quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Pecado Mortal e Pecado Venial (II)

O Pecado Venial

                    
 
                      O Catecismo nos exorta sobre o pecado venial como faltas:
                     “O pecado mortal destrói a caridade no coração do homem por sua infração grave da Lei de Deus; desvia o homem de Deus, que é seu fim último e bem-aventurança, preferindo um bem inferior. O pecado venial deixa subsistir a caridade, embora ofenda e fira.” 1855
                     “A ignorância involuntária pode diminuir ou até escusar a imputabilidade de uma falta grave, mas supõe-se que ninguém ignore os princípios da lei moral inscritos na consciência de todo ser humano. Os impulsos da sensibilidade, as paixões, podem igualmente reduzir o caráter voluntário e livre da falta, como também pressões exteriores e perturbações patológicas. O pecado por malícia, por opção deliberada do mal, é o mais grave.” 1860
                     Quando uma pessoa não sabe que uma determinada ação é pecado mortal e a comete, esse pecado por falta de consciência da pessoa torna-se um pecado venial. Mas isto, somente se a pessoa não tiver plena consciência que de é um ato mortal.
                    “Comete-se um pecado venial quando não se observa, em matéria leve, a medida prescrita pela lei moral, ou então quando se desobedece à lei moral em matéria grave, mas sem pleno conhecimento ou pleno consentimento.” 1862
                     Todos aqueles pecados que cometemos, não sendo de matéria grave, não agredindo as Leis de Deus, que não afetam a nossa santidade e nem a vida do próximo, ou seja, pecados que nem temos consentimento que é pecado, são chamados pecados veniais. Mas, essas faltas ao se tornarem um vício ou não produzindo em nós o desejo de conversão, portanto, ao banalizar o pecado, torna-se um pecado mortal. Por isto, a necessidade da consciência cristã, do arrependimento, da confissão e da conversão.
                    “O pecado venial enfraquece a caridade; traduz uma afeição desordenada pelos bens criados; impede o progresso da alma no exercício das virtudes e a prática do bem moral; merece penas temporais. O pecado venial deliberado e que fica sem arrependimento dispõe-nos pouco a pouco a cometer o pecado mortal. Mas o pecado venial não nos torna contrários à vontade e à amizade divinas; não quebra a aliança com Deus. ‘Não priva da graça santificante, da amizade com Deus, da caridade, nem, por conseguinte, da bem-aventurança eterna’.” 1863


Uma Explicação do Caso



                      Pecados veniais são aqueles que você não tem conhecimento de que é pecado e o comete sem ter discernimento disso. Para isto, serve o Ato Penitencial na Santa Missa, é neste momento que estes pecados são perdoados, pois pedidos perdão por todos os pecados, o que sabemos e o que não sabemos. Assim, somos purificados para que possamos receber o Corpo de Cristo, por isto, é um erro comungar A Santíssima Eucaristia tendo chegado à missa após o ato penitencial. Pecado venial é toda falta leve, porém devemos confessar ao sacerdote até as faltas que pareçam mais desprovidas de pecado, pois o acumulo dessas faltas sem perdão acarreta em pecado mortal. Pecado venial é todo erro cometido por ignorância, falta de discernimento e conhecimento da Palavra.
                      Pecados mortais são aqueles que você sabe que é errado, tem certeza que é errado, em seu coração existe o não querer pecar, muitas vezes luta para não cair no erro, mas comete o erro. Todo pecado se torna grave quando é feito com conhecimento e discernimento do erro, isto é pecado mortal. Principalmente para estes pecados deve-se confessar a um padre, para que o mesmo conceda o perdão em nome de Nosso Senhor.
                      A Bíblia Sagrada nos esclarece ao afirmar que existem pelo menos três níveis de falta: o pecado, a blasfêmia e a heresia. O Catecismo, por sua vez, ressalta que:
                      “O pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta; é uma falta ao amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana.” 1849
                     “A blasfêmia opõe-se diretamente ao segundo mandamento. Ela consiste em proferir contra Deus interior ou exteriormente - palavras de ódio, de ofensa, de desafio, em falar mal de Deus, faltar-lhe deliberadamente com o respeito ao abusar do nome de Deus. São Tiago reprova "os que blasfemam contra o nome sublime (de Jesus) que foi invocado sobre eles" (Tg 2,7). A proibição da blasfêmia se estende às palavras contra a Igreja de Cristo, os santos, as coisas sagradas. É também blasfemo recorrer ao nome de Deus para encobrir práticas criminosas, reduzir povos à servidão, torturar ou matar. O abuso do nome de Deus para cometer um crime provoca a rejeição da religião.” 2148
                    “A incredulidade é a negligência da verdade revelada ou a recusa voluntária de lhe dar o próprio assentimento. ‘Chama-se heresia a negação pertinaz, após a recepção do Batismo, de qualquer verdade que se deve crer com fé divina e católica, ou a dúvida pertinaz a respeito dessa verdade; apostasia, o repúdio total da fé cristã; cisma, a recusa de sujeição ao Sumo Pontífice ou da comunhão com os membros da Igreja a ele sujeitos’.” 2089
                     Nosso Senhor foi criticado por curar no sábado, os fariseus disseram que ele pecou (Lc 13, 10-17), mas quando Jesus afirmou ser o Filho de Deus, os doutores da lei falaram que ele blasfemou (Jo 10, 22-39) e Paulo Apóstolo ainda nos ensina sobre a heresia (Tt 3, 10-11). Portanto, pecar é cometer erros, blasfemar é falar contra o que não se conhece e heresia é negar uma verdade bíblica.

                     Das penas mais leves, os pecados veniais, passando pelos pecados que nos privam da graça e nos levam para a morte, os pecados mortais, aos atos contra as verdades de fé e os insultos a criação, as blasfêmias, até chegar á negação da fé professada pela Santa Igreja Católica, as heresias, evidenciamos vários níveis de faltas contra a santidade. 

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