Portanto, se a Igreja Primitiva tivesse sido protestante, como defendem
alguns, este concílio não se realizaria. Primeiro que não se incomodariam se
alguns cristãos confessam algo diferente, pois para os protestantes, o que
importa é a fé em Cristo. A doutrina não importa, o que importa é a fé. Se você
tem fé e foi batizado está salvo. Não é assim no protestantismo?
Em segundo lugar, supondo a realização do concílio, como já se viu
acima, nem os cristãos judaizantes nem os discípulos de São Paulo não adotariam
as disposições do Concílio em sua inteireza. E então não haveria de forma
alguma uma só fé na Igreja.
Verificamos que então que a fé primitiva não era protestante, era
católica; por isto eles sabiam que deveriam obedecer a Igreja pois criam que
Cristo a fundou para os guiar na Verdade (cf. 1Tm 3,15), assim como nós
católicos cremos. Tanto é assim que, nos séculos que se seguiram, os “cristãos
primitivos” continuaram resolvendo suas pendências doutrinárias segundo o
modelo de At 15. Concílios ecumênicos e regionais se sucederam por toda a
história da cristandade, sempre acatados e respeitados. Alguns deles (vá
entender!) são acatados e respeitados até pelos protestantes.
Depois da heresia judaizante, a ortodoxia (reta doutirna) cristã teve
que combater as seguintes heresias: gnosticismo, montanismo, sabelianismo,
arianismo, pelagianismo, nestorianismo, monifisismo, iconoclatismo, catarismo,
etc. Para saber mais sobre estas heresias ler artigo “Grandes Heresias”. Este
mesmo artigo nos mostra como muitas destas heresias se revitalizaram nas seitas
protestantes, que, assim, embora aleguem um retorno ao “crsitianismo primitivo”,
acabam por encampar doutrinas anematizadas por estes mesmos cristãos
primitivos.
Como costumamos dizer, a coerência não é o forte do protestantismo…
O fato é que graças á realização dos Concílios Ecumênicos ou Regionais,
graças aos decretos Papais, e à submissão dos primeiros cristãos aos
ensinamentos do Magistério da Igreja, é que foi possível que houvesse uma só fé
na Igreja antes do século XVI (antes da Reforma). Foi pelo fato da Igreja
antiga ser Católica, que as palavras de São Paulo (“uma só fé” cf. Ef 4,5)
puderam se cumprir.
Se a Igreja Antiga fosse protestante, simplesmente, o combate às
heresias não teria acontecido, e com toda certeza nem saberíamos no que crer
hoje. O mundo protestante só não e mais confuso porque recebeu da Igreja
Católica a base de sua teologia.
Como ensinou São Paulo: “A Igreja é a Coluna e o Fundamento da Verdade”
(cf. 1Tm 3,15). Foi assim para os primeiros cristãos e assim continua para nós
católicos.
Assim como no passado, continuamos obedecendo aos apóstolos (hoje são os
bispos da Igreja, legítimos sucessores dos apóstolos) pois continuamos crendo
que Jesus fundou sua Igreja nos ensinar a Verdade através dela.
Se isto foi verdade no passado, necessariamente é verdade agora e
continuará sendo sempre.
Estude as origens da fé, procure saber sobre os Escritos patrísticos e
descubra a Verdade, assim como nós do Veritatis Splendor, que somos
ex-protestantes (em sua maioria) descobrimos.
Não rotulem, conheçam. “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará”.
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