sábado, 10 de setembro de 2011

Relativismo

Estamos construindo a ditadura do relativismo que não reconhece nada como absoluto, e cujo objetivo último consiste somente em satisfazer ao próprio ego e seus desejos.


É paradoxal que na nossa época se indique o relativismo como uma verdade que há de guiar opções de comportamentos. No mundo de hoje o argumento “verdade” quase desapareceu, porque parece demasiadamente grande para os homens e para os jovens, mas mesmo assim, se não existe a verdade, tudo se afunda. Na sua inquieta busca, Santo Agostinho compreendeu que não era ele que procurava a verdade, mas que era a própria verdade que o procurava e o encontrava.


Por vezes existe uma espécie de medo do silêncio, do recolhimento, um receio de pensar nas próprias ações, no sentido profundo da vida. Muitas vezes prefere-se viver só um  momento passageiro, na ilusão que este traga uma felicidade duradoura. Prefere-se viver na superficialidade, por que parece que a vida é mais fácil assim, sem pensar.


A todos peço que não tenham medo da verdade, que nunca interrompam o caminho em direção a ela, que nunca deixem de procurar a verdade profunda sobre nós mesmos e sobre as coisas, com o olhar interior do coração.


A paixão pela verdade, pela honestidade intelectual e pela autêntica conversão não são fáceis. Não podemos guardar para nós mesmos a verdade que nos faz livres; é preciso dar testemunho, falar dela – ela que pede para ser escutada – e que seu poder de convicção provém de si mesmo e não da eloqüência humana ou de nossos pobres argumentos.     


Em nosso tempo o preço que deverá ser pago pela fidelidade ao Evangelho já não é o de ser morto, mas frequentemente implica em ser excluído, ridicularizado ou parodiado.  Mas a Igreja, cada um de nós, não pode se negar a missão de anunciar a Cristo e seu Evangelho como verdade salvadora, fonte de nossa felicidade definitiva e fundamento de uma sociedade Justa e humana.


O pensamento de muitos cristãos não raro foi agitado por fortes ondas, lançado de um extremo ao outro: do marxismo ao liberalismo, até ao ponto de chegar à libertinagem nos dias atuais; do coletivismo ao individualismo radical; do ateísmo a um vago misticismo religioso; do agnosticismo ao sincretismo.  (Papa Bento XVI)


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