sábado, 8 de setembro de 2012

E O VERBO SE FEZ CARNE


Milagre Eucarístico de Lanciano

Há mais de 12 séculos deu-se grande e prodigioso milagre eucarístico na Igreja Católica.

            Por volta do ano 700, na cidade italiana de Lanciano, viviam no mosteiro de S. Lagonziano os monges de S. Basílio e entre eles havia um que se fazia notar mais por sua cultura mundana do que pelo seu conhecimento das coisas de Deus. Sua fé parecia vacilante e ele era perseguido todos os dias pela dúvida de que a hóstia consagrada fosse o verdadeiro corpo de Cristo e o vinho o seu verdadeiro sangue. Mas a graça Divina nunca o abandonou, fazendo-o orar continuamente para que esse insidioso espinho saísse do seu coração.

            Foi quando certa manhã, celebrando a Santa Missa, mais do que nunca atormentado pela dúvida, após proferir as palavras da consagração, ele viu a hóstia converter-se em carne viva e o vinho em sangue vivo. Sentiu-se confuso e dominado pelo temor, diante de tão espantoso milagre, permanecendo longo tempo transportado a um êxtase verdadeiramente sobrenatural.

            Até que em meio a transbordante alegria, o rosto banhado em lágrimas, voltou-se para as pessoas presentes e disse: - “Ó bem aventuradas testemunhas diante de quem, para confundir a minha incredulidade, o Santo Deus quis desvendar neste Santíssimo Sacramento e tornar-se visível aos nossos olhos. Vinde irmãos e admirai o nosso Deus que se aproximou de nós. Eis aqui a carne e o sangue do nosso Cristo muito amado!”

            Serenada a emoção de que todo o povo foi tomado, e dadas aos Céus as graças devidas, as relíquias foram agasalhadas num tabernáculo de marfim, mandado construir pelas pessoas mais credenciadas do lugarejo.

             A partir de 1713 até hoje, a carne passou a ser conservada numa custódia de prata e o sangue num cálice de cristal.

Aos reconhecimentos eclesiásticos do milagre a partir de 1574, veio juntar -se o pronunciamento da ciência moderna, através minuciosas e rigorosas provas de laboratório. Após alguns meses de trabalho, exatamente a 4 de março de 1971, os pesquisadores publicaram um relatório contendo o resultado das análises:

ü  A carne é verdadeira carne.

ü  O sangue é verdadeiro sangue

ü  A carne é do tecido muscular do coração (Miocárdio, endocárdio e nervo vago).

ü  A carne e o sangue são do mesmo tipo sanguíneo (AB) e pertencem a espécie humana.

ü  Coincidência extraordinária: É o mesmo tipo de sangue encontrado no Santo Sudário de Turim.

ü  Espanta: Trata-se de carne e sangue de uma pessoa viva, vivendo atualmente, pois o sangue é o mesmo como se tivesse sido tirado naquele mesmo dia, de um ser vivo.

ü  No sangue foram encontrados além das proteínas normais, os seguintes minerais: cloretos, fosfatos, magnésio, sódio e cálcio.

ü  A conservação da carne e do sangue, deixados em estado natural por 12 séculos e expostos a ação de agentes atmosféricos e biológicos, permanece um mistério extraordinário.


            Antes mesmo de redigirem o documento sobre o resultado das pesquisas, realizadas em Arezzo, os Doutores Linoli e Bertelli enviaram aos frades um telegrama nos seguintes termos: “E o Verbo se fez Carne”.          

É assim que o milagre de Lanciano, desafiando a ação do tempo e toda lógica da ciência humana, se apresenta aos nossos olhos como a prova mais viva e palpável de que “Comei e bebei todos vós, isto é o meu corpo que é dado por vós”, mais do que uma simples simbologia, como possa parecer, é o sinal divino de que no sacramento da comunhão está o alimento do nosso espírito, da nossa fé, da nossa esperança nas promessas de Cristo para a nossa salvação.

“Aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”.(Jo 6,55).





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