O Sinal de Cura
Existem vários
acontecimentos a cerca da vida apostólica que os discípulos de Cristo
realizavam após a Ascensão de Nosso Senhor. O inicio da Igreja primitiva já era
marcado pela grande manifestação da graça na unção dos enfermos:
“Pedro e João estavam subindo
ao templo para a oração das três da tarde. Vinha sendo carregado um homem, coxo
de nascença, que todos os dias era colocado na porta do templo chamada Formosa,
para pedir esmolas aos que entravam. Quando viu Pedro e João entrarem no
templo, o homem pediu uma esmola. Pedro, com João, olhou bem para ele disse:
“Olha para nós!”O homem ficou olhando para eles, esperando receber alguma
coisa. Pedro então disse: “Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho eu te dou:
em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda!”E tomando-o pela mão
direita, Pedro o levantou. Na mesma hora, os pés e os tornozelos do homem
ficaram firmes, ele saltou, ficou de pé e começou a andar. E entrou no templo
junto com Pedro e João, andando, saltando e louvando a Deus. Todo o povo viu o
homem andando e louvando a Deus. Reconheceram que era ele que pedia esmolas, sentado
na Porta Formosa do templo. E ficaram cheios de assombro e de admiração pelo
que lhe acontecera.”
(Atos 3, 1-10)
“Muitos sinais e prodígios eram
realizados entre o povo pelas mãos dos apóstolos. Todos os fiéis se congregavam
bem unidos, no Pórtico de Salomão. Nenhum dos outros ousava juntar-se a eles,
mas o povo estimava-os muito. Entretanto crescia sempre mais o número dos que
pela fé aderiam ao Senhor, uma multidão de homens e mulheres. Chegavam a
transportar para as praças os doentes em camas e macas, a fim de que, quando
Pedro passasse, pelo menos sua sombra tocasse alguns deles. A multidão vinha
até das cidades vizinhas de Jerusalém, trazendo doentes e pessoas atormentadas
por maus espíritos. E todos eram curados.” (Atos 5, 12-16)
“Foi assim que Filipe desceu à
cidade de Samaria e começou a anunciar o Cristo à população. As multidões davam
ouvidos àquilo que Filipe dizia. Unânimes o escutavam, vendo os sinais que ele
fazia. De muitos possessos saíam os espíritos maus, dando grandes gritos. Foram
curados também numerosos paralíticos e aleijados. Era grande a alegria na
cidade.” (Atos 8, 5-8)
“Enquanto Pedro percorria todos
os lugares, visitou também os santos que residiam em Lida. Encontrou aí um homem
chamado Enéias, que havia oito anos estava deitado numa maca, paralisado. Pedro
disse-lhe: “Enéias, Jesus Cristo te cura! Levanta-te, arruma tu mesmo tua
cama!” Imediatamente Enéias se levantou. Todos os habitantes de Lida e da
região do Saron viram isso e se converteram ao Senhor. Em Jope, havia uma
discípula chamada Tabita, nome que quer dizer Gazela. Eram muitas as boas obras
que fazia e as esmolas que dava. Naqueles dias, ela ficou doente e morreu.
Então lavaram seu corpo e o velavam no andar superior da casa. Como Lida ficava
perto de Jope, os discípulos ouviram dizer que Pedro estava aí e mandaram dois
homens com um recado: “Vem depressa até nós!”Pedro partiu imediatamente com
eles. Assim que chegou, levaram-no à sala de cima, onde todas as viúvas foram
ao seu encontro. Chorando, elas mostravam a Pedro as túnicas e mantos que
Gazela havia feito, quando vivia com elas. Pedro mandou todo o mundo sair. Em
seguida, pôs-se de joelhos, a orar. Depois, voltou-se para a morta e disse:
“Tabita, levanta-te!”Ela abriu os olhos, viu Pedro e sentou-se. Pedro deu-lhe a
mão e ajudou-a a levantar-se. Depois chamou os santos e as viúvas, e
apresentou-lhes Tabita viva. O fato se tornou conhecido em toda a cidade de
Jope, e muitos passaram a crer no Senhor.” (Atos 9, 32-42)
“Em Listra, havia um homem com
as pernas paralisadas; era coxo de nascença e nunca fora capaz de andar. Ele
escutava o discurso de Paulo; e este, fixando nele o olhar e notando que tinha
fé para ser curado, disse em alta voz: “Levanta-te, põe-te de pé”. O homem deu
um salto e começou a caminhar.” (Atos 14, 8-10)
“Deus realizava milagres
extraordinários pelas mãos de Paulo, a tal ponto que pegavam lenços e aventais
que tivessem tocado sua pele, para aplicá-los sobre os doentes, e as doenças os
deixavam e os espíritos maus se retiravam.” (Atos 19, 11-12)
“No primeiro dia da semana,
estávamos reunidos para a fração do pão. Paulo, que devia partir no dia
seguinte, dirigia a palavra aos fiéis e prolongou o discurso até a meia-noite.
Havia muitas lâmpadas na sala superior, onde estávamos reunidos. Um jovem,
chamado Êutico, sentado na beira da janela, acabou adormecendo durante o
prolongado discurso de Paulo. Vencido finalmente pelo sono, caiu do terceiro
andar para baixo. Quando o levantaram, estava morto. Então Paulo desceu,
inclinou-se sobre o jovem e, abraçando-o, disse: “Não vos preocupeis, ele está
vivo”. Depois subiu novamente, partiu o pão, comeu e ficou falando até de
madrugada, e assim despediu-se. Quanto ao jovem, levaram-no vivo e sentiram-se
muito reconfortados.” (Atos 20, 7-12)
“Nos arredores daquele lugar,
ficava a propriedade do chefe da ilha, chamado Públio. Ele nos acolheu durante
três dias, mostrando muita gentileza. O pai de Públio estava de cama, com febre
e disenteria. Paulo entrou no quarto dele, orou, impôs as mãos sobre ele e
curou-o. Em vista disto, os demais doentes apresentavam-se a Paulo e eram
curados. Eles demonstraram muitos sinais de estima para conosco, e, quando nós
partimos, deram-nos tudo o que precisávamos para a viagem.” (Atos 28, 7-10)
A Catequese da Unção
A unção dos enfermos é o
sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo para alívio espiritual e
corporal dos doentes para que estes sejam curados de todas as suas enfermidades
sejam por pecados, falta de perdão, desejo de morte, traição, ofensas ao
próximo ou a Deus, maledicências, mágoas, entre outros males espirituais que
geram as doenças corporais.
Não sendo só no momento
de morte, velhice ou doença grave que podemos receber a unção dos enfermos. O
fiel pode ser ungido pelo sacerdote sempre que quiser e for necessário, em
qualquer doença, mesmo não sendo grave, em quaisquer males espirituais mesmo não
sendo pecados graves, mas também como força e revigoramento espiritual para lutar
contra esses pecados, por fraqueza na fé, na esperança, na caridade ou mesmo
pela própria unção em si, como benção sacerdotal.
O sacramento conduz o
enfermo as seguintes graças: aumenta a graça santificante; apaga os pecados
veniais e mortais quando o enfermo estiver contrito e não for capaz de
confessá-los; livra a alma de todos os vestígios de pecados; restituí a saúde
do corpo, se assim convir para a salvação da alma, ou para a glória de Deus; dá
conforto e paciência ao enfermo para suportar os incômodos da doença, e força
para morrer santamente, se for o caso de doença gravíssima.
Devemos receber a unção
dos enfermos quando começamos a correr risco de morte por motivo de doença ou
por idade muito avançada. A unção é feita após a confissão do enfermo e antes
do viático. Lembrando sempre que se o enfermo não puder confessar, por ter
perdido a fala ou por motivos que o impeçam de falar, ele pode mesmo sim
receber a Sagrada Unção.
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