O diabo não busca outra coisa
senão fechar e obstruir a estrada de nosso retorno a Deus
A astrologia pretende definir a vida
humana a partir da posição ocupada pelos astros no dia do
nascimento da pessoa. A astrologia e o horóscopo são cultivados
desde remotas épocas antes de Cristo, ou seja, desde a civilização
dos caldeus da Mesopotâmia, por volta de 2500 a.C.. Nessa época, os
estudiosos pouco sabiam a respeito do sistema solar e dos astros em
geral.
Segundo o grande mestre D.
Estevão Bettencourt, tal “ciência” é falsa por diversos
motivos:
1 – Baseia-se na
cosmologia geocêntrica de Ptolomeu; conta sete planetas apenas,
entre os quais é enumerado o Sol;
2 – A existência
das casas do horóscopo ou dos compartimentos do zodíaco é algo de
totalmente arbitrário e irreal;
3 – Os astros
existentes no cosmo são quase inumeráveis; conhece-se
interferências deles no espaço que outrora se ignorava. É notório
também o fato de que os astros modificam incessantemente a sua
posição no espaço. Por que então a astrologia leva em conta a
influência de uma constelação apenas?;
4 – A astrologia
incute uma mentalidade fatalista e alienante, que deve ser combatida,
pois não corresponde aos genuínos conceitos de Deus e do homem.
Registram-se erros flagrantes de astrólogos. (Revista PR, Nº 266 –
Ano 1983 – Pág. 49).
Uma pesquisa realizada nos EUA
mostra que seguir os horóscopos “pode fazer mal à saúde mental”.
O estudo foi publicado na revista “Journal of Consumer Research”
e descobriu que pessoas que leem o horóscopo diariamente são mais
propensas a um comportamento impulsivo ou a serem mais tolerantes com
seus “desvios” quando a previsão do zodíaco é negativa.
Cientistas das universidades Johns Hopkins e da Carolina do Norte
recrutaram 188 indivíduos, que leram um horóscopo desfavorável. Os
resultados mostraram que para as pessoas que acreditam que podem
mudar o seu destino, um horóscopo desfavorável aumentou a
probabilidade de elas caírem em alguma “tentação”.
“Acreditava-se que, para uma pessoa que julga poder mudar o seu
destino, o horóscopo deveria fazê-la tentar modificar alguma coisa
em seu futuro”, disseram os autores da pesquisa. No entanto, viu-se
o oposto: aqueles que acreditam no horóscopo, quando veem que a
previsão é negativa, acabam cedendo às suas “tentações”,
levando-os a um comportamento impulsivo e, eventualmente,
irresponsável.
Uma prova do erro da astrologia é a
desigualdade de sortes de crianças nascidas no mesmo lugar e no
mesmo instante, até mesmo dos gêmeos. Veja por exemplo caso de Esaú
e Jacó (Gen 25). Se os astros regem a vida dos homens, como não a
regem uniformemente nos casos citados? Quem conhece os gêmeos sabem
muito bem disso.
Santo Agostinho, já no século IV,
combatia veementemente as superstições e a astrologia. No seu livro
‘A doutrina cristã’ escreve: “Todo homem livre vai consultar
os tais astrólogos, paga-lhes para sair escravo de Marte, de Vênus
ou quiçá de outros astros”.
Querer predizer os costumes, os atos
e os eventos baseando-se sobre esse tipo de observação, é grande
erro e desvario. O cristão deve repudiar e fugir completamente das
artes dessa superstição malsã e nociva, baseada sobre maléfico
acordo entre homens e demônios. Essas artes não são notoriamente
instituídas para o amor de Deus e do próximo; fundamentam-se no
desejo privado dos bens temporais e arruínam assim o coração.
Em doutrinas desse gênero,
portanto, deve-se temer e evitar a sociedade com os demônios que,
juntamente com seu príncipe, o diabo, não buscam outra coisa senão
fechar e obstruir a estrada de nosso retorno a Deus.”
“Os astrólogos dizem: a causa
inevitável do pecado vem do céu; Saturno e Marte são os
responsáveis. Assim isentam o homem de toda falta e atribuem as
culpas ao Criador, àquele que rege os céus e os astros”
(Confissões, I, IV, c. 3).
“Um astrólogo não pode ter o
privilégio de se enganar sempre”, dizia o sarcástico Voltaire.
“O interesse pelo horóscopo como
também por Tarô, I Ching, Numerologia, Cabala, jogo de búzios,
cartas etc. é alimentado por mentalidade que se pode dizer “mágica”.
Quem se entrega à prática de tais processos de adivinhação, de
certo modo, acredita estar subordinado a forças cegas e misteriosas;
o cliente de tais instâncias se amedronta e dobra diante de poderes
fictícios – o que não é cristão.” (D. Estevão)
São Tomás de Aquino, em sua obra
“Exposição do Credo”, afirma que o demônio quer ser adorado,
por isso se esconde atrás dos ídolos. E São Paulo diz que “as
coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam aos demônios e não a
Deus” (1 Cor 10,21). Então, é preciso cuidado para não prestar
um culto que não seja a Deus.
Prof. Felipe Aquino
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