Muitas vezes, narra o evangelho, Jesus se retirava e
geralmente no alto de um monte ficava a sós num colóquio amoroso e reservado
com o Pai. Imitando Jesus, assim também fazemos nós cristãos; procuramos nos
isolar para na oração pessoal, ficarmos a sós com Deus. Certamente D. Eugenio Sales
fazia o mesmo; apartava-se dos assessores e acompanhantes em seus momentos de
oração diária na liturgia das horas, na reza do terço, na oração pessoal.
Aparente solidão do pastor, pois estava na melhor companhia possível e agora,
literalmente, está na melhor companhia possível.
Isto não é mera especulação nem desejo ardente do coração. É
fato. Os sinais comprovam isso. Aquele pombo branco sobre o caixão não foi obra
do acaso, foi inequívoco sinal de Deus. Não há como não fazer ilação com a
passagem bíblica do batismo de Jesus, quando o Espírito Santo, como um pombo,
pousou sobre Seus ombros e do céu ouviu-se uma voz: “Eis meu filho muito amado
em quem ponho minha afeição”.
D. Eugenio não morreu simplesmente. Foi mergulhado, como num
batismo, na glória eterna. O pombo sobre o caixão não ficou por um breve
momento, permaneceu horas, ho-ras! Aquele pombo era como se o próprio Espírito
Santo estivesse presente em forma corpórea, como um guardião, e comprovasse a
santidade daquele homem. E também Jesus, como que falando a nosso coração: “Eis
meu servo amado em quem ponho minha afeição. Reverenciai-o”.
Cremos na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na
vida eterna e temos convicção que D. Eugenio goza dessa vida eterna. D.
Eugenio, intrépido pastor, na solidão do seu quarto adormeceu para o mundo e
despertou nos braços do Pai.
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