quarta-feira, 22 de julho de 2015

Rancor e Mansidão


Rancor – mágoa profunda, ódio.
Mansidão – brandura de coração.


Há muito, muito tempo, existiu um homem muito bom. Ele era amigo de todo mundo e gostava de ensinar coisas boas aos outros. Esse homem era manso e humilde de coração, mas mesmo assim era odiado por algumas pessoas que tinham inveja dele.
O homem vivia num lugar que era quase um deserto, as cidades eram pequenas e ficavam longe umas das outras. Naquele tempo não havia carros, ônibus, avião. Só havia carroças, camelos e jumentinhos. Mas o homem andava a pé. Ia de uma cidadezinha à outra a pé! E não reclamava, não resmungava, ao contrário, agradecia a Deus por tudo. Em cada vila que chegava ele reunia as pessoas em volta dele e começava a ensinar tudo que ele sabia e o que ele sabia era muito importante para as pessoas. Ele também ajudava as pessoas doentes, as pessoas tristes, enfim as pessoas que sofriam de algum mal. Ele rezava para que as pessoas ficassem boas e elas ficavam!
Por causa disso as pessoas gostavam dele e sempre que ele chegava a algum lugar reunia uma multidão para ouvi-lo e serem curadas. Mas outras pessoas más, de coração duro e invejosas não gostavam dele, exatamente por que ele gostava das pessoas e tudo que fazia era por amor. Essas pessoas más sentiam ódio por ele e mesmo assim, ele não sentia ódio por eles nem tinha nenhum rancor.
Num certo dia, os maus arranjaram um jeito de acusar o bom homem de um monte de mentiras; disseram que ele era um mentiroso, que tudo que fazia era falso e que blasfemava (explicando às crianças: blasfemar é falar mal de Deus, é dizer mentiras de Deus). Então ele foi preso, julgado e condenado injustamente.
Vocês pensam que ele ficou zangado por causa disso? Não!!!!!  Ele ficou um pouco triste, mas não ficou zangado, nem com raiva, nem reclamou. Ele não abriu a boca, ele ficou quietinho. Os homens maus maltratavam ele, batiam nele, cuspiam nele e ele lá, quietinho. Os maus demonstravam toda sua raiva e ele demonstrava toda sua mansidão. Ele não guardava mágoa nem rancor. Ele estava sofrendo, sendo maltratado, e caladinho pensava: “Meu Pai, perdoa essas pessoas, eles não sabem o que estão fazendo”.
Este homem era manso, tinha brandura de coração e não odiava, não guardava mágoa, não tinha rancor.
Sabem o nome desse homem? 

(Profª Andrea G. Nunes-pregação para crianças no Colégio Salesiano/Resende-RJ)


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