“Irmãos, não queremos que vocês
ignorem coisa alguma a respeito dos mortos, para não ficarem tristes, como os
outros que não têm esperança. Se cremos
que Jesus morreu e ressuscitou, cremos também que aqueles que morreram em Jesus
serão levados por Deus em sua companhia. Eis o que declaramos a vocês,
conforme a palavra do Senhor: nós, que ainda estaremos vivos, por ocasião da
vinda do Senhor, não teremos nenhuma vantagem sobre aqueles que já tiverem
morrido. Quando for dado o sinal, à
voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, o mesmo Senhor descerá do céu e os
que morreram em Cristo ressurgirão primeiro. Depois nós, os vivos, que
estivermos ainda na terra, seremos arrebatados juntamente com eles sobre nuvens
ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor.
Portanto, consolai-vos uns aos outros
com estas palavras.” (1 Tessalonicenses 4, 13 –18)
Existe um lugar, um
estado mais que espiritual onde aqueles que durante a vida neste mundo
agradaram a Deus, e morreram em sua amizade, serão levados para junto de todos
os santos que igualmente estão na companhia do Altíssimo. Isto é, o Reino dos
Céus.
“Também
há corpos celestes e corpos terrestres, mas o brilho dos celestes difere do
brilho dos terrestres. Uma é a claridade do sol, outra a claridade da lua e
outra a claridade das estrelas; e ainda uma estrela difere da outra na
claridade. Assim também é a ressurreição dos mortos. Semeado na corrupção, o
corpo ressuscita incorruptível; semeado no desprezo, ressuscita glorioso;
semeado na fraqueza, ressuscita vigoroso; semeado corpo animal, ressuscita
corpo espiritual. Se há um corpo animal, também há um espiritual. Como está
escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente (Gn 2,7); o segundo
Adão é espírito vivificante. Mas não é o espiritual que vem primeiro, e sim o
animal; o espiritual vem depois. O primeiro homem, tirado da terra, é terreno;
o segundo veio do céu. Qual o homem
terreno, tais os homens terrenos; e qual o homem celestial, tais os homens
celestiais. Assim como reproduzimos em nós as feições do homem terreno,
precisamos reproduzir as feições do homem celestial.” (1 Corintios 15, 40 – 49)
O divinamente inspirado
autor é claro ao afirmar que haja corpos celestes, no plural, pouco depois de
dizer que Cristo foi o primeiro a entrar no Reino dos Céus. E reafirma que, o
mesmo acontece, no presente, com a ressurreição dos mortos, no plural.
Por sua vez, é feita a
separação, o corpo terrestre fica aqui na terra e o corpo celeste vai para o
celestial. Destacando que, mais uma vez o plural aparece em homens celestes. Se
há homens celestes é porque são humanos e não os anjos, que são chamados pela
Bíblia de seres gloriosos ou simplesmente anjos, mas nunca são chamados de homens.
“Quem se une ao Senhor torna-se com ele um só espírito.” (1Corintios
6, 17)
Se alguém morre na
graça e na amizade com Deus, esta pessoa está unida ao Espírito. Portanto, é
com Deus um só Espirito no céu.
“Caríssimos, desde
agora somos filhos de Deus, mas não se
manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que, quando isto se manifestar,
seremos semelhantes a Deus, porquanto o veremos como ele é. E todo aquele que
nele tem esta esperança torna-se puro, como ele é puro.” (1 João 3, 2 –3)
Quanto a nossa união plena com o
Senhor, nossa vida eterna após a morte nesta tenda passageira que habitamos
agora, seremos filhos do Pai Eterno que não quer se separar de nós, porque nos
ama. Assim nos ensina O Catecismo da Igreja Católica:
“Essa vida perfeita com a
Santíssima Trindade, essa comunhão de vida e de amor com ela, com a Virgem
Maria, os anjos e todos os bem-aventurados, é denominada "o Céu". O
Céu é o fim último e a realização das aspirações mais profundas do homem, o
estado de felicidade suprema e definitiva.” 1024
“Viver no Céu é "viver
com Cristo". Os eleitos vivem "nele", mas lá conservam -
ou melhor, lá encontram – sua verdadeira identidade, seu próprio nome.”
1025
“Por sua Morte e Ressurreição, Jesus Cristo
nos "abriu" o Céu. A vida dos bem-aventurados consiste na posse em
plenitude dos frutos da redenção operada por Cristo, que associou à sua
glorificação celeste os que creram nele e que ficaram fiéis à sua vontade. O
céu é a comunidade bem-aventurada de todos os que estão perfeitamente
incorporados a Ele.” 1026
“Este mistério de comunhão
bem-aventurada com Deus e com todos os que estão em Cristo supera toda
compreensão e toda imaginação. A Escritura fala-nos dele em imagens: vida, luz,
paz, festim de casamento, vinho do Reino, casa do Pai, Jerusalém celeste,
Paraíso. "O que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração do
homem não percebeu, isso Deus preparou para aqueles que o amam" (1Cor
2,9).” 1027
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