quarta-feira, 6 de novembro de 2013

A Unção dos Enfermos 2


O Sinal de Cura


 

                   Existem vários acontecimentos a cerca da vida apostólica que os discípulos de Cristo realizavam após a Ascensão de Nosso Senhor. O inicio da Igreja primitiva já era marcado pela grande manifestação da graça na unção dos enfermos: 

                  “Pedro e João estavam subindo ao templo para a oração das três da tarde. Vinha sendo carregado um homem, coxo de nascença, que todos os dias era colocado na porta do templo chamada Formosa, para pedir esmolas aos que entravam. Quando viu Pedro e João entrarem no templo, o homem pediu uma esmola. Pedro, com João, olhou bem para ele disse: “Olha para nós!”O homem ficou olhando para eles, esperando receber alguma coisa. Pedro então disse: “Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda!”E tomando-o pela mão direita, Pedro o levantou. Na mesma hora, os pés e os tornozelos do homem ficaram firmes, ele saltou, ficou de pé e começou a andar. E entrou no templo junto com Pedro e João, andando, saltando e louvando a Deus. Todo o povo viu o homem andando e louvando a Deus. Reconheceram que era ele que pedia esmolas, sentado na Porta Formosa do templo. E ficaram cheios de assombro e de admiração pelo que lhe acontecera.”

 (Atos 3, 1-10)

                “Muitos sinais e prodígios eram realizados entre o povo pelas mãos dos apóstolos. Todos os fiéis se congregavam bem unidos, no Pórtico de Salomão. Nenhum dos outros ousava juntar-se a eles, mas o povo estimava-os muito. Entretanto crescia sempre mais o número dos que pela fé aderiam ao Senhor, uma multidão de homens e mulheres. Chegavam a transportar para as praças os doentes em camas e macas, a fim de que, quando Pedro passasse, pelo menos sua sombra tocasse alguns deles. A multidão vinha até das cidades vizinhas de Jerusalém, trazendo doentes e pessoas atormentadas por maus espíritos. E todos eram curados.” (Atos 5, 12-16)

                “Foi assim que Filipe desceu à cidade de Samaria e começou a anunciar o Cristo à população. As multidões davam ouvidos àquilo que Filipe dizia. Unânimes o escutavam, vendo os sinais que ele fazia. De muitos possessos saíam os espíritos maus, dando grandes gritos. Foram curados também numerosos paralíticos e aleijados. Era grande a alegria na cidade.” (Atos 8, 5-8)

                “Enquanto Pedro percorria todos os lugares, visitou também os santos que residiam em Lida. Encontrou aí um homem chamado Enéias, que havia oito anos estava deitado numa maca, paralisado. Pedro disse-lhe: “Enéias, Jesus Cristo te cura! Levanta-te, arruma tu mesmo tua cama!” Imediatamente Enéias se levantou. Todos os habitantes de Lida e da região do Saron viram isso e se converteram ao Senhor. Em Jope, havia uma discípula chamada Tabita, nome que quer dizer Gazela. Eram muitas as boas obras que fazia e as esmolas que dava. Naqueles dias, ela ficou doente e morreu. Então lavaram seu corpo e o velavam no andar superior da casa. Como Lida ficava perto de Jope, os discípulos ouviram dizer que Pedro estava aí e mandaram dois homens com um recado: “Vem depressa até nós!”Pedro partiu imediatamente com eles. Assim que chegou, levaram-no à sala de cima, onde todas as viúvas foram ao seu encontro. Chorando, elas mostravam a Pedro as túnicas e mantos que Gazela havia feito, quando vivia com elas. Pedro mandou todo o mundo sair. Em seguida, pôs-se de joelhos, a orar. Depois, voltou-se para a morta e disse: “Tabita, levanta-te!”Ela abriu os olhos, viu Pedro e sentou-se. Pedro deu-lhe a mão e ajudou-a a levantar-se. Depois chamou os santos e as viúvas, e apresentou-lhes Tabita viva. O fato se tornou conhecido em toda a cidade de Jope, e muitos passaram a crer no Senhor.” (Atos 9, 32-42)

                 “Em Listra, havia um homem com as pernas paralisadas; era coxo de nascença e nunca fora capaz de andar. Ele escutava o discurso de Paulo; e este, fixando nele o olhar e notando que tinha fé para ser curado, disse em alta voz: “Levanta-te, põe-te de pé”. O homem deu um salto e começou a caminhar.” (Atos 14, 8-10)

                 “Deus realizava milagres extraordinários pelas mãos de Paulo, a tal ponto que pegavam lenços e aventais que tivessem tocado sua pele, para aplicá-los sobre os doentes, e as doenças os deixavam e os espíritos maus se retiravam.” (Atos 19, 11-12)

                 “No primeiro dia da semana, estávamos reunidos para a fração do pão. Paulo, que devia partir no dia seguinte, dirigia a palavra aos fiéis e prolongou o discurso até a meia-noite. Havia muitas lâmpadas na sala superior, onde estávamos reunidos. Um jovem, chamado Êutico, sentado na beira da janela, acabou adormecendo durante o prolongado discurso de Paulo. Vencido finalmente pelo sono, caiu do terceiro andar para baixo. Quando o levantaram, estava morto. Então Paulo desceu, inclinou-se sobre o jovem e, abraçando-o, disse: “Não vos preocupeis, ele está vivo”. Depois subiu novamente, partiu o pão, comeu e ficou falando até de madrugada, e assim despediu-se. Quanto ao jovem, levaram-no vivo e sentiram-se muito reconfortados.” (Atos 20, 7-12)

                 “Nos arredores daquele lugar, ficava a propriedade do chefe da ilha, chamado Públio. Ele nos acolheu durante três dias, mostrando muita gentileza. O pai de Públio estava de cama, com febre e disenteria. Paulo entrou no quarto dele, orou, impôs as mãos sobre ele e curou-o. Em vista disto, os demais doentes apresentavam-se a Paulo e eram curados. Eles demonstraram muitos sinais de estima para conosco, e, quando nós partimos, deram-nos tudo o que precisávamos para a viagem.” (Atos 28, 7-10)

 

 

 

A Catequese da Unção


 

                       A unção dos enfermos é o sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo para alívio espiritual e corporal dos doentes para que estes sejam curados de todas as suas enfermidades sejam por pecados, falta de perdão, desejo de morte, traição, ofensas ao próximo ou a Deus, maledicências, mágoas, entre outros males espirituais que geram as doenças corporais.

                       Não sendo só no momento de morte, velhice ou doença grave que podemos receber a unção dos enfermos. O fiel pode ser ungido pelo sacerdote sempre que quiser e for necessário, em qualquer doença, mesmo não sendo grave, em quaisquer males espirituais mesmo não sendo pecados graves, mas também como força e revigoramento espiritual para lutar contra esses pecados, por fraqueza na fé, na esperança, na caridade ou mesmo pela própria unção em si, como benção sacerdotal.  

                       O sacramento conduz o enfermo as seguintes graças: aumenta a graça santificante; apaga os pecados veniais e mortais quando o enfermo estiver contrito e não for capaz de confessá-los; livra a alma de todos os vestígios de pecados; restituí a saúde do corpo, se assim convir para a salvação da alma, ou para a glória de Deus; dá conforto e paciência ao enfermo para suportar os incômodos da doença, e força para morrer santamente, se for o caso de doença gravíssima.

                       Devemos receber a unção dos enfermos quando começamos a correr risco de morte por motivo de doença ou por idade muito avançada. A unção é feita após a confissão do enfermo e antes do viático. Lembrando sempre que se o enfermo não puder confessar, por ter perdido a fala ou por motivos que o impeçam de falar, ele pode mesmo sim receber a Sagrada Unção.

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