sexta-feira, 31 de julho de 2020

At 23,6-11 – PERSEGUIÇÃO



E
ncontramos aí Paulo diante do grande conselho sendo julgado; não que tivesse cometido algum crime, mas simplesmente porque anunciava Jesus Cristo e a ressurreição. Paulo que fora o grande perseguidor de Jesus e seus seguidores, tornara-se também cristão e de perseguidor passou a perseguido. Devemos nós fazer como Paulo, não importando os obstáculos, nem mesmo o sofrimento de sentir-se perseguido, devemos em qualquer circunstância anunciar Jesus. Em outra passagem dos Atos dos Apóstolos vemos Pedro e João felizes após serem libertados da prisão. A alegria deles porém não era em função da liberdade, estavam contentes por haverem sido injuriados, afrontados por pregarem a doutrina de Jesus. Pedro e João assumiram a bem aventurança, quando Jesus disse no sermão da montanha que bem aventurados seriam aqueles que sofressem perseguições por seu nome, pois grande seria a recompensa para esses na eternidade. Disse também Jesus em Jo15,20: “O servo não é maior que o senhor. Se me perseguiram, hão também de vos perseguir.”
            A perseguição que observamos aí ainda era pouco frente ao que viria, quando o Império Romano deixasse de tolerar o cristianismo e praticamente o declarasse inimigo de estado. A perseguição dos imperadores Nero, Domiciano, Diocleciano, foi cruel e sanguinária, ao longo de pelo menos três séculos. Os cristãos eram decapitados, crucificados, esfolados vivos, jogados as feras, queimados, mas não se intimidavam, não renegavam a fé. Não adiantava matar, pois o sangue dos mártires era semente de novos cristãos!
            Hoje não corremos risco de morte ao anunciar a Palavra, ao menos onde vivemos não somos proibidos de falar de Deus ou de Jesus, apesar de também sofrermos perseguições. Somos perseguidos pelos ouvidos, pela língua e ainda assim temos medo. Aqueles homens e mulheres eram perseguidos pela espada e não se calavam. Nós, por covardia, timidez ou mesmo comodismo, deixamos de anunciar, de evangelizar. Quantas vezes a oportunidade de evangelizar se apresenta e por timidez, por medo de parecer ridículo, deixamos de anunciar Jesus. Alguns dizem não saber como fazer, não conhecerem nada e outras desculpas... Mas para evangelizar não é necessário ser doutor em teologia ou bíblia, basta se abrir a ação do Espírito Santo.
            Nossa fé, nossa doutrina, ou seja, a Igreja, já nasceu perseguida. Primeiro pelos fariseus quando ainda era uma seita de origem judaica, depois pela influência do paganismo, pelo império romano, pelas heresias, pela reforma protestante, pelas filosofias materialistas, pelo iluminismo, mais recentemente pelo comunismo, pelo agnosticismo e tantas mais que apareçam. Mas tudo isso ruiu, caiu, dividiu-se ou desapareceu e a Igreja continua de pé, firme, inabalável há mais de dois mil anos! É a verdade bíblica: “... e sobre esta pedra construirei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela.” Glória a Deus! Não somos uma igrejinha qualquer, a nossa igreja foi concebida aos pés da cruz, com o sangue de Cristo, surgiu em Pentecostes e foi regada, fertilizada com o sangue dos mártires! Não importa o quanto possamos vir a ser perseguidos, somos felizes por sermos cristãos católicos e estarmos na renovação carismática. Como disse um bispo Tcheco duramente perseguido pelo regime comunista: “ Quando fazemos a obra de Deus, fazemos muito; fazer a obra em oração faz-se mais ainda e sofrer pela obra de Deus é tudo. “ Amém.

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