sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Am 4,4-12 – Impenitência

 

O

 profeta Amós era pastor em Técua, próximo a Belém. Viveu sob o reinado de Jereboão, rei de Israel. O texto fala da infidelidade e impenitência do povo de Israel frente a Deus Todo Poderoso. Devido ao afastamento de Deus, o povo sofria tribulações de todo tipo.

            E daí? Alguém questiona. Que tenho eu a ver com isto? Respondo: tem tudo, tudo a ver. Porque somos todos como aquele povo, todos, sem exceção.

            Da última vez que Deus me deu a graça de proferir uma pregação, falava eu na ocasião, da insatisfação de Deus com o nosso proceder. Do que ele pedia e nos lhe davamos; das migalhas que sobravam e lhe eram oferecidas. Falava da cobrança de Deus, visando a mudança de nossos atos. Nesses tempos de racionamento de energia elétrica em que vivemos, o apagão seja só no campo material. No espírito, no coração, haja luz em abundância para anunciar e denunciar. Anunciar Jesus e denunciar as mazelas do mundo. Isto não é só pra mim ou para os demais servos do grupo de oração; é para todos. Nossa missão é levar a mensagem do Cristo Ressuscitado ao nosso povo, tão carente e vulnerável aos harpões afiados das falsas doutrinas e seitas oportunistas.

            Os vv. 4s falam de oblação com fermento. Oblação com fermento é oferta impura! É como comungar do Corpo de Cristo sem estar devidamente preparado. Tomar a Hóstia indevidamente é causa de juízo e condenação; é agravar o pecado anteriormente cometido. E quantos “católicos” comungam e freqüentam terreiros de macumba, exercem práticas esotéricas! Em Mt 6,24 Jesus diz: (...)... Católico é católico, espírita é espírita, não há que se misturar coisas que não podem ser misturadas. É como água e óleo, não são miscíveis. Sê quente ou frio, porque morno Ele te vomita.

            Muitos se afastam da Igreja, se afastam até mesmo de Deus, pois não conseguem esperar o tempo da graça. São impacientes, querem pra hoje, pra já. Pedem e não aguardam a resposta a seu devido tempo. Deus age a sua maneira, a seu tempo. Fé, esperança, significa segurar-se em Jesus diante das dificuldades, persistindo nas suas promessas mesmo quando não vemos seu cumprimento. Manter-se sempre fiel a Deus, não buscar outros caminhos, porque Deus é fiel cumpridor de suas promessas.

            A parábola do jovem rico fala do rapaz que não seguiu Jesus porque era muito rico e apegado a seus bens. Quantos de nós deixamos também de seguir Jesus devido a nossos apegos; nem sempre apego a coisas materiais, mas a valores falsos do mundo. Negamos o amor de Jesus por não nos desvencilharmos do pecado a que nos prendemos e que pesa sobre nossos ombros. Nossa sorte é que Deus é Deus e Deus é amor. A misericórdia de Deus é maior que sua justiça. Sua misericórdia e compaixão se estendem a todos. Ele não julga segundo a lei, mas com sua misericórdia, por isso a punição merecida é transformada em perdão. A justiça Divina é a misericórdia, não a lei!

            Por seu imenso amor, o Pai nos deu Jesus. Jesus que dos braços de Maria aos braços da cruz nos trouxe a salvação. Diz a Palavra em Col 2,13s (...)... Esse documento era a carta que nos condenava, a folha corrida dos nossos pecados. Ela foi rasgada, pregada na cruz e lavada com o sangue de Jesus. Aleluia! Para merecer a remissão é essencial renunciar ao pecado, querer a salvação. É necessário seguir Jesus, ouvir Jesus, obedecer a Jesus. Como disse Maria com toda simplicidade: “Fazei tudo o que Ele vos disser”.Amém.   

 


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