sexta-feira, 13 de julho de 2018

O Cordeiro de Deus



Inicio esta reflexão citando o catecismo da igreja Católica: “Pela sua morte Jesus nos liberta do pecado; pela sua ressurreição Ele nos abre as portas de uma vida nova” (CIC 654).
Quando Jesus foi para a cruz e deu sua vida por nós, era Ele o cordeiro de Deus, o derradeiro holocausto expiatório, o definitivo sacrifício para remissão dos pecados do mundo inteiro.  Sacrifício atemporal, pois contemplou passado, presente e futuro. Toda a Terra, em qualquer lugar, a qualquer tempo, foi alcançada pela graça do perdão Divino. A ressurreição, manifestação do inconteste poder de Deus, nos abriu o caminho para a eternidade. Esse caminho inicia-se em Jesus, passa por Jesus e prossegue com Jesus.
A fé, baseada na Palavra de Deus e nos ensinamentos da igreja nos convence disso. Entretanto uma grande questão permeia essa assertiva: basta a fé para obtermos o perdão Divino e consequentemente alcançarmos a salvação e a glória eterna? A fé é fundamental, porque pela fé reconhecemos e aceitamos o sacrifício e a glorificação do Senhor. Mas a fé simplesmente não é o bastante. Lembremo-nos que Jesus, o Verbo Eterno (ver Jo 1,1-2.14), veio ao mundo para remir a humanidade e reconciliá-la com o Pai. Durante três anos formou discípulos, elegeu um grupo para sucedê-lo, ensinou, revelou seu propósito e por fim doou-se venceu a morte e retornou aos braços do Pai na eternidade. Portanto, o direito à salvação passa por tudo isso.
O mérito de nossa salvação é todo de Jesus, porém é necessário que desejemos e aceitemos as condições. A salvação nos foi oferecida, o mérito é Dele e a fé nos certifica isso; no entanto, temos que conquistá-la. O sacrifício, a ação principal, foi Dele e o que Ele nos pede é que façamos a nossa parte. E nossa parte, a contribuição pessoal para a salvação é simplesmente ouvi-lo e obedece-lo: “Fazei tudo que Ele vos disser” (Jo 2,5).
  

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