No principio havia o Verbo – Palavra – sem nada de material
ou concreto. Do Verbo a criação teve inicio; o universo material e todo o
esplendor da natureza terrena, culminando com sua obra prima, o homem.
Aprouve a Deus que na plenitude do tempo Ele viesse a nós. Assim,
o kairos juntou-se ao cronus e a glória de Deus se fez presente em nosso tempo com
a encarnação do Verbo Divino, Jesus; Deus humanizado para divinizar a
humanidade.
Na epifania, quando da visita dos reis orientais a Jesus menino
recém-nascido, aqueles homens estrangeiros, pagãos do ponto de vista dos judeus
da época, reconheceram a divindade naquele bebê. Guiados pela luz da estrela
que lhes indicava o caminho, chegaram à verdadeira luz: Jesus de Nazaré a Luz
do mundo. Vieram adorá-lo. Talvez sem mesmo o saber, adoravam o Deus
verdadeiro, aquele que é e sempre será; o alfa e o ômega, o principio e o fim,
o eterno presente no tempo.
Adorá-lo, porque
viram na fragilidade daquela criança, a fortaleza de Deus; na pequenez daquele
menino, a grandeza de Deus; na humildade daquele ambiente, a glória imensa de Deus! Sim, naquele momento aquela
simples manjedoura era o trono da glória. Trouxeram-lhe presentes; incenso,
ouro, mirra. O incenso representa sua divindade, o ouro sua realeza e senhorio,
a mirra sua missão: pela morte de cruz remiria toda a terra.
Visitaram, adoraram, presentearam Jesus. E voltaram por
outro caminho. Todo aquele que conhece Jesus, e o admite como Senhor e Salvador,
e o presenteia com a abertura do coração, não retorna ao caminho antigo e passa
a trilhar um novo caminho, o rumo apontado pelo Espírito Santo. Aqueles homens, reis ou magos – não importa o
que fossem – vieram como pagãos e retornaram como cristãos impregnados da luz
do Messias, do Cristo, do Emanuel.
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