É claro que para a Igreja os milagres de Jesus são
autênticos e verdadeiros; todos foram reais; nada é simbólico de acordo com o
Magistério da Igreja, a Bíblia e a Sagrada Tradição. Os milagres de Jesus,
especialmente a sua Ressurreição, são as provas inequívocas de sua divindade.
São João disse no final do seu Evangelho: “Fez Jesus, na presença de seus
discípulos, muitos outros milagres, que não estão escritos neste livro. Mas
estes foram escritos, para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e
para que crendo, tenhais a vida em seu nome.” (Jo 20,31).
Veja por exemplo o que diz o Catecismo da Igreja:
§1335 – O milagre da multiplicação dos pães, quando o Senhor
proferiu a bênção, partiu e distribuiu os pães a seus discípulos para alimentar
a multidão, prefigura a superabundância deste único pão de sua Eucaristia (cf.
Mt 14, 13-21; 15,32-39).
O Concilio Vaticano II , na Constituição Dogmática ‘Dei
Verbum” disse no §19:
“A Santa Mãe Igreja firme e constantemente creu e crê que os
quatro mencionados Evangelhos, cuja historicidade afirma sem hesitação,
transmitem fielmente aquilo que Jesus, Filho de Deus, ao viver entre os homens,
realmente fez e ensinou para salvação deles, até o dia em que foi elevado (cf.
At 1, 1-2). Os Apóstolos, após a ascensão do Senhor, transmitiram aos ouvintes
aquilo que ele dissera e fizera, com aquela mais plena compreensão de que
gozavam, instruídos que foram pelos gloriosos acontecimentos concernentes a
Cristo e esclarecidos pela luz do Espírito da verdade. Os autores sagrados
escreveram os quatro Evangelhos, escolhendo certas coisas das muitas
transmitidas ou oralmente ou já por escrito, fazendo síntese de outras ou
explanando-as com vistas à situação das igrejas, conservando enfim a forma de
proclamação, sempre de maneira a transmitir-nos verdades autênticas a respeito
de Jesus. Pois foi esta a intenção com que escreveram, seja com fundamento na
própria memória e recordações, seja baseado no testemunho daqueles que foram
desde o princípio testemunhas oculares e que se tornaram ministros da Palavra,
para que conheçamos a solidez daqueles ensinamentos que temos recebido (Lc 1,
2-4).”
Prof. Felipe Aquino
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