurreição, segundo as palavras do Senhor: "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia" (Jo 6,54). Sacramento de Cristo morto e ressuscitado, a Eucaristia é aqui sacramento da passagem da morte para a vida, deste mundo para o Pai.” 1524

 

 

 

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