A Igreja celebra aos 14 de setembro a exaltação da Santa
Cruz. Cruz que é escândalo para muitos. Cruz que é rejeitada e incompreendida
por muitos mais. Nesta solenidade a Igreja nos lembra a importância da cruz na
vida do cristão. Exaltá-la é exaltar a vitória de Cristo sobre a morte, pois
Jesus não mais está nela, ressuscitou. Porém convém lembrar que para
ressuscitar, Jesus teve que passar pela morte e morte na cruz. Para ser
glorificado, Jesus submeteu-se a cruz; para ratificar o que foi prenunciado no
Tabor, Jesus passou pelo Calvário!
Por Cristo Jesus, a cruz deixou de ser instrumento de
suplicio e morte para se tornar penhor de salvação, sinal de redenção.
Em analogia à serpente de bronze levantada no deserto por
Moisés (cf. Nm 21,5-9) disse Jesus: “É
necessário que o filho do homem seja levantado para que todos os que nele
creiam sejam salvos e tenham vida eterna” (Jo 8,14-15). Ainda nesse contexto, Jesus disse que quando
fosse levantado da terra atrairia todos para Ele. Porque então não reconhecer a
cruz como penhor de salvação?
Nossa igreja é apostólica, ou seja, se fundamenta na
doutrina dos apóstolos; eles pregavam Cristo, e Cristo crucificado: “Nós anunciamos o Cristo crucificado, que
para os judeus é escândalo, para os gregos loucura, mas para os chamados, a
cruz é Cristo, poder e sabedoria de Deus” (1Cor 1,23-24). Ainda: “Mortos pelos vossos pecados e pela
incircuncisão de vossa carne, chamou-vos novamente à vida em companhia com ele.
É ele quem nos perdoou todos os pecados, cancelando o documento escrito contra
nós, cujas prescrições nos condenavam. Aboliu-o definitivamente ao encravá-lo
na cruz. Espoliou os principados e potestades e os expôs ao ridículo,
triunfando deles pela cruz” (Cl 2,13-15).
Tracemos o sinal da cruz, o sinal da presença de Cristo em
nós: “Pelo sinal da Santa Cruz,
livrai-nos Deus Nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho, do
Espírito Santo. Amém”.
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