“Ser Santo ou não ser Santo” é uma
decisão que parece que temos que tomar todos os dias em nossa vida, no entanto,
para aqueles que desejam ir para o céu e fazer parte do reino definitivo de
Deus, não existe outra escolha se não a de ser Santo. No início de cada jornada
devemos nos colocar em posição de diálogo com o Senhor e perguntar o que
preciso fazer nesse dia, qual deverá ser a minha escolha diante das mais
diversas situações que se apresentarão ao longo da caminhada rotineira e no
quotidiano de minhas atividades que farão com que eu escolha “ser Santo”. O
resultado de todas as minhas pequenas ou grandes decisões definem o caminho que
estou tomando, definem por qual das posições escolhi para lutar - “Ser ou não
ser Santo”.
Em nosso dia a dia a expressão “ser
Santo” pode soar estranha, visto que o mundo nos lança diversas situações
totalmente contrárias em quase todas as suas demonstrações. Somos colocados à
prova diariamente e, por diversas vezes, sejam em nossas inter-relações pessoais
ou nas profissionais, sendo aqui a resposta clara, não se afastar da palavra de
Deus: “Não te afastes dela nem para direita nem para a esquerda” (Josué 1, 7).
Se o desejo de nosso coração é chegar à terra prometida (ser Santo), para nós
que cremos, não nos resta outra coisa.
Fora de nosso meio – os que vivem a
mesma fé através das atitudes da vida, aqui me refiro às pequenas atitudes
concretas de ação ou reação diária, refiro-me àqueles que lutam para viver o
que professam a cada segundo, nos pensamentos, nas atitudes e nas palavras –
“ser Santo” parece algo tão distante, tão longe para os que vivem num outro
mundo, que viver distante da fé ou na superficialidade, na aparência externa,
parece ser a forma correta e justa. Medir o quanto faço, o quanto ajudei, o
quanto pareço bom é a medida certa e justa.
Ser Santo não significa não errar ou
não ter errado, ser santo significa que a partir do momento que reconheci Jesus
como Senhor, lutei diariamente, verdadeiramente, para que o nome do Senhor
fosse elevado, lutei insistentemente para não cair, lutei com todas as minhas
forças para testemunhar o amor do meu coração, vindo do coração de Jesus. E
quando caí, lembrei-me da misericórdia do Senhor e do quanto Ele fez e faz para
que eu possa ser salvo e busquei, através do Sacramento da Reconciliação,
voltar para o meu Deus. Ser santo significa buscar o auxílio do Senhor quando
perceber que está afundando e dizer “Senhor, salva-me!” (Mateus 14,30). Ser
Santo é usar dos meios que recebemos do Senhor: A Ação do Espírito Santo em
cada atitude, a força do Espírito para as boas ações, o diálogo diário e a cada
instante, os sacramentos – em especial o da Eucaristia e da Reconciliação – e
nesses, o maior auxílio dos Santos, a misericórdia de Deus.
Para que toda a luta, todo o esforço,
todo o sacrifício tenha algum fruto de santidade é necessário que tenhamos
sobre nós a ação direta do Espírito Santo de Deus, o “Espírito que nos dá a
força” (Atos 1, 8). Para qualquer obra, seja em pensamentos ou em ações,
necessitamos da força do alto, pois conforme diz o Senhor “sem Mim nada podeis
fazer” (João 15,5) e mais “praticamos as boas obras que de antemão o Senhor
preparou para nós” (Efésios 2,10). Só assim seremos capazes de SER SANTOS.
Paulo Giunani Mecabô - Coordenador estadual da RCC no Rio
Grande do Sul
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