sábado, 28 de janeiro de 2017

Ministério é serviço que se doa por obediência


Que são muitos os ministérios, e o Espírito é o mesmo, disso sabemos. Que os ministérios têm um carisma em sua base, que caracteriza as suas ações, disso também sabemos. No entanto, o que nem sempre percebemos é que quem forma esses ministérios, servos escolhidos e capacitados por Deus, com unção e dons específicos e diversos, são responsáveis por serem os braços que trabalham no corpo da Igreja.
Seja em qual ministério for, nós, servos na Renovação Carismática Católica, ao darmos o nosso sim ao chamado de Deus, assumimos uma grande e importante missão. O Senhor conhece cada um dos seus, e não os daria uma cruz mais pesada do que podem carregar. A cruz que nos leva a céu e dá sentido à vida do cristão.
O próprio Cristo é o maior e mais perfeito exemplo de entregar sua vida por uma missão que fez valer todo sofrimento que sua carne humana pôde sofrer, pois seu Espírito permaneceu firme no propósito. Nessa perspectiva de ministérios, o que podemos aprender com Jesus Cristo? Serviço, doação e obediência.
O servir cristão não é isolado. Em todo o Brasil e em lugares que nem imaginamos no mundo, há alguém que serve a Deus de todo o seu coração. Pessoas com diferentes vocações, cientes de sua vocação maior de santidade, e que a buscam todos os dias, colocando-se a serviço do Senhor de suas vidas.
Assim também na Renovação Carismática, os ministérios, por mais diferentes que sejam, não são solitários. Fazem parte de um mesmo “corpo”, com mesmo objetivo e missão de fazer discípulos de Jesus em todo o Brasil, a partir da experiência do batismo no Espírito Santo.
Cada peça é importante neste grande quebra-cabeça. Mas o que faz o jogo ser trabalhoso além do necessário é quando uma peça não está onde deveria. Desta forma, quando os ministérios, os servos, se colocam em seu lugar, as peças se unem e formam um belo desenho. Para que isso aconteça, é preciso reconhecer que seu serviço é importante para o todo, pondo o seu carisma a serviço da comunidade, do Grupo de Oração, do Movimento, da Igreja.
Em seguida, é necessário notar que o servir agradável a Deus é mais que “bater ponto”, é fazê-lo com amor. Não é automático, nem puramente humano. É doar-se, deixando que o Senhor conduza e oriente da forma que desejar. Ou seja, mais que saber de sua importância, o bom servo tem o coração livre para compreender que o seu esforço nem sempre vem com aplausos, mas que a recompensa no seu já está.
Sendo assim, também em nossos ministérios precisamos nos doar mais, e quem nos pede isso é o próprio Senhor. Não basta chegar e cantar, fotografar, pregar, interceder. É preciso se entregar ao Senhor e doar-se mais, da oração pessoal pela reunião de oração, ao pastoreio dos participantes. O Nosso Senhor pede mais. Mais mãos à obra, que transborde em doação verdadeira, com mais amor a Ele e aos seus, assim como pede no centro dos mandamentos.
De onde, então, viria a motivação para esse servir desprendido e que se doa? Tudo parte do nosso coração unido ao de Jesus. Ao tê-Lo como verdadeiro Senhor, brota no coração o desejo de cumprir o que Ele diz. Por isso, para um servo, é essencial a obediência. Ao conhecer Sua Verdade, já devemos segui-la, quanto mais quando aceitamos fazer parte de seus servos, como corresponsáveis da missão da Igreja de evangelizar e levar mais pessoas a Deus.
A obediência deve falar mais alto quando o serviço perdeu o sentido para o servo cansado, ou quando a doação pareceu não valer a pena para o servo decepcionado. O foco do cristão é a santidade. E, para o servo, é a santidade também no serviço. Serviço que se doa aos irmãos por obediência ao Deus de amor a quem serve.
Como bons dispensadores das diversas graças de Deus, cada um de vós ponha à disposição dos outros o dom que recebeu, a fim de que em todas as coisas Deus seja glorificado por Jesus Cristo” (1Pd 4, 10-11)

 Laís do Valle Corrêa - Grupo de Oração Maranatha-Ministério de Comunicação Social/Arquidiocese de Belém/PA

sábado, 21 de janeiro de 2017

Carta do Ministério Fé e Política em defesa da vida

Amados irmãos em Cristo Jesus!


“... a vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo, que se entregou por nossos pecados, para nos libertar da perversidade do mundo presente, segundo a vontade de Deus, nosso Pai, a quem seja dada a glória pelos séculos dos séculos. Amém!” (Gal. 1, 3-5).
Mais uma vez, dirigimos a palavra aos irmãos carismáticos em um grave momento de crise em nosso país. Durante muito tempo o povo brasileiro acostumou-se com as crises financeiras, mas, ao que tudo indica, parece que agora estamos sendo levados a conviver com uma constante crise política, moral, ética e de escândalos sem fim. Interessante recordar as palavras que o Ministério Fé e Política dirigiu ao povo da RCC em 16 de março de 2016:
“... De fato, não é diferente entre nós carismáticos. Com os últimos acontecimentos políticos noticiados pela imprensa brasileira, a indignação torna-se presente, uma forte inquietação suscita em muitos o desejo de protagonizar uma reação explícita e terminam por sugerir todo o tipo de mobilização aos líderes do Movimento. Neste contexto, é importante reconhecer que é lícito indignar-se com a corrupção e com toda mazela resultante do trato com a coisa pública. Contudo, é preciso recordar que pela fé acreditamos que não são as armas humanas que estão vencendo este combate – é Deus mesmo que se põe à frente abrindo caminhos”.
Agora em 04 de dezembro de 2016, novamente nos vemos diante de situações não menos desafiadoras e graves que as anteriores. Muito se questiona a respeito de um posicionamento oficial da RCC quanto às manifestações de rua. Como sempre, nossa referência permanece em Jesus e nas orientações da Igreja. Neste contexto, é preciso recordar que em sua NOTA EM DEFESA DA VIDA, a CNBB reafirmou a incondicional posição da Igreja em defesa da vida humana, condenando toda e qualquer tentativa de liberação e descriminalização da prática do aborto. E fez um apelo: “Conclamamos nossas comunidades a rezarem e a se manifestarem publicamente em defesa da vida humana, desde a sua concepção” (Nota da CNBB de 01/12/2016).
Nesse contexto, um texto de Pe. Luiz Carlos Lodi escrito em 12/04/16, intitulado “Muita marcha e pouca oração”, permitirá lançar luzes às nossas reflexões. Ele dizia:
“... Em 13 de março de 1964, o presidente João Goulart (Jango) discursou em um comício feito na Central do Brasil, Rio de Janeiro, pleiteando uma reforma estrutural profunda (‘reforma de base’) que só poderia ser obtida mediante uma nova Constituição. ‘Nem os rosários podem ser erguidos como armas’, disse ele contra os que se opunham à reforma. Horas antes do discurso, o presidente assinara dois decretos: um permitia a desapropriação de terras numa faixa de dez quilômetros às margens de rodovias, ferrovias e barragens; outro transferia para o governo o controle de cinco refinarias de combustíveis que operavam no país.
No dia 19 de março de 1964, dia de São José, patrono da família, houve em São Paulo a grandiosa ‘Marcha da Família com Deus pela liberdade’, em reação ao discurso de Jango. A marcha foi concebida pela freira paulista Ana de Lourdes, neta do jurista Rui Barbosa. Seria uma ‘Marcha de Desagravo ao Santo Rosário pela ofensa que tinham constituído as palavras de Goulart na Guanabara’. O nome ‘Marcha da Família com Deus pela Liberdade’ acabou sendo sugerido pela deputada Conceição da Costa Neves. A multidão, estimada entre 500 e 800 mil pessoas, certamente portava faixas e cartazes, gritava palavras de ordem, mas não faltou a oração. Era época em que o padre irlandês Patrick Peyton fundara o movimento Cruzada do Rosário em Família, com o lema ‘a família que reza unida permanece unida’. O povo partiu da Praça da República e dirigiu-se à Praça da Sé, onde Padre Peyton celebrou a Santa Missa pela Salvação da Democracia. Convém ressaltar a importância das mulheres na marcha. Grupos como a CAMDE (Campanha da Mulher pela Democracia) e a União Cívica Feminina (UCF) estiveram presentes na organização da grande passeata. Pedia-se a Deus a salvação do Brasil ameaçado pelo comunismo, a preservação da família e da liberdade.
No dia seguinte, 20 de março, o general Castelo Branco, chefe do Estado Maior do Exército, exprimiu sua preocupação com o discurso de Jango em uma carta circular:
São evidentes duas ameaças: o advento de uma Constituinte como caminho para a consecução das reformas de base e o desencadeamento em maior escala de agitações generalizadas do ilegal poder do CGT. As Forças Armadas são invocadas em apoio a tais propósitos.
[...]
Várias Marchas da Família com Deus pela Liberdade foram realizadas em outras cidades até o final de março de 1964.
Em 31 de março, o general Olympio Mourão Filho resolveu partir com suas tropas, do Estado de Minas Gerais, para o Rio de Janeiro, e de lá para Brasília, sem encontrar qualquer resistência. João Goulart fugiu para Porto Alegre e, de lá, exilou-se no Uruguai. A Revolução foi efusivamente comemorada pelo povo, com novas Marchas da Família com Deus pela Liberdade, desta vez chamadas ‘Marchas da Vitória’.
No dia 2 de abril de 1964, no Rio de Janeiro uma gigantesca Marcha de cerca de um milhão de pessoas partiu da Praça da Candelária e foi até a Esplanada do Castelo.
Mais de cinquenta anos depois, o povo brasileiro vai às ruas para protestar.
[...]
Essa imensa multidão, porém, anda errante ‘como ovelhas sem pastor’ (Mt 9,36). Grita contra a corrupção, os desvios de verba, o aumento de impostos, o enriquecimento ilícito dos governantes, a inflação alta, o aumento do desemprego, a recessão da economia, mas não se veem mais terços nas mãos, nem um líder religioso como Padre Peyton que conclame o povo à oração.
Ouvi o clamor do meu povo (cf. Ex 3,7) – Uma massa informe é diferente de um povo organizado. Uma multidão revoltada é diferente de um ‘exército em ordem de batalha’ (Ct 6,10). Uma marcha de pessoas que apenas sabem gritar ‘Fora, Presidente!’ é diferente de um grupo de discípulos unidos a Maria rogando perseverantes pela vinda do Espírito Santo (cf. At 1,14).
Para que Deus possa dizer de nós o que disse a Moisés – ‘o clamor dos filhos de Israel chegou até mim’ (Ex 3,9) –  é preciso que também nós clamemos a Ele. Clamemos junto com seu Filho, cujo sangue é mais eloquente que o de Abel, ‘porque o sangue de Abel pedia a morte do irmão fratricida, ao passo que o sangue do Senhor obteve a vida para seus perseguidores’. Clamemos junto com Maria Santíssima, de quem Jesus disse olhando para nós: ‘Eis a tua mãe’ (Jo 19, 27). Elevemos ao céu muitas vezes as palavras com que o anjo Gabriel a saudou – ‘Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo’ (Lc 1,28) – e as palavras com que Isabel, cheia do Espírito Santo, recebeu Maria em sua casa: ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre’ (Lc 1,42).”
Mais do que nunca, o discernimento da Renovação Carismática Católica para o atual momento aponta para a oração. Assim, o Conselho Nacional da RCCBRASIL orienta o povo carismático a prosseguir em unidade e perseverança em nossa missão de orar, mantendo equilíbrio e coerência para atuarmos com maturidade nas decisões, que como cidadãos, estão sujeitas ao foro íntimo. Ou seja, cada um deve avaliar as circunstâncias e riscos para a sua tomada de decisão como cidadão, visando garantir uma manifestação em defesa da vida humana, desde a sua concepção, com integridade e segurança.
Acima de tudo, acreditamos que Nossa Mãe Maria está ao nosso lado levando as nossas súplicas pelo Brasil a Jesus.
 Que Deus nos abençoe a todos!
Ministério Fé e Política RCCBRASIL- Conselho Nacional RCCBRASIL


sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Quando o amigo 'pisa na bola'

Nós mesmos já fizemos essa experiência frustrante de “pisar na bola” com alguém que nunca queríamos machucar

Por melhores que sejam as pessoas e suas intenções, um dia, sem querer, elas nos decepcionam. Acontece isso entre pais e filhos, marido e mulher, namorados apaixonados e entre amigos também. Nós mesmos já fizemos essa experiência frustrante de “pisar na bola” com alguém que nunca queríamos machucar ou decepcionar. Isso faz parte do processo de amadurecimento de qualquer relacionamento, e é muito bom que isso aconteça, para que não fiquemos na ilusão de achar que tal pessoa é perfeita ou nós mesmos somos intocáveis e imaculados.
Dizer que a frustração e os erros fazem parte do conhecimento do outro, para que no amadurecimento da amizade possamos adequar a imagem do amigo ao real e possível parece exagero, pois quem tem amizade-fantasia são as crianças e neste período da vida é normal. Por isso, uma verdadeira amizade deve estar guiada por alguns compromissos evangélicos: verdade, transparência e partilha; tudo isso, é claro, com muita caridade e misericórdia, pois só quando experimentamos o gosto amargo dos nossos erros compreendemos as fraquezas e erros do amigo.
Experiência mais terrível, para mim, são aquelas pessoas que estão no centro de uma situação, sabem de fatos que incluem e comprometem a pessoa amiga e, por respeito humano e um falso “protecionismo”, ficam caladas, omitem-se, não querem correr o risco de perder a boa fama, a simpatia e até mesmo a amizade.
Quando a amizade é verdadeira, o único medo que eu tenho é perder o meu amigo para os seus próprios erros, mesmo que ele não me compreenda e fique com raiva de mim, vou falar-lhe a verdade e abrir seus olhos, pois amigo não é aquele que passa a mão na cabeça, mas aquele que o desafia e “desinstala”, mas está pronto para ficar com você em qualquer situação.
Precisamos crescer na vivência e na compreensão de uma verdadeira amizade, quem não se compromete não ama. Quando um amigo “pisa na bola” ou estiver vivendo uma situação constrangedora, aproveite para acolhê-lo, não tenha medo de sacrificar a amizade pela verdade, pois o verdadeiro amor se arrisca, dá a vida pelo amigo. O homem quando erra não tem outra alternativa a não ser pedir perdão, senão, ele não é homem. O amigo não abandona o barco quando ele se agita, mas ajuda a remar, mesmo que tenha de dizer que o outro está remando para o lado errado.
Como corrigir um amigo sem perder sua amizade:
 Reze pelo seu amigo: a oração vai preparar o coração dele e também o seu;
 Espere a hora certa para conversar e partilhar, não se deixe vencer pelo nervosismo e ansiedade;
 Escolha o lugar certo: a privacidade é o melhor lugar para corrigir uma pessoa, evite fazer uma correção em público, pois, mesmo que você esteja certo, começou errado;
 Faça um elogio antes de fazer a crítica e a correção. Todos têm qualidades e isso corrige o nosso ego elevado pelos erros dos outros; isso não é fingimento, é amor.
 Saiba falar: cuidado com as palavras! O problema, muitas vezes, não é o conteúdo das críticas, mas o jeito com que se fala. Mesmo que o outro esteja no erro, demonstre respeito e carinho.
“Na realidade, na hora em que é feita, nenhuma correção parece alegrar o outro, pois causa dor. Depois, porém, produz um fruto de paz e de justiça para aqueles que nela foram exercitados” (cf. Hebreus 12,11).  

 Padre Luizinho-natural de Feira de Santana (BA), é sacerdote na Comunidade Canção Nova.     

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Profecia-Quando e como usar esse carisma?


Antes de qualquer coisa é necessário entendermos o que significa a palavra Profecia. Ao consultar o dicionário, encontramos o seguinte significado: Ação de predizer (prever) o futuro, que acredita ser por meio de uma inspiração divina: as profecias bíblicas. E de fato, o ato de profetizar nada mais é que deixar Deus falar o que, e como irá realizar algo em nossas vidas. Ao orarmos, conversamos com o Senhor, e como em todo diálogo há o momento de falar e o de escutar e é justamente nesse momento que o carisma da Profecia surge em nosso coração. Quando profetizamos o Senhor utiliza a nossa boca para falar ao nosso irmão, nesse caso é necessário discernir quando e como usar esse carisma tão importante.
Aquele, porém, que profetiza fala aos homens, para edificá-los, exortá-los e consolá-los” (1Cor 14,3). Veja bem, irmão, a Profecia não vem para humilhar, entristecer, desesperançar, muito menos para sobrepor a vontade do condutor da profecia sobre decisões importantes na vida do irmão. Ao contrário, ela vem para acalmar, produzir esperança, aliviar, fazer crescer e gerar paz. De uma forma bem simples e clara, profetizar é ser o porta-voz de Deus.
Os carismas são diversos (cf. 1Cor 12, 1.4-11), todos são dados pelo Espírito Santo para cada um de nós e devem ser usados para edificação da comunidade. “Carismas são graças especiais que significam favor, dom gratuito, benefício; ordenam-se à graça santificante e têm como meta o bem comum da Igreja, acham-se a serviço da caridade, edificando a Igreja” (Catecismo da Igreja Católica nº2003).
Entendemos, portanto a necessidade de exercitarmos os carismas nas reuniões de Oração, em especial o carisma da Profecia. O Senhor deseja falar conosco, e na reunião de Oração Deus quer falar, então devemos manter o nosso coração em sintonia com o Senhor, para que possamos reconhecer o desejo de Deus. Observamos, assim, a importância do uso dos carismas no “ciclo carismático”, ciclo esse que compreende o louvor, a oração e a profecia, funcionando como canal de comunicação entre Deus e os homens.
A Profecia é sempre falada na primeira pessoa do singular (Eu), porque é o próprio Deus a falar conosco. Quando recebemos uma Profecia podemos ou não proclamá-la, Deus não nos obriga, cabe a nós decidir, nesse momento não perdemos a consciência, temos o controle do que fazer, porém recebemos essa inspiração divina que pode vir acompanhada de manifestações espirituais (paz profunda, amor de Deus), assim como manifestações físicas (aceleração do coração, garganta apertada, calor espalhado por todo o corpo) e que servem para identificar quando a Profecia vem. Ao proclamá-la devemos pedir ao Espírito Santo a Palavra de Sabedoria e o Discernimento dos Espíritos para proferir as palavras de forma adequada, sem assustar ou desestimular àqueles que se encontram na assembleia. Podemos proclamar em línguas ou língua vernácula (idioma local). Quando é proclamada em línguas, deve vir seguida do dom da interpretação em línguas, que não é uma tradução, mas, como o próprio nome diz é a interpretação do que o Senhor falou àquele povo, a assembleia não pode sair da reunião sem essa compreensão.
Jesus diz: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem” (Jo 10, 27), da próxima vez que participarmos de uma reunião de Oração, estejamos abertos ao que o Senhor fala, tenhamos intimidade com o Pai, por meio de uma oração pessoal diária, leitura orante da Palavra e vida sacramental. Mantendo nossas práticas espirituais em dia ficará mais fácil vivenciarmos esse carisma e utilizarmos para a edificação da comunidade sempre que o Senhor quiser utilizar de nós para isso.

 Denise Santos Andrade Araújo-Grupo de Oração O Caminho pra Jesus-Coordenadora Estadual do Ministério de Oração por Cura e Libertação  do Piauí