sexta-feira, 3 de maio de 2019

Indagações



Tristeza, muita tristeza causou aos corações sensíveis a atitude desesperada daquele pai no Rio de Janeiro, no fim de semana passado (outubro 2009). Ao tomar conhecimento de que o filho sob efeito de droga assassinara a namorada, este pai indo contra os ditames do paternalismo irresponsável, entrega o próprio filho a policia, o qual é preso ainda no local do crime. Atitude de desespero daquele pai que não via saída para o filho entregue as drogas há anos. Consta que o homem havia tentado por diversas vezes internar o filho viciado em crack, mas não logrou êxito, pois nosso sistema de saúde é falho, principalmente nesta questão. Alega-se que ninguém pode ser submetido a nenhum tratamento, internação ou que tais, contra a própria vontade, ou seja, à força, a não ser que represente ameaça imediata contra a sociedade. A questão é: os escravos do vicio têm vontade própria? Os drogados não representam perigo, mormente para seus familiares e os mais próximos?
Eis de forma patética e comovente a realidade das drogas e drogados. A sociedade, os intelectualóides, artistas, gente da mídia, estes que são formadores de opinião (não todos, mas número considerável) de maneira hipócrita e irresponsável fazem apologia às drogas, alguns de modo velado e camuflado, outros abertamente. Em vista deste e de outros casos repercutidos na imprensa, é licito, é moralmente correto propagar e defender o livre arbítrio ao usuário de drogas (referência a essa questão, naturalmente) e a legalização das drogas?
Os partidários da legalização das drogas argumentam que tabaco e álcool são drogas legais e que o álcool é responsável por tantas ou mais desgraças que maconha, cocaína, etc. Têm razão. Mas um erro não justifica outro. Alegam também que maconha é uma droga leve e inconsequente. Sem trocadilho, é leve, mas leva a outras mais pesadas; como inconsequente se a consequência é cocaína e   crack?    
Tantas indagações e uma só resposta: falta-nos bom senso. Falta-nos discernimento para distinguir o bem do mal, o prazer licito da ilicitude do prazer. As drogas jamais devem ser legalizadas, haja vista que em outros paises essa experiência não foi bem-sucedida. É sensato porém que o usuário ou viciado não seja tratado como criminoso, no entanto seja reprimido. As drogas levam ao relatado acima; lares destroçados, famílias enlutadas, corações feridos, profundamente feridos. E para curar definitivamente esses corações somente Deus.  Voltaremos ao assunto.   

O texto acima foi escrito em 27/10/2009, mas permanece atualíssimo.


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