“Pai, santificado seja o
vosso nome; venha o vosso Reino; dai-nos hoje o pão necessário ao nosso
sustento; perdoai-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos àqueles que
nos ofenderam; e não nos deixeis cair em tentação.” (Lucas 11, 2-4)
“A invocação de Deus como
"Pai" é conhecida em muitas religiões. A divindade é muitas vezes
considerada "pai dos deuses e dos homens". Em Israel, Deus é chamado
de Pai enquanto Criador do mundo. Deus é Pai, mais ainda, em razão da Aliança,
e do dom da Lei a Israel, seu "filho primogênito" (Ex 4,22). E também
chamado de Pai do rei de Israel. Muito particularmente Ele é "o Pai dos
pobres", do órfão e da viúva que estão sob sua proteção de amor.” 238
“O próprio Espírito assegura ao
nosso espírito que somos filhos de Deus.” (Romanos 8, 16)
“Ao designar a Deus com o
nome de "Pai", a linguagem da fé indica principalmente dois aspectos:
que Deus é origem primeira de tudo autoridade transcendente, e que ao mesmo
tempo é bondade e solicitude de amor para todos os seus filhos. Esta ternura
paterna de Deus pode também ser expressa pela imagem da maternidade, que indica
mais imanência de Deus, a intimidade entre Deus e sua criatura. A linguagem da fé
inspira-se, assim, na experiência humana dos pais (genitores), que são de certo
modo os primeiros representantes de Deus para o homem. Mas esta experiência
humana ensina também que os pais humanos são falíveis e que podem desfigurar o
rosto da paternidade e da maternidade. Convém então lembrar que Deus transcende
a distinção humana dos sexos. Ele não é nem homem nem mulher, é Deus.
Transcende também a paternidade e a maternidade humanas embora seja a sua
origem e a medida: ninguém é pai como Deus o é.” 239
“E a prova de que sois filhos é que Deus enviou aos nossos corações o
Espírito do seu Filho, que clama: “Abbá, Pai”!” (Gálatas 4, 6)
“A fé apostólica no
tocante ao Espírito foi confessada pelo segundo Concílio Ecumênico, em 381, em
Constantinopla: "Cremos no Espírito Santo, que é Senhor e que dá a vida;
ele procede do Pai". Com isso a Igreja reconhece o Pai como "a fonte
e a origem de toda a divindade". Mas a origem eterna do Espírito Santo não
deixa de estar vinculada à do Filho: "O Espírito Santo que é a Terceira
Pessoa da Trindade, é Deus, uno e igual ao Pai e ao Filho, da mesma substância
e também da mesma natureza...Contudo, não se diz que Ele é somente o Espírito
do Pai, mas ao mesmo tempo o Espírito do Pai e do Filho". O Credo da
Igreja do Concilio de Constantinopla, confessa: "Com o Pai e o Filho ele
recebe a mesma adoração e a mesma glória".” 245
Somos filhos de Deus Pai. O Deus que nos criou por amor. O Deus que é
Pai, não pelo simples fato de ter nos criado. Mas Deus é Nosso Pai pela
maravilha incompreensível ao pensamento humano de nos amar como Deus e Pai e
que ama com um amor único e pessoal, infinito, insondável e sem reservas.
Porque Deus é amor. Por isto, Deus é Pai, porque Deus nos ama, ama a cada um de
nós de forma particular como filhos.
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