quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A Sagrada Eucaristia


O Pão da Vida


 

 

                    “Depois disso, Jesus foi para outra margem do mar da Galiléia, também chamado Tibiríades. Uma grande multidão seguia Jesus porque as pessoas viram os sinais que ele fazia, curando os doentes. Jesus subiu a montanha e sentou-se aí com seus discípulos. Estava próximo a Páscoa, festa dos judeus. Jesus ergueu os olhos e viu uma grande multidão que vinha ao seu encontro.


                    Então Jesus disse a Felipe: ‘Onde vamos comprar pão para eles comerem?’ Jesus falou assim para testar Felipe, pois sabia muito bem o que ia fazer. Felipe respondeu: ‘Nem meio ano de salário bastaria para dar um pedaço para cada um. ’ Um discípulo de Jesus, André, irmão de Simão Pedro, disse: ‘Aqui há um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas, o que é isso para tanta gente?


                    Então Jesus disse: ‘Falem para o povo sentar. ’ Havia muita grama nesse lugar e todos sentaram. Estavam aí cinco mil pessoas, mais ou menos. Jesus pegou os pães agradeceu a Deus e distribuiu aos que estavam sentados. Fez a mesma coisa com os peixes. E todos comeram o quanto queriam. Quando ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: ‘Recolham os pedaços que sobraram, para não se desperdiçar nada. ’ Eles recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos pães que haviam comido.” (João 6, 1 –13)


                           Nosso Senhor faz o anúncio da Eucaristia. Reparte o pão aos que têm fome. Desse momento em diante o peixe vira símbolo dos cristãos e o pão se transforma em alimento corporal e espiritual.

                          “No dia seguinte, a multidão, que tinha ficado do outro lado do mar, viu que aí havia uma barca. Viu também que Jesus não havia subido na barca com os discípulos e que eles tinham ido sozinhos. Então chegaram outras barcas de Tiberíades, perto do lugar onde eles tinham comido o pão, depois que o Senhor agradeceu a Deus. Quando a multidão viu que nem Jesus nem os discípulos estavam aí, as pessoas subiam nas barcas e foram procurar Jesus em Cafarnaum.

                    Quando encontraram Jesus no outro lado do lago, perguntaram: ‘Rabi, quando chegaste aqui?’ Jesus respondeu: ‘Eu garanto a vocês: vocês estão me procurando não porque viram os sinais, mas porque comeram os pães e ficaram satisfeitos. Não trabalhem pelo alimento que se estraga; trabalhem pelo alimento que dura a vida eterna. É este o alimento que o Filho do Homem dará a vocês, porque foi ele que Deus Pai marcou com seu selo. ’

                  Então eles perguntaram: ‘O que é que devemos fazer para realizar as obras de Deus?’ Jesus respondeu: ‘A obra de Deus é que vocês acreditem naquele que ele enviou. ’ Eles perguntaram: ‘Que sinal realizas para que possamos ver e acreditar em ti? Qual é a tua obra? Nossos pais comeram o maná no deserto como diz a Escritura: ‘Ele deu-lhes um pão que veio do céu’. ’

                 Jesus respondeu: ‘Eu garanto a vocês: Moisés não deu para vocês o pão que veio do céu. É meu Pai quem dá para vocês o verdadeiro pão que vem do céu, porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. ’ Então eles pediram: ‘Senhor, dá-nos sempre desse pão’.”

(João 6, 22 – 34)

                     A Eucaristia é o alimento que dura para a vida eterna, o verdadeiro pão do céu, o pão da vida, o pão de Deus.

                    “Jesus disse: ‘Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome, e quem acredita em mim nunca mais terá sede.” (João 6, 35)

                    Nosso Senhor é Jesus Cristo o eterno alimento para o corpo, para a mente, para o coração e para a alma. O sustento da vida eterna.

                   “As autoridades dos judeus começaram a criticar, porque Jesus tinha dito: ‘Eu sou o pão que desceu do céu’. ’’ (João 6, 41)

                   Nosso Senhor sempre foi criticado por pessoas incrédulas, mas Cristo está eternamente certo em tudo que fala e faz.

                  Eu garanto a vocês: quem acredita possui a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Os pais de vocês comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. Eis aqui o pão que desceu do céu: quem dele comer nunca morrerá.” (João 6, 47 – 50)

                 Nosso Senhor reafirma, quem come deste pão tem a vida eterna. Tenhamos a certeza de receber o corpo de Cristo como alimento.

                “E Jesus continuou: ‘Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem come desse pão viverá para sempre. E o pão que eu vou dar é a minha própria carne, para que o mundo tenha vida. ’

                As autoridades dos judeus começaram discutir entre si: ‘Como pode esse homem dar-nos a sua carne para comer?’ Jesus respondeu: ‘Eu garanto a vocês: se vocês não comem a carne do Filho do Homem e não bebem o seu sangue, não terão a vida em vocês. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue vive em mim e eu nele. E como o Pai, que vive me enviou e eu vivo pelo Pai, assim, aquele que me receber como alimento viverá por mim. Este é o pão que desceu do céu. Não como o pão que os pais de vocês comeram e depois morreram. Quem come deste pão viverá para sempre’.” (João 6, 51 –58)

                     Peço em nome de Deus Pai, pelo amor do Filho e pela ação do Espírito Santo.  Não aja como os fariseus que não acreditavam que o corpo e o sangue de Cristo são verdadeiramente comida e bebida. Que outro trecho Nosso Senhor transmite tanta clareza e objetividade? Afirmando e reafirmando 15 vezes que devemos recebê-lo como alimento para termos a vida em nós. Que outra interpretação desta passagem poderia ter? Se não fosse verdadeira a expressão comer a carne e beber o sangue para ter a comunhão com Cristo e por conseqüência à vida eterna. Então por que tanta discussão com os fariseus? Leia outros trechos que Nosso Senhor discute assim com os fariseus e pense se em alguma delas há tanta clareza, objetividade e principalmente insistência de Nosso Senhor de convencer as pessoas sobre algo tão majestoso.

                    “Depois que ouviram essas coisas, muitos discípulos de Jesus disseram: ‘Esse modo de falar é duro demais. Quem pode continuar ouvindo isso? ’ Jesus sabia que seus discípulos estavam criticando o que ele havia dito. Então lhes perguntou: ‘Isso escandaliza vocês? Imaginem então se vocês virem o Filho do Homem subir para o lugar onde estava antes! O Espirito é que dá a vida, a carne não serve para nada. As palavras que eu disse a vocês são espírito e vida. Mas entre vocês há alguns que não acreditam. ’ Jesus sabia desde o começo quais eram aqueles que não acreditavam e quem seria o traidor. E acrescentou: ‘É por isso que eu disse: Ninguém pode vir a mim se isso não lhe é concedido pelo Pai. ’

                     A partir desse momento, muitos discípulos voltaram atrás, e não andavam mais com Jesus. Então Jesus disse as Doze: ‘Vocês também querem ir embora?’ Simão Pedro respondeu: ‘A quem iremos Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Agora nós acreditamos e sabemos que tu és o Santo de Deus. (João 6, 60 –69) 

                     Nosso Senhor afirma mais uma vez que o que foi dito acima é a verdade da nossa fé. Uma verdade que chega a tal de ponto que, escandaliza até os discípulos. É preciso ter fé. “A fé é um modo de já possuir aquilo que se espera, é um meio de conhecer realidades que não se vêem.” (Hebreus 11, 1). E a falta desta fé fez com que muitos abandonassem Cristo porque não acreditavam na Comunhão Eucarística.

                    Agora eu pergunto: será que se o pão e o vinho não fossem verdadeiramente o corpo e o sangue de Cristo teria causado tanta polemica entre os discípulos a ponto de Nosso Senhor perguntar se os apóstolos também o deixariam? Como quem diz: ou aceita a verdade ou me deixe.

                   “A Eucaristia é "fonte e ápice de toda a vida cristã”. "Os demais sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e tarefas apostólicas, se ligam à sagrada Eucaristia e a ela se ordenam. Pois a santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio Cristo, nossa Páscoa”." 1324

                   "A comunhão de vida com Deus e a unidade do povo de Deus, pelas quais a Igreja é ela mesma, a Eucaristia as significa e as realiza. Nela está o clímax tanto da ação pela qual, em Cristo, Deus santifica o mundo, como do culto que no Espírito Santo os homens prestam a Cristo e, por ele, ao Pai." 1325

                  “Finalmente, pela Celebração Eucarística a nos unimos à liturgia do céu e antecipamos a vida eterna, quando Deus ser tudo em todos.” (1Cor 15,28). 1326

 

 

A Instituição da Eucaristia


 

                    

                   “O milagre da multiplicação dos pães, quando o Senhor proferiu a bênção, partiu e distribuiu os pães a seus discípulos para alimentar a multidão, prefigura a superabundância deste único pão de sua Eucaristia. O sinal da água transformada em vinho em Caná já anuncia a hora da glorificação de Jesus. Manifesta a realização da ceia das bodas no Reino do Pai, onde os fiéis beberão o vinho novo, transformado no Sangue de Cristo.” 1335               

                  “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, tendo pronunciado a benção, o partiu, distribuiu aos discípulos e disse: ‘Tomem e comam, isto é o meu corpo. ’ Em seguida, tomou o cálice, agradeceu, e deu a eles dizendo: ‘Bebam dele todos, pois isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para remissão dos pecados. Eu lhes digo: de hoje em diante não beberei desse fruto da videira, até o dia em que, com vocês, beberei o vinho novo no reino do meu Pai’.” (Mateus 26, 26 –29)

                A Primeira Missa foi realizada por Nosso Senhor durante a Última Ceia. Ao celebrarmos a Ceia do Senhor comemos a carne e bebemos o sangue do Cordeiro de Deus que tira todo o pecado do mundo. A Santa Eucaristia é a Nova Arca Aliança aberta para que todo o povo de Deus possa ser agraciado com os mistérios da fé.

                    “Desde o século II temos o testemunho de S. Justiço Mártir sobre as grandes linhas do desenrolar da Celebração Eucarística, que permaneceram as mesmas até os nossos dias para todas as grandes famílias litúrgicas. Assim escreve pelo ano de 155, para explicar ao imperador pagão Antonino Pio (138-161) o que os cristãos fazem: "No dia 'do Sol', como é chamado, reúnem-se num mesmo lugar os habitantes, quer das cidades, quer dos campos. Lêem-se, na medida em que o tempo o permite, ora os comentários dos Apóstolos, ora os escritos dos Profetas. Depois, quando o leitor terminou, o que preside toma a palavra para aconselhar e exortar à imitação de tão sublimes ensinamentos. A seguir, pomo-nos todos de pé e elevamos nossas preces por nós mesmos (...) e por todos os outros, onde quer que estejam, a fim de sermos de fato justos por nossa vida e por nossas ações, e fiéis aos mandamentos, para assim obtermos a salvação eterna. Quando as orações terminaram, saudamo-nos uns aos outros com um ósculo. Em seguida, leva-se àquele que preside aos irmãos pão e um cálice de água e de vinho misturados. Ele os toma e faz subir louvor e glória ao Pai do universo, no nome do Filho e do Espírito Santo e rende graças (em grego: eucharístia, que significa 'ação de graças' longamente pelo fato de termos sido julgados dignos destes dons. Terminadas as orações e as ações de graças, todo o povo presente prorrompe numa aclamação dizendo: Amém. Depois de o presidente ter feito a ação de graças e o povo ter respondido, os que entre nós se chamam diáconos distribuem a todos os que estão presentes pão, vinho e água 'eucaristizados' e levam (também) aos ausentes".” 1345

                     “A liturgia da Eucaristia desenrola-se segundo uma estrutura fundamental que se conservou ao longo dos séculos até nossos dias. Desdobra-se em dois grandes momentos que formam uma unidade básica: a convocação, a Liturgia da Palavra, com as leituras, a homilia e a oração universal; a Liturgia Eucarística, com a apresentação do pão e do vinho, a ação de graças consecratória e a comunhão. Liturgia da Palavra e Liturgia Eucarística constituem juntas "um só e mesmo ato do culto"; com efeito, a mesa preparada para nós na Eucaristia é ao mesmo tempo a da Palavra de Deus e a do Corpo do Senhor. ”1346

                    “Por acaso não é exatamente esta a seqüência da Ceia Pascal de Jesus ressuscitado com seus discípulos? Estando a caminho, explicou-lhes as Escrituras, e em seguida, colocando-se à mesa com eles, "tomou o pão, abençoou-o, depois partiu-o e distribuiu-o a eles". 1347

 

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