Algumas pessoas perguntam sobre a predestinação. Se
existe destino» ou se cada um já
nasce com o futuro
definido.
A predestinação diz respeito ao
destino prévio para o qual Deus nos criou,
ou seja, Deus nos criou "predestinados para a felicidade", para a vida eterna em comunhão com
Ele, saciados da Sua glória.
O nosso Catecismo diz logo no n.l: "Deus, infinitamente Perfeito e Bem-aventurado em si mesmo, em um desígnio de pura
bondade, criou livremente o homem para fazê-lo
"participar de sua vida bem-aventurada". A felicidade consiste em conhecer,
viver e amar o bem e o
sumo bem é Deus.
Deus não criou alguém
para que seja condenado. São Paulo disse
com toda certeza: "Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento
da verdade" (l Tm 2,4). E ele
diz a Timóteo que "a greja é a coluna
e o fundamento da verdade" (ITm 3,15) que salva, que leva-nos à vida eterna. Daí a
importância da Igreja.
O dom mais
precioso que Deus nos deu foi a liberdade,
que nem Ele e nem o demónio tira de nós. É ela
que caracteriza a nossa "imagem e semelhança" com Deus. Se Deus a
tirasse de nós, seriamos marionetes, teleguiados. Deus
não quer isso porque nos anularia.
Então, não
existe destino e nem predestinação para a condenação. O
futuro de cada um e a vida eterna de cada um depende de como viver
hoje, agora, o seu presente, fazendo o bem ou o mal.
Só vale a pena fazer alguma coisa,
gastar o tempo e a vida, com aquilo que não acaba; aquilo que deixa algo para sempre. Devemos olhar o temporário com um olhar de eternidade. Usando bem da liberdade devemos fazer o bem. "É para a liberdade que Deus nos libertou" (Cal 5,1). Seremos julgados por nossas obras, praticadas livremente:
"Porque teremos de comparecer diante do tribunal de Cristo, a fim de cada um ser remunerado pelas obras da vida corporal, conforme tiver praticado o bem ou o mal" (2 Cor 5,10).
"Vi os mortos, grandes e pequenos, de pé, diante do trono. Abriram-se livros, e ainda outro livro, que é o livro da vida. E os mortos foram julgados conforme o que estava escrito nesse livro, segundo as suas obras". (Ap 20,12)
"Eis que venho em breve, e a minha recompensa está comigo, para dar a cada um conforme as suas obras" (Ap 22,12).
Nossas obras comprovam que nossa fé é autêntica.
Prof. Felipe Aquino
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