Alejandro Bullón, no livro “A Sós Com Jesus”, faz uma
bela reflexão, mais ou menos assim:
Disse o profeta Isaías que “aqueles que contam com o Senhor renovam suas forças; dá-lhes asas de
águia. Correm sem se cansar, vão para frente sem se fatigar” (Is 40,31).
Por que será que o Profeta se espelha na águia para falar
da força dos homens e mulheres que confiam em Deus?
É porque a águia é uma ave especial desde a sua origem. Um
frango está pronto para ser vendido com três meses. Águias não, elas levam,
como no caso da Águia Real, até um ano para voarem sozinhas.
Os autênticos cristãos são como águias: podem levar tempo
para amadurecer, aprofundar nos mistérios de Deus, e depois viver toda a vida
no alto, segundo essas verdades colhidas sob o sol da penitência, da meditação
e da oração.
Os pássaros de modo geral voam em bandos. Águias não, sempre
estão sozinhas, no máximo em duas. Ficam lá no alto, olhando o azul infinito. E
tem olhos inigualáveis; conseguem enxergar detalhes a longa distância. E quando
querem tomar uma presa, dão um voo rasante inigualável.
Também para o cristão o poder vem do alto de onde ele
enxerga bem todas as coisas com os olhos do Espírito Santo; e muitas vezes tem
que ficar sozinho, rejeitado, por causa de seus princípios. Muitas vezes é
considerado “careta”, fora de moda, obscurantista, isolado. Geralmente, as
pessoas acham que o cristão anda na contramão da vida. É porque, como São João
avisou, “o mundo jaz no maligno”. Os que voam alto não podem ser compreendidos
pelos que vivem em baixo, porque não têm a visão do alto, de todas as coisas;
só enxergam o rasteiro. E quando alguém não é compreendido é temido, então,
criticado e condenado. É normal.
Você sabe aonde vão as águias quando a tormenta vem? Elas
não se escondem. Ao contrário, abrem suas enormes e robustas asas, que podem
voar a uma velocidade de até 90 km/h, e enfrentam a tormenta. Elas sabem que as
nuvens escuras, a tempestade e os choques elétricos, podem ter uma extensão de
30 a 50 m, mas lá em cima brilha o sol.
Nessa luta terrível contra as tempestades elas perdem
algumas penas, podem se ferir, mas não temem e seguem em frente.
Depois, enquanto todo mundo fica às escuras embaixo, elas
voam vitoriosas e em paz, lá em cima, sob um sol a brilhar.
As águias também morrem, mas ninguém acha um cadáver de
águia. Sabe por quê? Porque quando elas sentem que chegou a hora de partir,
procuram o pico mais alto, tiram as últimas forças de seu cansado corpo e voam
aos picos inatingíveis e aí esperam resignadamente o momento final. Até para
morrer elas são extraordinárias.
Todos os dias temos desafios a enfrentar, mas lembre-se:
descanse no Senhor, suba às alturas com Ele, e não tenha medo da tempestade, do
isolamento e da crítica. Passe tempo com Ele e depois parta para a luta,
sabendo que além daquela tormenta brilha o sol.
(Fonte: cleofas.com.br)
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