quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O Sacramento da Crisma 2


Confirmação Sacramental


 

 

                “Sobre ele repousará o Espírito do Senhor, Espírito de sabedoria e de entendimento, Espírito de prudência e de coragem, Espírito de ciência e de temor ao Senhor. (Sua alegria se encontrará no temor ao Senhor.) Ele não julgará pelas aparências, e não decidirá pelo que ouvir dizer; mas julgará os fracos com eqüidade, fará justiça aos pobres da terra, ferirá o homem impetuoso com uma sentença de sua boca, e com o sopro dos seus lábios fará morrer o ímpio. A justiça será como o cinto de seus rins, e a lealdade circundará seus flancos. (Isaías 11, 2-5)

                  “A Confirmação aperfeiçoa a graça batismal; é o sacramento que dá o Espírito Santo para enraizar-nos mais profundamente na filiação divina, incorporar-nos mais firmemente a Cristo, tornar mais sólida a nossa vinculação com a Igreja, associar-nos mais à sua missão e ajudar-nos a dar testemunho da fé cristã pela palavra, acompanhada das obras.” 1316

                   O sopro do Espírito Santo pairou sobre os apóstolos, assim eles foram crismados, como uma forma de serem adultos na fé, enviados no Caminho do Evangelho para serem ministros de Deus entre os filhos do Pai na terra.

                   “Na tarde do mesmo dia, que era o primeiro da semana, os discípulos tinham fechado as portas do lugar onde se achavam, por medo dos judeus. Jesus veio e pôs-se no meio deles. Disse-lhes ele: A paz esteja convosco! Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. Disse-lhes outra vez: A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós. Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo.”

(Jo 20, 19-22)

                    Nós cristãos, quando passamos a ser adultos na fé e na Palavra somos revestidos das forças do Alto: O Espírito Santo de Deus. Revestimos esse poder de filhos através do sacramento da crisma, entregando o nosso sim a Deus, essa é confirmação de que somos filhos de Deus Pai e soldados do exército de Cristo.    

                    Eu vos mandarei o Prometido de meu Pai; entretanto, permanecei na cidade, até que sejais revestidos da força do alto. Depois os levou para Betânia e, levantando as mãos, os abençoou. Enquanto os abençoava, separou-se deles e foi arrebatado ao céu. Depois de o terem adorado, voltaram para Jerusalém com grande júbilo. E permaneciam no templo, louvando e bendizendo a Deus”. (Lucas 24, 49-53)

                     “A Confirmação, como o Batismo, imprime na alma do cristão um sinal espiritual ou caráter indelével; razão pela qual só se pode receber este sacramento uma vez na vida.” 1317

                     Nesta passagem é a ação de receber o Espírito Santo como confirmação demonstra a diferença e, esta confirmação vem pela imposição das mãos, e não como o batismo: em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo através da água.

                      “Os apóstolos que se achavam em Jerusalém, tendo ouvido que a Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João. Estes, assim que chegaram, fizeram oração pelos novos fiéis, a fim de receberem o Espírito Santo, visto que não havia descido ainda sobre nenhum deles, mas tinham sido somente batizados em nome do Senhor Jesus. Então os dois apóstolos lhes impuseram as mãos e receberam o Espírito Santo.” (Atos 8, 14-17)

                      “Quando a Confirmação é celebrada em separado do Batismo, sua vinculação com este e expressa, entre outras coisas, pela renovação dos compromissos batismais. A celebração da confirmação no decurso da Eucaristia contribui para sublinhar a unidade dos sacramentos da iniciação cristã.” 1321

                       Primeiro os discípulos de Éfeso se fizeram batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Depois o apóstolo lhes impôs as mãos e, assim os discípulos foram crismados ou confirmados no Espírito Santo e de imediato passaram a ser conduzidos pelo Espírito de Deus. 

                     “Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou as províncias superiores e chegou a Éfeso, onde achou alguns discípulos e indagou deles: Recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé? Responderam-lhe: Não, nem sequer ouvimos dizer que há um Espírito Santo! Então em que batismo fostes batizados? perguntou Paulo. Disseram: No batismo de João. Paulo então replicou: João só dava um batismo de penitência, dizendo ao povo que cresse naquele que havia de vir depois dele, isto é, em Jesus. Ouvindo isso, foram batizados em nome do Senhor Jesus. E quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e falavam em línguas estranhas e profetizavam. Eram ao todo uns doze homens.” (Atos 19, 1-7)

                           

 

A Imposição das Mãos


 

 

                     O rito da confirmação consiste na imposição das mãos, diferente do batismo que, utiliza a água. O batismo imprime o Espírito Santo no cristão e a crisma desenvolve a ação do Espírito Santo de Deus no fiel.

                      Logo que Paulo Apóstolo impõe as mãos sobre alguém que já foi batizado, estas pessoas recebem o Espírito Santo. Evidente que, nesta passagem além do batismo há outro rito que imprime na alma do cristão a confirmação de soldado de Cristo. Este rito é a crisma, a confirmação, o desenvolvimento da graça do Espírito Santo na vida do fiel que dá o seu sim a Deus.

                     Portanto, desde que Pedro e João impondo as mãos sobre aqueles que já foram batizados, não sinaliza outro batismo, mas, a confirmação do caráter cristão pela imposição das mãos em um novo rito. Este rito é a plenitude da ação do Espírito.

                      A crisma apesar de não ser um sacramento essencial para a salvação é um rito de suma importância para alcançar a graça do Espírito Santo na terra, é através da confirmação sacramental, e somente através desta confirmação, que o cristão recebe o Espírito Santo em sua plenitude. Logo, somente A Santa Igreja Católica tem a plenitude de toda a ação do Espírito Santo de Deus agindo junto ao povo de Deus na terra. O Espírito Santo age também em todos os filhos de Deus não católicos, porque são filhos de Deus, mas é somente na Santa Igreja que o Espírito Santo é pleno e se faz pleno na vida dos fiéis através da celebração Eucarística e da Crisma. Por exemplo, onde A Igreja Católica é única em sua plena celebração e em seu sentido Divino Eclesial.

                    “Não negligencies o carisma que está em ti e que te foi dado por profecia, quando a assembléia dos anciãos te impôs as mãos.” (1Timóteo 4, 14)

                     “Quando Simão viu que se dava o Espírito Santo por meio da imposição das mãos dos apóstolos, ofereceu-lhes dinheiro, dizendo: Dai-me também este poder, para que todo aquele a quem impuser as mãos receba o Espírito Santo. Pedro respondeu: Maldito seja o teu dinheiro e tu também, se julgas poder comprar o dom de Deus com dinheiro! Não terás direito nem parte alguma neste ministério, já que o teu coração não é puro diante de Deus. Arrepende-te desta tua maldade e roga a Deus, para que, sendo possível, te seja perdoado este pensamento do teu coração. Pois estou a ver-te no fel da amargura e nos laços da iniqüidade. Retorquiu Simão: Rogai vós por mim ao Senhor, para que nada do que haveis dito venha a cair sobre mim.”

(Atos 8, 18-24)

                         Somente os presbíteros e bispos podem crismar. E aonde existe estas ordens sacerdotais? Na Santa Igreja Católica. Única que possui o sacramento do crisma, sacramento fundamental para as virtudes e ações do Espírito Santo na vida, na fé, nas obras e na graça dos fiéis católicos. 

                       “É impondo as mãos que Jesus cura os doentes e abençoa as criancinhas. Em nome dele, os apóstolos farão o mesmo. Melhor ainda: é pela imposição das mãos dos apóstolos que o Espírito Santo é dado. A Epístola aos Hebreus (6, 1-2) inclui a imposição das mãos entre os "artigos fundamentais" de seu ensinamento. A Igreja conservou este sinal da efusão onipotente do Espírito Santo em suas epicleses sacramentais.” 699

 

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