“Bendito o homem que
deposita a confiança no Senhor, e cuja esperança é o Senhor. Assemelha-se à
árvore plantada perto da água, que estende as raízes para o arroio; se vier o
calor, ela não temerá e sua folhagem continuará verdejante; não a inquieta a
seca de um ano, pois ela continua a produzir frutos” (Jr 17,7s).
Confiar no Senhor Deus, Deus de toda consolação, de amor
inestimável, misericórdia infinita. Deus que é poder supremo e nos nutre com
sua graça. A Palavra acima nos convida a confiar e confiar naquele que é
plenitude; plenitude da graça, do amor, da justiça, da fidelidade.
Longe de Deus somos
como espinheiros numa terra árida e poeirenta. Somos como que intocáveis, pois
na secura e vazio da alma, somos suscetíveis de ferir quem se aproxima e nos
toca. Somos inférteis, ou então produzimos frutos amargos e travosos. Assim é a
vida daqueles que ao invés de Deus confiam em si próprios, julgando-se
autossuficientes, numa atitude de extrema soberba. São como a figueira improdutiva
do Evangelho segundo Lucas, cap. 13,6.
A palavra em Jeremias que abre esta reflexão nos mostra
claramente que se quisermos frutificar e frutificar sempre faz-se necessário
entregar-se inteiramente a Deus. A Palavra nos atesta que se estivermos enraizados
junto à fonte de água viva (Deus na Santíssima Trindade) teremos tudo que Ele
nos oferece: o refrigério, o conforto, a segurança, as virtudes, enfim a
felicidade autêntica que só podemos encontrar nele.
Voltando à figueira de Lucas 13, a partir do versículo 7 o
senhor do campo tencionava derrubá-la pois ela era infrutífera; o agricultor
interveio e argumentou que ela poderia dar figos se bem cuidada. Esta figueira
nos representa; com os cuidados devidos, regada no tempo a na medida certa ela
poderá frutificar. Irrigando-nos com a água viva, o Espírito Santo, encontramos
Jesus, o Filho, que apresenta e oferece o regaço acolhedor do Pai Eterno. Daí se
poderá fruir no coração frutos de amor, de esperança e de justiça.
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