A quantas anda nossa fé? Está firme como rocha ou ‘firme
como geleia’? Rocha é fundamento sólido, praticamente inabalável. Geleia,
apesar da aparência de solidez, é macia, fura-se com a ponta de um dedo e
esfacela-se com facilidade.
A Bíblia (Hb 11,1) nos diz que fé é o fundamento da
esperança, a certeza daquilo que não se vê.
Podemos então definir fé como sendo uma iluminação interior que nos faz
crer mesmo ainda sem ter visto o objeto de nossa fé, ou não ter sido alcançado
algum resultado esperado. Daí então podemos perceber que fé é dom. Se temos o
coração receptivo, Deus na sua infinita bondade nos oferece e se abrimos
realmente o coração o dom da fé nos é concedido.
Não confundamos crendice com fé. Crendice é acreditar em
tudo, qualquer coisa visível ou invisível, material ou etéreo, verdadeiro ou
falso. Fé é crer e esperar. Fé teologal é crer em Deus e esperar nele; na fé
teologal a fé carismática é crer e esperar na certeza da resposta de Deus. E
então como está nossa fé? Arraigada na rocha ou grudada na geleia? Na rocha é
fé verdadeira, gelatinosa é simples crença. Acreditamos num único Salvador, ou
há outros “salvadores” por aí? Acreditamos que todos os caminhos levam a Deus,
ou num único caminho? Não devemos nos esquecer das palavras de Jesus: “Eu sou o
caminho, verdade e vida.” Ele disse, eu sou O CAMINHO, não um dos caminhos.
Portanto... Só há um único e real caminho que nos leva a Deus: Jesus Cristo,
Ele o próprio Deus feito um de nós. Jesus é o caminho que nos conduz à verdade,
verdade que traz vida, vida plena e abundante.
Eis a rocha, Jesus e com Jesus a Igreja. Igreja fundada na
rocha (Ele próprio) e delegada a outra rocha (Pedro); Igreja fiel depositária
da fé. Eis a firmeza, fé dom divino fortalecido e enriquecido com os
ensinamentos da Igreja. Portanto, não nos deixemos levar por qualquer vento de
vã doutrina, mas pela brisa leve do Espírito Santo que habita nos batizados e
dirige e inspira a Santa Mãe igreja.
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