O
livro do Gênesis tem grande importância porque traz a Revelação de Deus sobre a
origem do homem e do mundo, a queda pelo pecado original e a promessa de
salvação. Apresenta-nos a maravilhosa história dos Patriarcas: Abraão, Isac e
Jacó. Não é um livro de ciências e nem de etnologia (raças), apenas de verdades
religiosas. Entre outras coisas traz a Revelação de Deus sobre os seguinte
pontos:
1 -
Deus é o Criador do mundo e do homem.
2 -
Deus é distinto do universo; quer dizer, não existe o Panteísmo (tudo é Deus),
que defende que Deus e o mundo são a mesma coisa; e vê o mundo apenas como uma
“emanação de Deus”.
3 -
O mundo é bom. A matéria é boa.
4 -
O mundo criado manifesta a glória e a paz de Deus.
5 -
O homem foi criado da terra, mas foi animado de um espírito de vida (alma)
imortal, criado e dado por Deus. O seu corpo é fruto da evolução, mas não a sua
alma.
6 -
O homem foi criado para viver na amizade de Deus.
7 -
O homem foi criado livre.
8 -
A harmonia primitiva foi destruída pelo pecado da desobediência a Deus. O homem
tem a vã esperança de ser Deus (pecado original).
9 -
O homem foi excluído do Paraíso.
10 -
Deus faz a Promessa de Redenção da humanidade através da Mulher (Gen 3,15).
11 -
O homem foi dominado pelo pecado e o mal se generaliza: Caim, Torre de Babel,
Sodoma e Gomorra, etc..
12 -
Deus faz uma primeira aliança com o homem através de Noé.
13 -
Deus continua a aliança com Abraão, Isac e Jacó.
Os
capítulos de 1 a 11 do Gênesis formam a “pré-história” bíblica, por se referir
a acontecimentos anteriores à história bíblica, que começou com o Patriarca
Abraão (1850 aC). O gênero literário deste livro é o da história religiosa da
humanidade primitiva. O autor sagrado não quis ensinar verdades científicas,
mas apenas apresentou verdades religiosas através de um linguagem figurada,
simbólica.
A
imagem do mundo para o autor sagrado, naquele tempo, era diferente da nossa. A
terra era entendida como se fosse uma mesa plana, não uma esfera como sabemos
hoje. Esta mesa estava apoiada sobre colunas; abaixo havia as águas de onde
brotavam as fontes, e também a região dos mortos chamada de Cheol. A luz era
entendida como se não dependesse do sol ou das estrelas. Portanto, é preciso
ter bem claro que o autor sagrado não escreveu como um cientista, mas como
alguém inspirado por Deus para nos revelar verdades religiosas. Não se deve
então, buscar no Gênesis resposta para perguntas como: Com quem se casou Caim?
Onde fica o Paraíso terrestre? Como surgiram as raças e as cores diferentes dos
homens?, etc. Nem se pensar que o mundo tenha sido criado em seis dias.
(Cleofas.com.br)
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