Somos Pecadores
“Se dissermos que não temos pecado, enganamos a nós mesmos, e a Verdade
não está em nós. Se reconhecemos os nossos pecados, Deus, que é fiel e justo,
perdoará os nossos pecados e nos purificará de toda injustiça. Se dizermos que
nunca pecamos, estaremos afirmando que Deus é mentiroso, e sua Palavra não
estará em nós.”
(1João 1, 8-10)
Todos somos pecadores,
cometemos pecados porque nascemos com a marca do pecado original. E necessitamos
da misericórdia divina para alcançarmos a salvação. Essa misericórdia em ao
nosso encontro através do sacramento da confissão.
“Que é o homem, e para que
serve? Que mal ou que bem pode ele fazer? A duração da vida humana é quando muito
cem anos. No dia da eternidade esses breves anos serão contados como uma gota
de água do mar, como um grão de areia. É por isso que o Senhor é paciente com
os homens, e espalha sobre eles a sua misericórdia. Ele vê quanto é má a
presunção do seu coração, e reconhece que o fim deles é lamentável; é por isso
que ele os trata com toda a doçura, e mostra-lhes o caminho da justiça. A
compaixão de um homem concerne ao seu próximo, mas a misericórdia divina
estende-se sobre todo ser vivo. Cheio de compaixão, (Deus) ensina os homens, e
os repreende como um pastor o faz com o seu rebanho. Compadece-se daquele que
recebe os ensinamentos de sua misericórdia, e do que se apressa a cumprir os
seus preceitos.” (Eclesiástico 18, 7-14)
Por isto é preciso que o homem
se converta e busque a santidade em seu coração, amando a Deus com as forças da
alma. Se não confessamos, o pecado está em nós e nos mancha excluindo da
salvação e leva para a morte.
“Vocês não sabem que os
injustos não herdarão o Reino de Deus? Não se iludam! Nem os imorais, nem os
idólatras, nem os adúlteros, nem os depravados, nem os efeminados, nem os
sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os
caluniadores irão herdar o Reino de Deus. Alguns de vocês eram assim, mas vocês
se lavaram, foram santificados e reabilitados pelo nome do Senhor Jesus Cristo
e pelo Espírito de nosso Deus.” (1Corintios 6, 9-12)
Olhe a grandeza do amor
infinito de Deus conosco, sua fidelidade misericordiosa nos toca em momentos
que nós mesmos nos achamos perdidos. Mas Deus, por amor, vem ao nosso encontro.
Basta apenas reconhecermos nossos pecados e buscarmos a confissão. Que não é
apenas uma confissão dos nossos pecados, mas antes de tudo, é uma confissão ao
nosso amor a Deus. Confessamos que o amamos e não queremos mais o pecado, por
amor a Deus.
“Quando estendeis vossas mãos,
eu desvio de vós os meus olhos; quando multiplicais vossas preces, não as ouço.
Vossas mãos estão cheias de sangue, lavai-vos, purificai-vos. Tirai vossas más
ações de diante de meus olhos. Cessai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem.
Respeitai o direito, protegei o oprimido; fazei justiça ao órfão, defendei a
viúva. Pois bem, justifiquemo-nos, diz o Senhor. Se vossos pecados forem
escarlates, tornar-se-ão brancos como a neve! Se forem vermelhos como a
púrpura, ficarão brancos como a lã! Se fordes dóceis e obedientes, provareis os
melhores frutos da terra; se recusardes e vos revoltardes, provareis a espada.
É a boca do Senhor que o declara.” (Isaías 1, 15-20)
Infelizmente muitas pessoas não
querem entender que Deus é amor, por isto mesmo sendo amor, é fiel e justo.
Sendo assim, Deus, por amor a nós, não pode nos perdoar se não confessamos
nossos pecados e procuramos a santidade.
“Quem dissimula suas faltas, não
há de prosperar; quem as confessa e as detesta, obtém misericórdia. Feliz
daquele que vive em temor contínuo; mas o que endurece seu coração, cairá na
desgraça.” (Provérbios 28, 13-14)
Por isto, Deus confiou A Santa
Igreja através dos apóstolos e seus sucessores este sacramento de perdão, cura,
reconciliação com o próprio Deus, A Igreja, o próximo, e cada um consigo mesmo.
Confessar também é amar A Igreja e perdoar o próximo e a si mesmo.
“Àqueles a quem perdoardes os pecados,
ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos.”
(João 20, 23)
Sacramento do Perdão
“A penitência interior é uma
reorientação radical de toda a vida, um retorno, uma conversão para Deus de
todo nosso coração, uma ruptura com o pecado, uma aversão ao mal e repugnância
às m s obras que cometemos. Ao mesmo tempo, é o desejo e a resolução de
mudar de vida com a esperança da misericórdia divina e a confiança na ajuda de
sua graça. Esta conversão do coração vem acompanhada de uma dor e uma tristeza
salutares, chamadas pelos Padres de "animi cruciatus (aflição do
espírito)", "compunctio cordis (arrependimento do coração)".”
1431
“O coração do homem apresenta-se pesado e
endurecido. É preciso que Deus dê ao homem um coração novo. A conversão é antes
de tudo uma obra da graça de Deus que reconduz nossos corações a ele:
"Converte-nos a ti, Senhor, e nos converteremos" (Lm 5,21). Deus nos
dá a força de começar de novo. É descobrindo a grandeza do amor de Deus que
nosso coração experimenta o horror e o peso do pecado e começa a ter medo de
ofender a Deus pelo mesmo pecado e de ser separado dele. O coração humano
converte-se olhando para aquele que foi traspassado por nossos pecados.
“Fixemos nossos olhos no sangue de
Cristo para compreender como é precioso a seu Pai porque, derramado para a
nossa salvação, dispensou ao mundo inteiro a graça do arrependimento.” 1432
“A penitência interior do
cristão pode ter expressões bem variadas. A escritura e os padres insistem
principalmente em três formas: o jejum, a oração e a esmola, que exprimem a
conversão com relação a si mesmo, a Deus e aos outros. Ao lado da purificação radical
operada pelo batismo ou pelo martírio, citam, como meio de obter o perdão dos
pecados, os esforços empreendidos para reconciliar-se com o próximo, as
lágrimas de penitência, a preocupação com a salvação do próximo, a intercessão
dos santos e a prática da caridade, "que cobre uma multidão de
pecados" (1Pd 4,8).” 1434
“A conversão se realiza na
vida cotidiana por meio de gestos de reconciliação, do cuidado dos pobres, do
exercício e da defesa da Justiça e do direito, pela confissão das faltas aos
irmãos, pela correção fraterna, pela revisão de vida, pelo exame de consciência
pela direção espiritual, pela aceitação dos sofrimentos, pela firmeza na
perseguição por causa da justiça. Tomar sua cruz, cada dia, seguir a Jesus é o
caminho mais seguro da penitencia.” 1435
“O dinamismo da conversão e da
penitência foi maravilhosamente descrito por Jesus na parábola do "filho
pródigo", cujo centro é "O pai misericordioso": o fascínio de
uma liberdade ilusória, o abandono da casa paterna; a extrema miséria em que se
encontra o filho depois de esbanjar sua fortuna; a profunda humilhação de
ver-se obrigado a cuidar dos porcos e, pior ainda, de querer matar a fome com a
sua ração; a reflexão sobre os bens perdidos; o arrependimento e a decisão de
declarar-se culpado diante do pai; o caminho de volta; o generoso acolhimento
da parte do pai; a alegria do pai: tudo isso são traços específicos do processo
de conversão. A bela túnica, o anel e o banquete da festa são símbolos desta
nova vida, pura, digna, cheia de alegria, que é a vida do homem que volta a
Deus e ao seio de sua família, que é a Igreja. Só o coração de Cristo que
conhece as profundezas do amor do Pai pôde revelar-nos o abismo de sua
misericórdia de uma maneira tão simples e tão bela.” 1439
A Confissão dos Pecados
“O perdão dos pecados cometidos
após o Batismo é concedido por um Sacramento próprio chamado sacramento da
Conversão, da Confissão, da Penitência ou da Reconciliação.”1486
“Voltar à comunhão
com Deus depois de a ter perdido pelo pecado, é um movimento que nasce da graça
do Deus misericordioso e solícito pela salvação dos homens. É preciso pedir
este dom precioso para si mesmo e também para os outros.” 1489
“O movimento de volta a Deus, chamado conversão e arrependimento, implica uma dor e uma aversão aos pecados cometidos e o firme propósito de não mais pecar no futuro; nutre-se da esperança na misericórdia divina.” 1490
“O sacramento da penitência é constituído de três atos do penitente e da absolvição dada pelo sacerdote. Os atos do penitente são o arrependimento, a confissão ou manifestação dos pecados ao sacerdote e o propósito de cumprir a penitência e as obras de reparação.”1491
“Aquele que quiser obter a reconciliação com Deus e com a Igreja deve confessar ao sacerdote todos os pecados graves que ainda não confessou e de que se lembra depois de examinar cuidadosamente sua consciência. Mesmo sem ser necessária em si a confissão das faltas veniais, a Igreja não deixa de recomendá-la vivamente.” 1493
“O movimento de volta a Deus, chamado conversão e arrependimento, implica uma dor e uma aversão aos pecados cometidos e o firme propósito de não mais pecar no futuro; nutre-se da esperança na misericórdia divina.” 1490
“O sacramento da penitência é constituído de três atos do penitente e da absolvição dada pelo sacerdote. Os atos do penitente são o arrependimento, a confissão ou manifestação dos pecados ao sacerdote e o propósito de cumprir a penitência e as obras de reparação.”1491
“Aquele que quiser obter a reconciliação com Deus e com a Igreja deve confessar ao sacerdote todos os pecados graves que ainda não confessou e de que se lembra depois de examinar cuidadosamente sua consciência. Mesmo sem ser necessária em si a confissão das faltas veniais, a Igreja não deixa de recomendá-la vivamente.” 1493
“Somente os sacerdotes
que receberam da autoridade da Igreja a faculdade de absolver podem perdoar os
pecados em nome de Cristo.”1495
“Os efeitos espirituais
do sacramento da Penitência são: a reconciliação com Deus, pela qual o
penitente recobra a graça; a reconciliação com a Igreja; a remissão da pena
eterna devida aos pecados mortais; a remissão, pelo menos em parte, das penas
temporais, seqüelas do pecado; a paz e a serenidade da consciência e a
consolação espiritual; o acréscimo de forças espirituais para o combate
cristão.” 1496
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