quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O Sacramento da Ordem 2


 


 

 O Celibato dos Apóstolos

                    “Então Jesus disse aos seus discípulos: ‘Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz, e me siga. Pois, quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la’.” (Mateus 16, 24 –25)

                     Quem segue a Cristo, já tem tudo, e todo o resto é nada. Cristo é a vida.

                    “Os discípulos disseram a Jesus: ‘Se a situação do homem com a mulher é assim, então é melhor não se casar. ’ Jesus respondeu: ‘Nem todos entendem isso, a não ser aqueles a quem é concedido. De fato, há homens castrados, porque nasceram assim; outros, porque os homens fizeram assim; outros, ainda, se castram por causa do Reino do Céu. Quem puder entender, entenda’.” (Mateus 19, 10 –12)

                     Os próprios apóstolos disseram que a melhor condição para servir a Deus é a de não se casar. A Igreja na sua missão de interpretar. Por isto, os sacerdotes não se casam, é para doar a sua vida inteiramente a Deus, a Igreja e ao povo.

                    “A estas palavras seus discípulos, pasmados, perguntaram: ‘Quem poderá então salvar-se? ’ Jesus olhou para eles e disse: ‘Aos homens isto é impossível, mas a Deus tudo é possível. ’ Pedro então, tomando a palavra, disse-lhe: ‘Eis que deixamos tudo para te seguir. Que haverá então para nós? ’ Respondeu Jesus: ‘Em verdade vos declaro: no dia da renovação do mundo, quando o Filho do Homem estiver sentado no trono da glória, vós, que me haveis seguido, estareis sentados em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que por minha causa deixar irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, filhos, terras ou casa receberá o cêntuplo e possuirá a vida eterna. Muitos dos primeiros serão os últimos e muitos dos últimos serão os primeiros’.” (Mateus 19, 25 –30)

                      O porta-voz dos apóstolos diz que eles deixam tudo para seguir a Cristo. E Nosso Senhor responde apontando tudo o que os sacerdotes católicos deixam para segui-lo.

                      Mas, muitos perguntam: E Pedro não era casado?

                     “Saindo Jesus da sinagoga, entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava com febre alta; e pediram-lhe por ela. Inclinando-se sobre ela, ordenou ele à febre, e a febre deixou-a. Ela levantou-se imediatamente e pôs-se a servi-los.” (Lucas 4, 38-39)

                    A resposta é não. Não se pode afirmar que o primeiro Papa era casado. Pedro foi casado, mas não se sabe se era viúvo ou se tinha deixado a mulher para seguir Cristo. A Bíblia nada fala sobre uma mulher que seja esposa de Pedro. Somente de uma sogra.

                     E mesmo que Pedro fosse casado, vamos ler esta passagem:

                    “Pedro começou a dizer a Jesus: ‘Eis que nós deixamos tudo e te seguimos. ’ Jesus respondeu: ‘Eu garanto a vocês: quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, filhos, campos, por causa de mim e da Boa Notícia, vai receber cem vezes mais. Agora, durante esta vida, vai receber casas, irmãos, irmãs, mãe, filhos, e campos, junto com perseguições. E, no mundo futuro, vai receber a vida eterna’.” (Marcos 10, 28 –30)

                     É Pedro entre todos os apóstolos quem diz que deixa tudo para seguir Cristo.

                     E por sua vez, a resposta de Nosso Senhor fala sobre deixar a família para segui-lo:

                    “Grandes multidões acompanham Jesus. Voltando-se ele disse: ‘Se alguém vem a mim e não dá preferência mais a mim que ao seu pai, à sua mãe, à mulher, aos filhos, aos irmãos, às irmãs, e até mesmo à sua própria vida, esse não pode ser meu discípulo. Quem não carrega a sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo. De fato, se alguém de vocês quer construir uma torre, será que não vai primeiro sentar-se e calcular os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar? Caso contrário, lançará o alicerce e não será capaz de acabar. E todos, os que virem isso, começarão a caçoar, dizendo: ‘Esse homem começou a construir e não foi capaz de acabar! ’ Ou ainda: ‘Se um rei pretende sair para guerrear contra outro, será que ele não vai sentar-se primeiro e examinar bem, se com dez mil homens poderá enfrentar o outro que marcha contra ele com vinte mil? Se ele vê que não pode, envia mensageiros para negociar as condições de paz, enquanto o outro rei ainda está longe. Do mesmo modo, portanto, qualquer de vocês, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo’.” (Lucas 14, 25 – 33)

                      Os apóstolos devem dar preferência a Nosso Senhor, do que qualquer outra coisa no mundo, principalmente família, inclusive mulher. O que prova definitivamente o celibato de todos os apóstolos, inclusive Pedro, O Papa. A condição de renunciar a tudo por Cristo, com Cristo e em Cristo é o celibato apostólico confirmado nas Sagradas Escrituras.

                     “Os que ouviram isso, disseram: ‘Então, quem pode ser salvo? ’ Jesus disse: ‘As coisas impossíveis para os homens são possíveis para Deus tudo. ’ Então Pedro disse: ‘Vê: nós deixamos nossos bens, e te seguimos. ’ Jesus disse: ‘Eu garanto a vocês: quem tiver deixado casa, mulher, irmãos, pais, filhos, por causa do Reino de Deus, não ficará sem receber muito mais durante esta vida e, no mundo futuro, vai receber a vida eterna’.” (Lucas 18, 26 –30)

 Magistério da Ordem

                     “‘O ministério eclesiástico, divinamente instituído, é exercido em diversas ordens pelos que desde a antigüidade são chamados bispos, presbíteros e diáconos. ’ A doutrina católica, expressa na liturgia, no magistério e na prática constante da Igreja, reconhece que existem dois graus de participação ministerial no sacerdócio de Cristo: o episcopado e o presbiterado. O diaconado se destina a ajudá-los e a servi-los. Por isso, o termo ‘sacerdos’ designa, na prática atual, os bispos e os sacerdotes, mas não os diáconos. Não obstante, ensina a doutrina católica que os graus de participação sacerdotal (episcopado e presbiterado) e o de serviço (diaconado) são conferidos por um ato sacramental chamado ‘ordenação’, isto e, pelo sacramento da Ordem. Que todos reverenciem os diáconos como Jesus Cristo, como também o Bispo, que é imagem do Pai, e os presbíteros como senado de Deus e como a assembléia dos apóstolos: sem eles não se pode falar de Igreja.” 1554

                       "Entre aqueles vários ministérios, que desde os primeiros tempos são exercidos na Igreja, conforme atesta a Tradição, o lugar principal é ocupado pelo múnus daqueles que, constituídos no episcopado, conservam a semente apostólica por uma sucessão que vem ininterrupta desde o começo." 1555

                     “Para desempenhar sua missão, "os Apóstolos foram enriquecidos por Cristo com especial efusão do Espírito Santo, que desceu sobre eles. E eles mesmos transmitiram a seus colaboradores, mediante a imposição das mãos, este dom espiritual que chegou até nós pela sagração episcopal”." 1556

                      “O Concílio Vaticano II "ensina, pois, que pela sagração episcopal se confere a plenitude do sacramento da Ordem, que, tanto pelo costume litúrgico da Igreja como pela voz dos Santos Padres, é chamada o sumo sacerdócio, a realidade total ('summa') do ministério sagrado".” 1557

                     "A sagração episcopal, juntamente com o múnus de santificar, confere também os de ensinar e de reger... De fato, mediante a imposição das mãos e as palavras da sagração, é concedida a graça do Espírito Santo e impresso o caráter sagrado, de tal modo que os Bispos, de maneira eminente e visível, fazem às vezes do próprio Cristo, Mestre, Pastor e Pontífice, e agem em seu nome ('in eius persona agant')." "Os Bispos, portanto, pelo Espírito Santo que lhes foi dado, foram constituídos como verdadeiros e autênticos mestres da fé, pontífices e pastores." 1558

                    "Alguém é constituído membro do corpo episcopal pela sagração sacramental e pela hierárquica comunhão com o chefe e os membros do Colégio." O caráter e a natureza colegial da ordem episcopal se manifestam, entre outras, na antiga prática da Igreja, que requer para a consagração de um novo Bispo a participação de vários Bispos. Para a legítima ordenação de um Bispo, é hoje exigida uma especial intervenção do Bispo de Roma, em razão de sua qualidade de vínculo visível supremo da comunhão das Igrejas particulares na única Igreja e garantia de sua liberdade.” 1559

                   “Cada Bispo, como vigário de Cristo, tem o encargo pastoral da Igreja particular que lhe foi confiada, mas ao mesmo tempo ele, colegialmente, com todos os seus irmãos no episcopado, deve ter solicitude por todas as Igrejas: "Se cada Bispo só é pastor propriamente dito da porção do rebanho que lhe foi confiada, sua qualidade de legítimo sucessor dos apóstolos por instituição divina o toma solidariamente responsável pela missão apostólica da Igreja".” 1560

                   “Tudo o que acabamos de dizer explica por que a Eucaristia celebrada pelo Bispo tem um significado todo especial como expressão da Igreja reunida em tomo do altar sob a presidência daquele que representa visivelmente Cristo, Bom Pastor e Cabeça de sua Igreja.” 1561

                    “Terás, pois, o sacerdote por santo, porque ele oferece o pão de teu Deus: ele será santo para ti, porque eu, o Senhor que vos santifico, sou santo.” (Levitico 21, 8)





 

 

 




 
 
 

 
 

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