sábado, 6 de setembro de 2014

O Dogma do Inferno

O Terrível Dogma



                     
                      O inferno é um lugar espiritual em que as almas daqueles que morreram na inimizade com Deus sofrem as penas eternas por seus pecados contra Deus e contra os homens. Infelizmente temos que dar a terrível notícia de que o inferno existe e é eterno. Embora muitos pensam que o mesmo não exista ou que nós viveríamos aqui na terra um inferno. Outros ainda pensam que existe o tal inferno, mas não acreditam na sua eternidade. Revelaremos aqui as trevas que sofrem aqueles que ignoraram conhecer a Deus, não obedeceram ao Evangelho e não amaram o próximo como a si mesmo. Estas são algumas das causas que leva para a perdição.
                     “Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino, e dava banquetes todos os dias. E um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, que estava caído à porta do rico. Ele queria matar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico... Até os cães iam lamber-lhe as feridas. Aconteceu que o pobre morreu o e os anjos o levaram para o seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. No inferno em meio aos tormentos, o rico levantou os olhos e viu, de longe, Abraão com Lázaro ao seu lado. Então o rico gritou: ‘Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque este fogo me atormenta’. Mas Abraão respondeu: ‘Lembra-se, filho: você recebeu teus bens durante a vida, enquanto Lázaro recebeu males. Agora, porém, ele encontra consolo aqui e você é atormentado. Além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, nunca poderia passar daqui para junto de vocês, nem os daí poderiam atravessar até nós. O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa de meu pai, porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não acabem também eles vindo para este lugar de tormento’. Mas Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os profetas; que os escutem! ’ O rico insistiu: ‘Não, pai Abraão! Se um dos mortos for até eles, eles vão se converter’. Mas Abraão lhe disse: ‘Se eles não escutam a Moisés e aos profetas, mesmo que um dos mortos ressuscite, eles não ficarão convencidos’.” (Lucas 16, 19 –31)
                      Para aqueles que pensam que esta passagem poderia ser apenas uma parábola, então vamos refletir sobre o que Nosso Senhor disse:
                     “Os discípulos aproximaram-se dele, então, para dizer-lhe: Por que lhes falas em parábolas? Respondeu Jesus: Porque a vós é dado compreender os mistérios do Reino dos céus, mas a eles não. Ao que tem, se lhe dará e terá em abundância, mas ao que não tem será tirado até mesmo o que tem. Eis por que lhes falo em parábolas: para que, vendo, não vejam e, ouvindo, não ouçam nem compreendam. Assim se cumpre para eles o que foi dito pelo profeta Isaías: Ouvireis com vossos ouvidos e não entendereis, olhareis com vossos olhos e não vereis, porque o coração deste povo se endureceu: taparam os seus ouvidos e fecharam os seus olhos, para que seus olhos não vejam e seus ouvidos não ouçam, nem seu coração compreenda; para que não se convertam e eu os sare (Is 6,9s). Mas, quanto a vós, bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem! Ditosos os vossos ouvidos, porque ouvem! Eu vos declaro, em verdade: muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não o viram ouvir o que ouvis e não ouviram.” (Mateus 13, 10 –17)
                     A parábola do rico e do pobre é clara para o entendimento de qualquer pessoa. Existe sempre uma lógica em cada parábola, o discernimento para esta é evidente. Existe um abismo, local de tormento, onde quem morre em pecado mortal sofre as duras penas de fogo castigador. “E acrescentou: ‘Não entendeis essa parábola? Como entendereis então todas as outras’?” (Marcos 4, 13)
                  “Não podemos estar unidos a Deus se não fizermos livremente a opção de amá-lo. Mas não podemos amar a Deus se pecamos gravemente contra Ele, contra nosso próximo ou contra nós mesmos: "Aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia seu irmão é homicida; e sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele" (1 Jo 3,14-15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados dele se deixarmos de ir ao encontro das necessidades graves dos pobres e dos pequenos que são seus irmãos morrer em pecado mortal sem ter-se arrependido dele e sem acolher o amor misericordioso de Deus significa ficar separado do Todo-Poderoso para sempre, por nossa própria opção livre. E é este estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa com a palavra "inferno".” 1033


O Castigo



                   “Mas eu vos digo: ‘todo aquele que se irar contra seu irmão será castigado pelos juizes. Aquele que disser a seu irmão: ‘imbecil’, será castigado pelo Grande Conselho. Aquele que lhe disser: ‘idiota’, será condenado ao fogo do inferno’.” (Mateus 5, 22)
                     Há então uma clareza absoluta em cada palavra que, existe um castigo para aqueles que morrem em pecado mortal. O fogo do inferno é o castigo para aqueles que não amam que levantam ódio contra os homens.
                    “Se teu olho direito é para ti causa de queda, arranca-o e lança-o longe de ti, porque te é preferível perder-se um só dos teus membros, a que o teu corpo todo seja lançado no inferno. E se tua mão direita é para ti causa de queda, corta-a e lança-a longe de ti, porque te é preferível perder-se um só dos teus membros, a que o teu corpo inteiro seja atirado no inferno.” (Mateus 5, 29 –30).
                    Sabemos a partir deste trecho que há penitência para os pecados graves, mas esta deve ser cumprida para livrar-se das faltas mortais, do contrário há castigo, e um castigo eterno.
                   “Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode arruinar a alma e o corpo no inferno.” (Mateus 10, 28).
                     Neste trecho fica mais claro ainda que o inferno é um lugar, existe. E esse lugar é um lugar de castigo. Porque aqui na terra podemos matar o corpo, mas a alma nunca morre, porém, pode ser a alma arruinada no inferno.
                    “Tudo isto disse Jesus à multidão em forma de parábola. De outro modo não lhe falava, para que se cumprisse a profecia: Abrirei a boca para ensinar em parábolas; revelarei coisas ocultas desde a criação (Sl 77,2). Então despediu a multidão. Em seguida, entrou de novo na casa e seus discípulos agruparam-se ao redor dele para perguntar-lhe: Explica-nos a parábola do joio no campo. Jesus respondeu: O que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do Reino. O joio são os filhos do Maligno. O inimigo, que o semeia, é o demônio. A colheita é o fim do mundo. Os ceifadores são os anjos. E assim como se recolhe o joio para jogá-lo no fogo, assim será no fim do mundo. O Filho do Homem enviará seus anjos, que retirarão de seu Reino todos os escândalos e todos os que fazem o mal e os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes. Então, no Reino de seu Pai, os justos resplandecerão como o sol. Aquele que tem ouvidos, ouça.” (Mt 13, 34–43)
                    Aqui cabe uma pergunta leve: Se os que fizerem o mal serão jogados no fogo e neste castigo há choro e ranger de dentes, como poderia não existir inferno, um lugar de castigo onde os pecadores eternos sofrem?
                    “Assim será no fim do mundo: ‘Os anjos virão separar os maus do meio dos justos. E lançarão os maus na fornalha de fogo. Aí eles vão chorar e ranger os dentes’.”
(Mateus 13, 49 –50)
                   Jesus fala muitas vezes da "Geena", do "fogo que não se apaga", reservado aos que recusam até o fim de sua vida crer e converter-se, e no qual se pode perder ao mesmo tempo a alma e o corpo. Jesus anuncia em termos graves que "enviar seus anjos, e eles erradicarão de seu Reino todos os escândalos e os que praticam a iniqüidade, e os lançarão na fornalha ardente" (Mt 13,41-42), e que pronunciar  a condenação: "Afastai-vos de mim malditos, para o fogo eterno!”(Mt 25,41).” 1034
                   “O ensinamento da Igreja afirma a existência e a eternidade do inferno. As almas dos que morrem em estado de pecado mortal descem imediatamente após a morte aos infernos, onde sofrem as penas do Inferno, "o fogo eterno". A pena principal do Inferno consiste na separação eterna de Deus, o Único em quem o homem pode ter a vida e a felicidade para as quais foi criado e às quais aspira. ”1035.              



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