sábado, 26 de abril de 2014

Uma fé viva vence a superstição


Vi ou ouvi, não lembro quando, a frase: quando a chama da fé enfraquece, acende a lâmpada da superstição. Fé é a iluminação interior que nos faz crer naquilo que não vemos e/ou ainda não aconteceu. Superstição é crendice, ideia falsa a respeito do sobrenatural. Pela fé, nós cristãos cremos e aceitamos a encarnação da Palavra Viva, Jesus; também pela fé cremos que sua morte de cruz é penhor de salvação para todos; cremos na sua ascensão aos céus e no seu retorno. Ainda pela fé, nós católicos acreditamos na presença real de Jesus na Eucaristia. Portanto, Jesus e seu sacrifício salvífico são o centro da fé cristã.  
Nós católicos cremos também na intercessão dos santos e dos anjos, mas isso não invalida a premissa de que Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e os homens. Isso porque essa intercessão passa por Jesus, ou seja, é efetuada em nome e através de Jesus; de outra forma seria ineficaz, na realidade impossível. Jesus é a ponte que faz chegar ao Pai a súplica dos intercessores, sejam os santos no céu ou nós na terra.
Aqui está de maneira super resumida o âmago da nossa fé. Não é questão dogmática nem doutrinária, é pura e simplesmente questão fundamental da fé cristã. O que estiver fora disso intrinsicamente é contrário aos ensinamentos da Igreja.
A superstição onde entra? Já mencionamos aqui a respeito dos folhetos contendo correntes de oração, novenas às almas aflitas, orações (ditas) poderosas – não de intercessão, mas de atuação efetiva de santos populares – deixadas na matriz paroquial. Quando as encontro, rasgo-as e jogo no lixo. Certa vez ao fazer isso, fui interpelado por alguém que deixara tais correntes; com paciência e afabilidade, apesar de certo destempero inicial da pessoa, expliquei-lhe que aquilo não era o modo adequado de culto, aproveitando a ocasião para anunciar o querigma. Tal pessoa acalmou-se, ouvindo com atenção a explanação que culminou numa catequese básica.  
Por que relato este episódio? Porque muitas pessoas não conhecem sequer o básico, os fundamentos da fé.  Sua fé é fraca, incipiente; não há luz suficiente, apenas um lusco fusco. Aí então, como diz o ditado, a lâmpada da superstição se acende e acende forte. O tipo de superstição comentado é apenas o mais leve. Há piores, totalmente contrários à doutrina da Igreja, tais como a crença em horóscopos, benzedeiras, quiromancia, cristais energéticos, sem citar as falsas doutrinas.
Amados irmãos e irmãs, nos esforcemos para aprender ao menos o mínimo necessário para professar a nossa fé com autoridade e segurança. Sejamos íntimos da Palavra de Deus na leitura diária da Bíblia, aumentando assim a intensidade da fé; consultemos regularmente o CIC (Catecismo da Igreja Católica) para conhecer melhor o que nos ensina a Igreja a respeito dos dogmas e da escritura sagrada.   Assim a chama da fé é intensamente aumentada, iluminando mais e mais nosso coração, nossa mente, e apagando de vez a lâmpada da superstição.



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