quarta-feira, 17 de setembro de 2014

O Dogma do Inferno 2

O Mal Eterno




                      “Se a tua mão é ocasião de escândalo para você, corte-a. É melhor você entrar para a vida sem uma das mãos, do que ter as duas mãos e ir para o inferno, onde o fogo nunca se apaga. Aí o seu verme nunca morre e seu fogo nunca se apaga. Se o seu pé é ocasião de escândalo para você, corte-o. É melhor você entrar para a vida sem um dos pés, do que ter os dois pés e ser jogado no inferno. Aí o seu verme nunca morre e o seu fogo nunca se apaga. Se o seu olho é ocasião de escândalo para você, arranque-o. É melhor você entrar no Reino de Deus com um olho só, do que ter os dois e ser jogado no inferno, onde o seu verme nunca morre e o seu fogo nunca se apaga.” (Marcos 9, 43 – 48)
                      Nosso Senhor consolida o dogma do inferno como um lugar, não só existente para o castigo dos condenados, mas este local de castigo para os condenados é eterno nas palavras de Nosso Senhor que afirmou que o fogo nunca se apaga sete vezes. Portanto, o inferno existe e é a condenação eterna dos males do pecado e dos pecadores que não buscam a conversão.
                     “Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: 'Afastem-se de mim, malditos. Vão para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. Porque eu estava com fome, e vocês não me deram de comer; eu estava com sede e não me deram de beber; eu era estrangeiro, e vocês não me receberam em casa; eu estava sem roupa, e não me vestiram; eu estava doente e na prisão, e vocês não foram me visitar. Também estes responderão: 'Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou sem roupa, doente ou preso, e não te servimos? Então o Rei responderá a esses: 'Eu garanto a vocês: todas as vezes que vocês não fizeram isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizeram'. Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna.” (Mt 25,41-46)
                      Nosso Senhor reafirma que o fogo é eterno, para o diabo, seus anjos do mal e para os pecadores que fizeram diferença entre os homens, negando o amor ao próximo e a Deus sobre todas as coisas. Além de uma comparação clara: os justos têm a vida eterna e os injustos têm o castigo eterno. Deus é misericórdia, mas também é justiça.
                     “Quero lembrar-lhes também que os anjos que não conservaram a sua dignidade, mas abandonaram a própria moradia, o Senhor os mantém presos eternamente nas trevas, para o julgamento do grande Dia. De igual modo, Sodoma e Gomorra e as cidades vizinhas, que igualmente se entregaram a libertinagem, elas servem de exemplo, sofrendo as penas de um fogo eterno. O mesmo acontece com esses indivíduos: levados por seus devaneios contaminam o próprio corpo, desprezando o senhorio de Cristo e insultando os seres gloriosos. Na luta com o diabo para disputar o corpo de Moisés, o arcanjo Miguel não teve a ousadia de acusá-lo com palavras ofensivas; apenas disse: ‘Que o Senhor castigue você! ’ Esses indivíduos, porém, dizem blasfêmias contra o que eles não conhecem; e o que conhecem instintivamente, a maneira de animais, é o que conduz à ruína. São como as ondas bravias do mar, espumando a própria indecência. São como astros errantes, para os quais está reservada a escuridão das trevas eternas.” (Judas 1, 6-13)
                      Os anjos que escolheram a inimizade contra Deus já estão presos nas trevas eternas. De igual modo, as cidades de Sodoma e Gomorra sofrem as penas de um fogo eterno. O mesmo acontece com quem não faz de Jesus Cristo, o Senhor de sua vida e, se entrega a todo tipo de pecado, estes também sofrem, ou sofreram, a escuridão das trevas eternas. O que confirma a existência do inferno antes, durante e depois desse mundo.
                      “O Demônio, que tinha seduzido a todos eles, foi lançado num lago de fogo e de enxofre, onde já estavam a Fera e o falso profeta. Lá eles serão atormentados dia e noite para sempre.” (Apocalipse 20, 10)
                       A Palavra nos diz que, o fogo onde serão jogados os condenados existe como castigo, como tormento dia e noite para sempre, ou seja, eternamente. Outras evidências de que o inferno já existe há milhares de anos e continuará a existir depois do juízo final: Tobias 14, 10; Mateus 3, 12; Apocalipse 14, Apocalipse 10; 19-20.
                     “As afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja acerca do Inferno são um chamado à responsabilidade com a qual o homem deve usar de sua liberdade em vista de seu destino eterno. Constituem também um apelo insistente à conversão: "Entrai pela porta estreita, porque largo e espaçoso é o caminho que conduz à perdição. E muitos são os que entram por ele. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho que conduz à vida. E poucos são os que o encontram" (Mt 7,13-14):
Como desconhecemos o dia e à hora, conforme a advertência do Senhor vigiemos constantemente para que, terminado o único curso de nossa vida terrestre, possamos entrar com ele para as bodas e mereçamos ser contados entre os benditos, e não sejamos, como servos maus e preguiçosos, obrigados a ir para o fogo eterno, para as trevas exteriores, onde haverá  choro e ranger de dentes.” 1036






A Inimizade



                     “Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos. E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor.”
(Filipenses 2, 9 –11)
                      Como não poderia existir inferno se aqueles que estão no castigo eterno dobram os joelhos ao nome de Nosso Senhor Jesus Cristo?
                     “Deus fará o que é justo: vai mandar tribulações para aqueles que os oprimem, e a vocês, que são agora oprimidos, como também a nós, ele dará descanso, quando o Senhor Jesus se manifestar. Ele descerá do céu com os mensageiros do seu poder, por entre chamas de fogo, para fazer justiça àqueles que não reconhecem a Deus e aos que não obedecem ao Evangelho de nosso Senhor Jesus. Eles sofrerão como castigo a perdição eterna, longe da face do Senhor, e da sua suprema glória. Nesse dia, o Senhor virá para ser glorificado na pessoa de seus santos e para ser admirado em todos aqueles que acreditam. E vocês acreditam em nosso testemunho!” (2 Tessalonicenses 1 6 – 10)
                      Portanto, o inferno é a condenação para aqueles que morrem no pecado mortal, sem arrependimento ou conversão. Aqueles que não aceitam o Evangelho, e desprezaram a Deus. Por isto, são condenados para eternidade longe da face do Senhor e da suprema graça que os eleitos receberão.
                     “Quem não está comigo está contra mim; e quem não ajunta comigo, espalha. Por isso, eu vos digo: ‘Todo pecado e toda blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não lhes será perdoada. Todo o que tiver falado contra o Filho do Homem será perdoado. Se, porém, falar contra o Espírito Santo, não alcançará perdão nem neste século nem no século vindouro’.” (Mateus 12, 30 –32).
                      O pecado mortal revelado contra O Espírito Santo (negar a existência de Deus, a divindade de Cristo, a ação do Espírito Santo e a Santíssima Trindade, entre outras verdades de fé, Dogmas), deixa fora da amizade com Deus, fora de sua face e sua glória.
                      Estar com Cristo, é pertencer ao Espírito de Cristo (cf. Rm 8,9), é amar uns aos outros como eles nos amou, o amor ao próximo é a grande chave do mistério da salvação e da perdição. Nas Escrituras Sagradas fica evidente que o amor mútuo entre os homens semeia a salvação, porém, o desprezo de nos amarmos como ele nos amou, fazendo diferença entre as pessoas, planta o castigo eterno. Quem não prática o amor, quem não obedece ao Evangelho e quem despreza A Palavra de Deus: 1João 1,9-11; 1João 3,13-16; 1João 3,23-24; 1João 4,7-8; 1João 4,11-13; 1João 4, 20-21. 
                      “Deus não predestina ninguém para o Inferno; para isso é preciso uma aversão voluntária a Deus (um pecado mortal) e persistir nela até o fim. Na Liturgia Eucarística e nas orações cotidianas de seus fiéis, a Igreja implora a misericórdia de Deus, que quer "que ninguém se perca, mas que todos venham a converter-se" (2Pd 3,9):

Recebei, ó Pai, com bondade, a oferenda de vossos servos e de toda a vossa família; dai-nos sempre a vossa paz, livrai-nos da condenação e acolhei-nos entre os vossos eleitos.” 1037

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