A
Celebração Eucarística
“O cálice da benção que
nós abençoamos, não é comunhão com o sangue de Cristo? O pão que partimos, não
é comunhão com o corpo de Cristo? E como há um único pão, nós, embora muitos
somos um só corpo, pois partimos todos desse único pão.”
(1 Coríntios 10 16 –17)
Ao recebermos
o corpo e o sangue de Cristo participamos da perfeição da vida espiritual e da
plenitude dos sacramentos que, estão todos os presentes neste ato de fé.
Exercendo a santa unidade na Igreja que é um só corpo e um só espírito.
“Guarde para você, diante
de Deus, a convicção que você tem. Feliz
aquele que não condena a si mesmo na decisão que toma. Mas quem duvida e assim
mesmo toma o alimento é condenado, pois seu comportamento não provém de uma
convicção. E tudo que não provém de uma convicção é pecado.” (Romanos 14,
22 – 23)
Tenhamos a decisão e sejamos convictos de que, Nosso
Senhor está presente na Santa Eucaristia em corpo, sangue, alma e divindade.
Cristo está todo inteiro em cada partícula, por mínimo fragmento que seja da
Eucaristia.
“Depois acrescenta: ‘Eis-
me aqui para fazer a tua vontade. ’ Desse modo, Cristo suprime o primeiro culto
para estabelecer o segundo. É por causa dessa vontade que nós fomos
santificados pela oferta do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por
todas.” (Hebreus 10, 9 – 10)
É durante a Celebração Eucarística que A Igreja se faz
verdadeiramente, todos os dias, Uma, Santa, Católica e Apostólica.
“Eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão
fraterna, no partir do pão e nas orações. Em todos eles havia temor, por causa
dos numerosos prodígios e sinais que os apóstolos realizavam. Todos que
abraçavam a fé eram unidos e colocavam em comum todas as coisas; vendiam suas propriedades
e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada
um. Diariamente, todos juntos
freqüentavam o Templo e nas casas partiam o pão, tomando alimento com alegria e
simplicidade de coração. Louvavam a Deus e eram estimados por todo o povo.
E a cada dia o Senhor acrescentava à comunidade outras pessoas que iam
aceitando a salvação.” (Atos 2, 42 – 47)
O Deus Trindade está presente
na Celebração Eucarística, o Santo Sacrifício, corpo e sangue do Cordeiro Imolado.
Por isto, toda a celebração é constituída em louvor e agradecimento em nome do
Pai, em nome do Filho e em nome do Espírito Santo.
“Irmãos, com toda segurança
podemos entrar no santuário, por meio do sangue de Jesus. Ele inaugurou para
nós esse caminho novo e vivo, através da cortina, isto é, da sua própria carne.
Temos um sacerdote eminente à frente da casa de Deus. Aproximemo-nos, pois, de
coração sincero, cheios de fé, com o coração purificado da má consciência e o
corpo lavado com água pura. Sem vacilar,
mantenhamos a profissão da nossa esperança, pois aquele que fez a promessa é
fiel. Tenhamos consideração uns com os outros, para nos estimular no amor e
nas boas obras. Não deixando de
freqüentar as nossas reuniões, como alguns costumam deixar. Ao contrário,
procuremos animar-mos sempre mais, principalmente agora que vocês estão vendo
que se aproxima o Dia do Senhor.” (Hebreus 10, 19 – 25)
Na Santa Eucaristia estão
presentes todos os sinais de Nosso Senhor: a encarnação do verbo, a
crucificação para lavar os pecados, a ressurreição vencendo a morte e a
ascensão para a vida eterna.
“Então Jesus entrou para
ficar com eles. Sentou-se à mesa com os dois, tomou o pão e abençoou, depois
partiu a eles. Nisso os olhos dos discípulos se abriram, e eles reconheceram
Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles.” (Lucas 24, 13 - 35)
Por que Nosso
Senhor desapareceu? Como explicar essa passagem? “Porque a minha carne é
verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida. Quem come a
minha carne e bebe o meu sangue vive em mim e eu nele. E como o Pai, que vive
me enviou e eu vivo pelo Pai, assim, aquele que me receber como alimento viverá
por mim. Este é o pão que desceu do céu.” (João 6, 55 –57) Nosso
Senhor desapareceu porque Ele é o pão abençoado e repartido.
“A Eucaristia, sacramento
de nossa salvação realizada por Cristo na cruz, é também um sacrifício de
louvor em ação de graças pela obra da criação. No sacrifício eucarístico, toda
a criação amada por Deus é apresentada ao Pai por meio da Morte e da
Ressurreição de Cristo. Por Cristo, a Igreja pode oferecer o sacrifício de
louvor em ação de graças por tudo o que Deus fez de bom, de belo e de justo na
criação e na humanidade.” 1359
“A Eucaristia é um
sacrifício de ação de graças ao Pai, unia bênção pela qual a Igreja exprime seu
reconhecimento a Deus por todos os seus benefícios, por tudo o que ele realizou
por meio da criação, da redenção e da santificação. Eucaristia significa,
primeiramente, "ação de graças".” 1360
“A Eucaristia é também o
sacrifício de louvor por meio do qual a Igreja canta a glória de Deus em toda a
criação. Este sacrifício de louvor só é possível através de Cristo: Ele une os
fiéis à sua pessoa, ao seu louvor e à sua intercessão, de sorte que o
sacrifício de louvor ao Pai é oferecido por Cristo e com ele para ser aceito
nele.” 1361
O
Corpo e O Sangue
“De fato, quando se
reúnem, o que vocês fazem não é comer a Ceia do Senhor, porque cada um se
apressa em comer a sua própria ceia. E, enquanto um passa fome, outro fica
embriagado. Será que vocês não têm suas casas onde comer e beber? Ou desprezam
a Igreja de Deus e querem envergonhar aqueles que nada têm? O que vou dizer
para vocês? Devo elogiá-los? Não! Nesse ponto eu não os elogio.
De fato, eu recebi pessoalmente do Senhor aquilo que transmiti para
vocês. Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de
dar graças, o partiu e disse: ‘Isto é o meu corpo que é para vocês; façam isto
em memória de mim. ’ Do mesmo modo, após a Ceia, tomou também o cálice,
dizendo: ‘Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que vocês
beberem dele, façam isso em memória de mim. ’ Portanto, todas as vezes que
vocês comem deste pão e bebem deste cálice, estão anunciando a morte do Senhor,
até que ele venha.
Por isso, todo aquele que
comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente, será réu do corpo e do
sangue do Senhor. Portanto, cada um examine a si mesmo antes de comer deste pão
e beber deste cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo, come e
bebe a própria condenação.” (1 Coríntios 11 20 –29)
Esta
passagem é o mais antigo testemunho sobre a Eucaristia, foi escrito no ano 56,
mais de dez anos antes dos Evangelhos. Entre as nossas observações podemos
dizer primeiro que, pelo Espírito Santo, o Apóstolo teve seu encontro pessoal
com Cristo que lhe transmitiu A Santa Celebração. Segundo: se fosse apenas uma
simples celebração como alguém pode ser réu do corpo e do sangue do Senhor se
este pão e este vinho não tem a presença de Cristo? Terceiro: se qualquer um
pudesse cear; por que deve haver um exame de consciência? Quarto: se fosse um
simples pedaço de pão e apenas um cálice de vinho. Por que é preciso discernir
o corpo? Por que a falta de discernimento do corpo de Cristo em comparação a
qualquer pão e vinho gera a própria condenação? Quinto: se a celebração do
corpo e do sangue de Cristo fosse apenas uma solene lembrança ou uma simbólica
representação, então por que tanto argumento bíblico com uma luta fervorosa de
Nosso Senhor e do maior dos apóstolos para que as pessoas acreditem que esta é
mais divina liturgia celebrada no mundo?
“O sacrifício de Cristo e
o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício: "É uma só e mesma
vítima, é o mesmo que oferece agora pelo ministério dos sacerdotes, que se
ofereceu a si mesmo então na cruz. Apenas a maneira de oferecer difere".
"E porque neste divino sacrifício que se realiza na missa, este mesmo
Cristo, que se ofereceu a si mesmo uma vez de maneira cruenta no altar da cruz,
está contido e é imolado de maneira incruenta, este sacrifício é
verdadeiramente propiciatório".” 1367
“A Eucaristia é também o
sacrifício da Igreja. A Igreja, que é o corpo de Cristo, participa da oferta de
sua Cabeça. Com Cristo, ela mesma é oferecida inteira. Ela se une à sua
intercessão junto ao Pai por todos os homens. Na Eucaristia, o sacrifício de
Cristo se torna também o sacrifício dos membros de seu Corpo. A vida dos fiéis,
seu louvor, seu sofrimento, sua oração, seu trabalho são unidos aos de Cristo e
à sua oferenda total, e adquirem assim um valor novo. O sacrifício de Cristo,
presente sobre o altar, dá a todas as gerações de cristãos a possibilidade de
estarem unidos à sua oferta. Nas catacumbas, a Igreja é muitas vezes representada
como uma mulher em oração, com os braços largamente abertos em atitude de
orante. Como Cristo que estendeu os braços na cruz, ela se oferece e intercede
por todos os homens, por meio dele, com ele e nele.” 1368
“A missa é ao mesmo tempo
e inseparavelmente o memorial sacrifical no qual se perpetua o sacrifício da
cruz, e o banquete sagrado da comunhão no Corpo e no Sangue do Senhor. Mas a
celebração do Sacrifício Eucarístico está toda orientada para a união íntima
dos fiéis com Cristo pela comunhão. Comungar é receber o próprio Cristo que se
ofereceu por nós.” 1382
“O altar, em tomo do qual a
Igreja está reunida na celebração da Eucaristia, representa os dois aspectos de
um mesmo mistério: o altar do sacrifício e a mesa do Senhor, e isto tanto mais
porque o altar cristão é o símbolo do próprio Cristo, presente no meio da
assembléia de seus fiéis, ao mesmo tempo como vítima oferecida por nossa
reconciliação e como alimento celeste que se dá a nós. "Com efeito, que é
o altar de Cristo senão a imagem do Corpo de Cristo?”- diz Santo Ambrósio; e
alhures: "O altar representa o Corpo [de Cristo], e o Corpo de Cristo está
sobre o altar". A liturgia exprime esta unidade do sacrifício e da
comunhão em muitas orações. Assim, a Igreja de Roma ora em sua anáfora: Nós vos
suplicamos que ela seja levada à vossa presença, para que, ao participarmos
deste altar, recebendo o Corpo e o Sangue de vosso Filho, sejamos repletos de
todas as graças e bênçãos do céu.” 1383
Nosso Senhor iniciou suas
obras com o milagre nas bodas de Caná, transformando a água em vinho como
prefiguração do vinho transformado em seu Sangue. E sua última obra em vida,
antes da morte na cruz, foi a Santa Ceia em que instituiu A Sagrada Eucaristia.
Isto, para que a vida da Igreja e de todos os cristãos tenha sua plenitude, do
inicio ao fim, no Santo Sacrifício de Cristo.
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