O Pecado
Venial
O Catecismo nos exorta sobre
o pecado venial como faltas:
“O pecado mortal destrói a
caridade no coração do homem por sua infração grave da Lei de Deus; desvia o
homem de Deus, que é seu fim último e bem-aventurança, preferindo um bem inferior.
O pecado venial deixa subsistir a caridade, embora ofenda e fira.” 1855
“A ignorância involuntária
pode diminuir ou até escusar a imputabilidade de uma falta grave, mas supõe-se
que ninguém ignore os princípios da lei moral inscritos na consciência de todo
ser humano. Os impulsos da sensibilidade, as paixões, podem igualmente reduzir
o caráter voluntário e livre da falta, como também pressões exteriores e
perturbações patológicas. O pecado por malícia, por opção deliberada do mal, é
o mais grave.” 1860
Quando
uma pessoa não sabe que uma determinada ação é pecado mortal e a comete, esse
pecado por falta de consciência da pessoa torna-se um pecado venial. Mas isto,
somente se a pessoa não tiver plena consciência que de é um ato mortal.
“Comete-se um pecado venial
quando não se observa, em matéria leve, a medida prescrita pela lei moral, ou
então quando se desobedece à lei moral em matéria grave, mas sem pleno
conhecimento ou pleno consentimento.” 1862
Todos
aqueles pecados que cometemos, não sendo de matéria grave, não agredindo as
Leis de Deus, que não afetam a nossa santidade e nem a vida do próximo, ou
seja, pecados que nem temos consentimento que é pecado, são chamados pecados
veniais. Mas, essas faltas ao se tornarem um vício ou não produzindo em nós o
desejo de conversão, portanto, ao banalizar o pecado, torna-se um pecado
mortal. Por isto, a necessidade da consciência cristã, do arrependimento, da
confissão e da conversão.
“O pecado venial enfraquece
a caridade; traduz uma afeição desordenada pelos bens criados; impede o
progresso da alma no exercício das virtudes e a prática do bem moral; merece
penas temporais. O pecado venial deliberado e que fica sem arrependimento
dispõe-nos pouco a pouco a cometer o pecado mortal. Mas o pecado venial não nos
torna contrários à vontade e à amizade divinas; não quebra a aliança com Deus.
‘Não priva da graça santificante, da amizade com Deus, da caridade, nem, por
conseguinte, da bem-aventurança eterna’.” 1863
Uma Explicação do Caso
Pecados veniais são
aqueles que você não tem conhecimento de que é pecado e o comete sem ter
discernimento disso. Para isto, serve o Ato Penitencial na Santa Missa, é neste
momento que estes pecados são perdoados, pois pedidos perdão por todos os
pecados, o que sabemos e o que não sabemos. Assim, somos purificados para que
possamos receber o Corpo de Cristo, por isto, é um erro comungar A Santíssima
Eucaristia tendo chegado à missa após o ato penitencial. Pecado venial é toda
falta leve, porém devemos confessar ao sacerdote até as faltas que pareçam mais
desprovidas de pecado, pois o acumulo dessas faltas sem perdão acarreta em
pecado mortal. Pecado venial é todo erro cometido por ignorância, falta de
discernimento e conhecimento da Palavra.
Pecados mortais são aqueles que você sabe que é errado, tem certeza que
é errado, em seu coração existe o não querer pecar, muitas vezes luta para não
cair no erro, mas comete o erro. Todo pecado se torna grave quando é feito com
conhecimento e discernimento do erro, isto é pecado mortal. Principalmente para
estes pecados deve-se confessar a um padre, para que o mesmo conceda o perdão
em nome de Nosso Senhor.
A Bíblia Sagrada nos esclarece ao afirmar que existem pelo menos três
níveis de falta: o pecado, a blasfêmia e a heresia. O Catecismo, por sua vez,
ressalta que:
“O pecado é uma falta contra a
razão, a verdade, a consciência reta; é uma falta ao amor verdadeiro para com
Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a
natureza do homem e ofende a solidariedade humana.” 1849
“A blasfêmia opõe-se
diretamente ao segundo mandamento. Ela consiste em proferir contra Deus
interior ou exteriormente - palavras de ódio, de ofensa, de desafio, em falar
mal de Deus, faltar-lhe deliberadamente com o respeito ao abusar do nome de
Deus. São Tiago reprova "os que blasfemam contra o nome sublime (de Jesus)
que foi invocado sobre eles" (Tg 2,7). A proibição da blasfêmia se estende
às palavras contra a Igreja de Cristo, os santos, as coisas sagradas. É também
blasfemo recorrer ao nome de Deus para encobrir práticas criminosas, reduzir
povos à servidão, torturar ou matar. O abuso do nome de Deus para cometer um
crime provoca a rejeição da religião.” 2148
“A incredulidade é a
negligência da verdade revelada ou a recusa voluntária de lhe dar o próprio
assentimento. ‘Chama-se heresia a negação pertinaz, após a recepção do Batismo,
de qualquer verdade que se deve crer com fé divina e católica, ou a dúvida
pertinaz a respeito dessa verdade; apostasia, o repúdio total da fé cristã;
cisma, a recusa de sujeição ao Sumo Pontífice ou da comunhão com os membros da
Igreja a ele sujeitos’.” 2089
Nosso Senhor foi criticado por
curar no sábado, os fariseus disseram que ele pecou (Lc 13, 10-17), mas quando
Jesus afirmou ser o Filho de Deus, os doutores da lei falaram que ele blasfemou
(Jo 10, 22-39) e Paulo Apóstolo ainda nos ensina sobre a heresia (Tt 3, 10-11).
Portanto, pecar é cometer erros, blasfemar é falar contra o que não se conhece
e heresia é negar uma verdade bíblica.
Das penas mais leves, os pecados veniais, passando pelos pecados que nos
privam da graça e nos levam para a morte, os pecados mortais, aos atos contra
as verdades de fé e os insultos a criação, as blasfêmias, até chegar á negação
da fé professada pela Santa Igreja Católica, as heresias, evidenciamos vários
níveis de faltas contra a santidade.
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