Êxodo 20,3-5: “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti escultura, nem figura alguma do que há em cima no céu, do que há debaixo da terra, ou nas águas, sob a terra. Não as adorarás nem lhes prestará culto”.
Êxodo 25,18-19: “Farás dois querubins de ouro; os farás de ouro batido, nas duas extremidades da tampa, um ao lado do outro, fixando-os para formar uma só peça com a extremidade da tampa”.
Números 21,8: “O senhor disse a Moisés: faze para ti uma serpente ardente e mete-a sobre um poste. Todo o que for mordido, olhando para ela conservará a vida”.
Ops! Deus se contradiz? Não, Deus não é homem para mentir nem ter duas palavras. São contextos diferentes, situações muito, muito, distintas. Só não entendem os textos quem é falho de raciocínio ou analfabeto funcional, ou – pior – mal intencionado, pois entendendo perfeitamente os textos, deliberadamente interpreta erroneamente e assim os ensina. A ordem de Deus é clara: Não terás outros (falsos) deuses diante de minha face. Deus falava ao povo, da arca da aliança, sentado sobre os querubins (Ex 25,22). A serpente de bronze é prefiguração do próprio Cristo.
Quem de sã consciência pode dizer que viu nos templos católicos imagens de deuses? O que se vê são esculturas e pinturas que retratam homens e mulheres cujas vidas foram pautadas por fé inabalável, submetidas ao sofrimento a até ao martírio de sangue em defesa da fé em Cristo Jesus. Gente como nós, cujo exemplo e testemunho de fé devem ser seguidos. Nossa doutrina ensina que logo após a morte vem o julgamento (juízo particular) e aqueles se encontram certamente nos braços do Pai. “Vi debaixo do altar as almas dos homens imolados por causa da Palavra de Deus e por causa do testemunho de que eram depositários. Foi lhes dado vestes brancas e foi dito que aguardassem um pouco mais, até que se completasse o número dos companheiros mártires”. (Apocalipse 6,9-11) – “Depois disso, vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povo e língua; conservavam-se de pé diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas nas mãos. Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus e o servem dia e noite no seu templo. Aquele assentado no trono os abrigará em sua tenda”. (Ap 7,9.14-15).
Estão ou não na glória? Ninguém está em estado cataléptico aguardando o juízo final. Já foram julgados pelo Justo Juiz e encontraram graça diante do Altíssimo. O juízo final ocorrerá na parusia de Jesus, quando os que estiverem sobre a face da terra serão arrebatados ao céu ou lançados ao fogo do inferno.
“As imagens do culto católico não são de ídolos; não são feitas para serem adoradas. São veneradas com carinho para recordar o próprio Jesus Cristo, sua mãe, ou alguém que o seguiu de forma extraordinária, a quem chamamos de santos. Com as imagens, relembramos seus feitos, seus ensinamentos. Os fiéis têm por elas veneração, isto é, respeito, admiração, consideração. – O mesmo respeito que têm pela fotografia de uma pessoa que lhes é querida”. Estas são palavras de D. Murilo Krieger, bispo, autoridade eclesial, sendo, portanto voz da Igreja. As imagens nos mostram onde Deus agiu.
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