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leitura faz citação a um “medidor”, um
agrimensor. A figura do agrimensor na Bíblia representa aquele que vem iniciar
os preparativos para uma restauração, uma reconstrução. No caso, a restauração
de Jerusalém, aqui figura da Igreja. As nações hostis que a cercam, são hoje o
mundo, o secularismo, a nova era e tudo que investe contra a Igreja. O v.5 nos
mostra então, o inicio da restauração da cidade. O v.8 nos remete a uma nova
Jerusalém, sem muros, aqui representando a expansão da Igreja de Cristo. O
v.9 diz que o próprio Deus a
guarnecerá, que Ele próprio a habitará.
Sem
a Igreja somos ovelhas perdidas, ovelhas sem pastor. Ovelhas são animais
ingênuos, dóceis, indefesos. Não sabem nem mesmo distinguir entre a relva que
alimenta das ervas daninhas. Necessitam de um pastor para orienta-las, leva-las
ao campo onde encontrem pasto. Do
contrário, sós e famintas, comem tudo que encontram e correm o risco de morrer
envenenadas. O grande redil, o aprisco onde as ovelhas (que somos nós)
encontram pasto, abrigo e proteção é a Igreja! Igreja humana e divina.
Imperfeita enquanto humana, no entanto perfeitissima na divindade. A encíclica Lumen
Gentium diz: “A Igreja é o sacramento universal da salvação”. A Igreja
que foi criada, fundada por Jesus, manifestada em pentecostes pela efusão do
Espírito Santo, mas idealizada, concebida no coração do Pai desde o gênese, na
criação. No antigo testamento, o povo eleito, Israel, já prefigurava a Igreja.
Na
parusia (retorno glorioso de Jesus a terra) Jesus virá resgatar sua igreja. Não
só a igreja peregrina, mas também a igreja padecente, porque haverá somente uma
dimensão da igreja, a igreja triunfante na glória eterna de Deus. Portanto,
temos que ser igreja, viver como igreja.
Ser igreja é: 1o ) Viver conforme a Palavra de Deus.
Fazer tudo que Jesus falou no Evangelho; ouvir, obedecer, seguir Jesus. 2o
) Obedecer aos mandamentos da Igreja; obedecer seus preceitos e recomendações.
3o ) Abrir-se a ação do Espírito Santo. Até porque quem se
abre ao Espírito Santo irá fazer todo o resto. Estas três condições não são
alternativas, ou seja, fazer um ou outro. É preciso fazer os três
simultaneamente. É preciso ao mesmo tempo viver o Evangelho, obedecer a Igreja
e submeter-se ao Espírito Santo.
A Igreja
de Cristo é como uma grande árvore, cuja raiz é a igreja primitiva, o tronco é
a Igreja Católica e os ramos principais, ligados diretamente ao tronco, são as
Igrejas irmãs que convivem fraternamente, num diálogo ecumênico,
reconhecendo-se mutuamente. Além de ser corpo místico de Cristo, do qual Ele
próprio é a cabeça e nós os membros, a Igreja pode ser considerada nossa mãe:
Sancta Mater Eclesia – Santa Madre Igreja. A mãe que nos gerou para a vida
cristã pelo batismo; a mãe que nos nutre, alimenta, sustenta pela eucaristia; a
mãe que nos lava do pecado através da confissão; mãe que leva ao altar para o
matrimônio; que cura na unção dos enfermos. Citamos vários sacramentos, entre
os quais dois que só a nossa igreja, a Igreja Católica Apostólica Romana possui:
a confissão e a eucaristia. Eucaristia, presença real de Jesus Cristo na hóstia
consagrada. O católico que duvidar da eucaristia não é verdadeiro católico;
está na igreja, mas não é igreja. Aceitamos a eucaristia pela fé, mas Deus
ainda assim dá provas concretas de sua realidade. Deus não subverte a natureza,
portanto nessa questão que foge a lógica humana, Ele nos revela a verdade
através dos milagres eucarísticos, a citar, Lanciano, Cássia e outros,
ocorridos ainda em nossos dias.
Abraçamos
nossa fé, vivamos a Palavra de Deus, obedeçamos ao magistério da Igreja e
abramos o coração ao Espírito Santo, assumindo dia a dia o batismo no Espírito
Santo, sendo verdadeiros católicos carismáticos. Amém.
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