quarta-feira, 16 de abril de 2014

A Comunhão dos Santos – O Reino dos Céus II


                     “Irmãos, não queremos que vocês ignorem coisa alguma a respeito dos mortos, para não ficarem tristes, como os outros que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, cremos também que aqueles que morreram em Jesus serão levados por Deus em sua companhia. Eis o que declaramos a vocês, conforme a palavra do Senhor: nós, que ainda estaremos vivos, por ocasião da vinda do Senhor, não teremos nenhuma vantagem sobre aqueles que já tiverem morrido. Quando for dado o sinal, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, o mesmo Senhor descerá do céu e os que morreram em Cristo ressurgirão primeiro. Depois nós, os vivos, que estivermos ainda na terra, seremos arrebatados juntamente com eles sobre nuvens ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras.” (1 Tessalonicenses 4, 13 –18)
                        Existe um lugar, um estado mais que espiritual onde aqueles que durante a vida neste mundo agradaram a Deus, e morreram em sua amizade, serão levados para junto de todos os santos que igualmente estão na companhia do Altíssimo. Isto é, o Reino dos Céus.
                       “Também há corpos celestes e corpos terrestres, mas o brilho dos celestes difere do brilho dos terrestres. Uma é a claridade do sol, outra a claridade da lua e outra a claridade das estrelas; e ainda uma estrela difere da outra na claridade. Assim também é a ressurreição dos mortos. Semeado na corrupção, o corpo ressuscita incorruptível; semeado no desprezo, ressuscita glorioso; semeado na fraqueza, ressuscita vigoroso; semeado corpo animal, ressuscita corpo espiritual. Se há um corpo animal, também há um espiritual. Como está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente (Gn 2,7); o segundo Adão é espírito vivificante. Mas não é o espiritual que vem primeiro, e sim o animal; o espiritual vem depois. O primeiro homem, tirado da terra, é terreno; o segundo veio do céu. Qual o homem terreno, tais os homens terrenos; e qual o homem celestial, tais os homens celestiais. Assim como reproduzimos em nós as feições do homem terreno, precisamos reproduzir as feições do homem celestial.” (1 Corintios 15, 40 – 49)
                       O divinamente inspirado autor é claro ao afirmar que haja corpos celestes, no plural, pouco depois de dizer que Cristo foi o primeiro a entrar no Reino dos Céus. E reafirma que, o mesmo acontece, no presente, com a ressurreição dos mortos, no plural.
                        Por sua vez, é feita a separação, o corpo terrestre fica aqui na terra e o corpo celeste vai para o celestial. Destacando que, mais uma vez o plural aparece em homens celestes. Se há homens celestes é porque são humanos e não os anjos, que são chamados pela Bíblia de seres gloriosos ou simplesmente anjos, mas nunca são chamados de homens. 

                     Quem se une ao Senhor torna-se com ele um só espírito.” (1Corintios 6, 17)

                        Se alguém morre na graça e na amizade com Deus, esta pessoa está unida ao Espírito. Portanto, é com Deus um só Espirito no céu.
                        “Caríssimos, desde agora somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando isto se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porquanto o veremos como ele é. E todo aquele que nele tem esta esperança torna-se puro, como ele é puro.” (1 João 3, 2 –3)
                      Quanto a nossa união plena com o Senhor, nossa vida eterna após a morte nesta tenda passageira que habitamos agora, seremos filhos do Pai Eterno que não quer se separar de nós, porque nos ama. Assim nos ensina O Catecismo da Igreja Católica:
                     “Essa vida perfeita com a Santíssima Trindade, essa comunhão de vida e de amor com ela, com a Virgem Maria, os anjos e todos os bem-aventurados, é denominada "o Céu". O Céu é o fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o estado de felicidade suprema e definitiva.” 1024
                    “Viver no Céu é "viver com Cristo". Os eleitos vivem "nele", mas lá  conservam - ou melhor, lá  encontram – sua verdadeira identidade, seu próprio nome.” 1025
                    “Por sua Morte e Ressurreição, Jesus Cristo nos "abriu" o Céu. A vida dos bem-aventurados consiste na posse em plenitude dos frutos da redenção operada por Cristo, que associou à sua glorificação celeste os que creram nele e que ficaram fiéis à sua vontade. O céu é a comunidade bem-aventurada de todos os que estão perfeitamente incorporados a Ele.” 1026

                   “Este mistério de comunhão bem-aventurada com Deus e com todos os que estão em Cristo supera toda compreensão e toda imaginação. A Escritura fala-nos dele em imagens: vida, luz, paz, festim de casamento, vinho do Reino, casa do Pai, Jerusalém celeste, Paraíso. "O que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração do homem não percebeu, isso Deus preparou para aqueles que o amam" (1Cor 2,9).” 1027

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