sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Zac 2,5-9 – Nova Jerusalém

 


 

A

  leitura faz citação a um “medidor”, um agrimensor. A figura do agrimensor na Bíblia representa aquele que vem iniciar os preparativos para uma restauração, uma reconstrução. No caso, a restauração de Jerusalém, aqui figura da Igreja. As nações hostis que a cercam, são hoje o mundo, o secularismo, a nova era e tudo que investe contra a Igreja. O v.5 nos mostra então, o inicio da restauração da cidade. O v.8 nos remete a uma nova Jerusalém, sem muros, aqui representando a expansão da Igreja de Cristo. O v.9   diz que o próprio Deus a guarnecerá, que Ele próprio a habitará.

            Sem a Igreja somos ovelhas perdidas, ovelhas sem pastor. Ovelhas são animais ingênuos, dóceis, indefesos. Não sabem nem mesmo distinguir entre a relva que alimenta das ervas daninhas. Necessitam de um pastor para orienta-las, leva-las ao campo onde encontrem pasto.  Do contrário, sós e famintas, comem tudo que encontram e correm o risco de morrer envenenadas. O grande redil, o aprisco onde as ovelhas (que somos nós) encontram pasto, abrigo e proteção é a Igreja! Igreja humana e divina. Imperfeita enquanto humana, no entanto perfeitissima na divindade. A encíclica Lumen Gentium diz: “A Igreja é o sacramento universal da salvação”. A Igreja que foi criada, fundada por Jesus, manifestada em pentecostes pela efusão do Espírito Santo, mas idealizada, concebida no coração do Pai desde o gênese, na criação. No antigo testamento, o povo eleito, Israel, já prefigurava a Igreja.

            Na parusia (retorno glorioso de Jesus a terra) Jesus virá resgatar sua igreja. Não só a igreja peregrina, mas também a igreja padecente, porque haverá somente uma dimensão da igreja, a igreja triunfante na glória eterna de Deus. Portanto, temos que ser igreja, viver como igreja.  Ser igreja é: 1o ) Viver conforme a Palavra de Deus. Fazer tudo que Jesus falou no Evangelho; ouvir, obedecer, seguir Jesus. 2o ) Obedecer aos mandamentos da Igreja; obedecer seus preceitos e recomendações. 3o ) Abrir-se a ação do Espírito Santo. Até porque quem se abre ao Espírito Santo irá fazer todo o resto. Estas três condições não são alternativas, ou seja, fazer um ou outro. É preciso fazer os três simultaneamente. É preciso ao mesmo tempo viver o Evangelho, obedecer a Igreja e submeter-se ao Espírito Santo.

            A Igreja de Cristo é como uma grande árvore, cuja raiz é a igreja primitiva, o tronco é a Igreja Católica e os ramos principais, ligados diretamente ao tronco, são as Igrejas irmãs que convivem fraternamente, num diálogo ecumênico, reconhecendo-se mutuamente. Além de ser corpo místico de Cristo, do qual Ele próprio é a cabeça e nós os membros, a Igreja pode ser considerada nossa mãe: Sancta Mater Eclesia – Santa Madre Igreja. A mãe que nos gerou para a vida cristã pelo batismo; a mãe que nos nutre, alimenta, sustenta pela eucaristia; a mãe que nos lava do pecado através da confissão; mãe que leva ao altar para o matrimônio; que cura na unção dos enfermos. Citamos vários sacramentos, entre os quais dois que só a nossa igreja, a Igreja Católica Apostólica Romana possui: a confissão e a eucaristia. Eucaristia, presença real de Jesus Cristo na hóstia consagrada. O católico que duvidar da eucaristia não é verdadeiro católico; está na igreja, mas não é igreja. Aceitamos a eucaristia pela fé, mas Deus ainda assim dá provas concretas de sua realidade. Deus não subverte a natureza, portanto nessa questão que foge a lógica humana, Ele nos revela a verdade através dos milagres eucarísticos, a citar, Lanciano, Cássia e outros, ocorridos ainda em nossos dias.

            Abraçamos nossa fé, vivamos a Palavra de Deus, obedeçamos ao magistério da Igreja e abramos o coração ao Espírito Santo, assumindo dia a dia o batismo no Espírito Santo, sendo verdadeiros católicos carismáticos. Amém.

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