sábado, 28 de junho de 2014

O MISTÉRIO DO AMOR


O que fundamenta e que distingue a Fé Cristã de todas as outras religiões é o Mistério da Santíssima Trinda­de, que é manifestado ao homem sob o sinal da misericórdia infinita e eterna.
Enquanto os pagãos adoravam uma mul­tidão de deuses, o Senhor se revela a Israel como o Deus único e verdadeiro. Enquanto a filosofia grega concebia Deus como o motor imóvel que não se interessava pela vida dos homens, o Todo-Poderoso vai se manifestando aos profetas até se revelar plenamente em Jesus Cristo como Pai que é amor, que se preocupa com a nossa reali­dade humana, que conhece nossas dores e fadigas, e que envia seu próprio Filho para habitar com os homens num supremo ato de amor: "Tanto Deus amou o mundo que lhe deu seu Filho único, para que todo aquele que nele crê, não morra, mas tenha a vida eterna".
No deserto, Moisés já havia experimen­tado o amor do Deus que é lento na ira e rico de graça e fidelidade, e que se revela como o Deus-conosco, que caminha com seu povo, conduzindo-o à terra prometida. Levando à plenitude a revelação, Jesus nos anuncia um Deus que é Uno e Trino, porque é comunhão de Amor: o Pai que ama infinita e eternamente o Filho pelo Amor que é o Espírito Santo.
O Mistério Trinitário revelado por Jesus, derruba por terra as teses do ateísmo moderno segundo o qual Deus seria uma projeção do homem, isto é, o homem é que teria criado o conceito de Deus a partir de si mesmo. Ora, a razão humana por si só não seria capaz de conceber um mistério tão impressionante! Nós cremos na Trindade, um só Deus em três Pes­soas, porque esta foi a verdade que nos foi revelada por Cristo Senhor.
Celebrar a Trindade, como diz São Paulo, deve ser para nós, um convite a vivermos na alegria, trabalhando para o mútuo aperfeiçoamento na concórdia e na paz, tornando-nos habitações da Trindade, templos vivos de Deus.
(A Missa-Arquidiocese do Rio de janeiro)

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