sábado, 20 de agosto de 2011

Igreja Noiva de Deus

Jesus gostava de ensinar por parábolas. Fazia parte de sua pedagogia, seu método de ensino. Parábolas são pequenas estórias com um fundo moral. Através das parábolas Jesus transmitia a sua verdade. Algumas parábolas de Jesus eram simples, de fácil entendimento, outras muito difíceis; e isso tinha um propósito. Para os que estavam próximos, seus discípulos, o próprio Jesus as explicava. Por isso dizia: “a vós será dado o entendimento das parábolas, aos outros porém, estes ouvirão e não entenderão”. Refere-se aos que estão longe dele, afastados e não querem aproximar-se.

            Em nossa reunião semanal o Senhor mostrou, em visão, uma vela apagada e virada para baixo. Discernimos que isso significava apagamento da fé e distanciamento de Deus, da igreja. Estamos arrefecendo nossa fé, esfriando nosso ardor. Urge retornar ao primeiro amor, às promessas do batismo. É preciso, repito, retornar ao primeiro amor; ajoelhar-se diante do Santíssimo; abraçar a cruz. Reavivar a chama, soprar as cinzas sobre a brasa; sim, há uma brasa viva sob as cinzas. Deus não nos chamou à toa! Por isso Ele nos deu essa Palavra do livro dos Cânticos como uma parábola para nós (Ct 2,1-4)  

            O livro Cântico dos Cânticos é um belo poema de amor. Retrata o amor entre homem e mulher, mas podemos ver também como o amor de Deus por seu povo, de Cristo por sua Igreja. O noivo, o próprio deus; a noiva, a Igreja. Ao lermos o versículo 4 (...) Numa casa onde se bebe vinho em sinal de amor. Onde o vinho é oferecido e o pão repartido? Na Eucaristia, presença real de Jesus que se doa a cada um de nós por puro amor. Na igreja nos reunimos para louvar a Deus, para receber os sacramentos, para avivar a chama do amor, para receber e apresentar Jesus ao mundo. Entretanto, tantos católicos perdem a identidade cristã, esfriam a fé, esquecem as promessas do batismo. Quantos católicos estão bebendo dos dois cálices! E não refiro aqui à idolatria das falsas doutrinas – isso é outro assunto – refiro-me às coisas do mundo mesmo. Quantos deixam a Igreja, deixam de participar das atividades comunitárias para ficar em casa refestelados em suas poltronas vendo TV, assistindo novelas. Quantos trocam a missa por futebol, por churrasco. Por isso, “... acorda tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminará” (cf. Ef 5,14). Volte para a casa de Deus, como diz S. Paulo: “A Igreja do Deus vivo, coluna e fundamento da verdade”. (cf. 1 Tm 3,15). Que Igreja é essa? Não é a Igreja Protestante, eles não estavam lá. É a igreja de Paulo, nossa Igreja! A Igreja Católica Apostólica Romana, presente na face da terra desde aqueles tempos.

            Desperta, levanta-te, afasta-te dos mortos pelo pecado, reacende a chama, coloca-te à luz de Cristo! Amém.   

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