domingo, 30 de novembro de 2014

Qual é a força da oração de uma mãe pelo filho?


Santa Mônica é o exemplo claro do poder da oração das mães pelos filhos. Ela nasceu em Tagaste (África), em 331, de família cristã. Muito jovem, foi dada em casamento a um homem pagão chamado Patrício, de quem teve vários filhos, entre eles Agostinho, cuja conversão alcançou da misericórdia divina com muitas lágrimas e orações. É um modelo perfeito de mãe cristã. Morreu em Óstia (Itália) no ano 387.
Deus estabeleceu uma lei: precisamos pedir a Ele as graças necessárias em nossa vida, para sermos atendidos. Jesus foi enfático: “E eu vos digo: pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.  Pois todo aquele que pede, recebe; aquele que procura, acha; e ao que bater, se lhe abrirá” (Lc 11,8-10). Quem não pede não recebe.
Jesus disse isso depois de contar aquele caso do vizinho que bateu na porta da casa do outro para pedir um pouco de pão à meia noite, porque tinha recebido uma visita e estava sem pão. Como o outro não quis atendê-lo, Jesus disse: “Eu vos digo: no caso de não se levantar para lhe dar os pães por ser seu amigo, certamente por causa da sua importunação se levantará e lhe dará quantos pães necessitar”.
Ora, o que Jesus está querendo nos ensinar com isso?
Que devemos fazer o mesmo com Deus. Importuná-lo! Mas, por que Deus faz assim? É para saber se de fato confiamos Nele; se temos fé de verdade, como aquela mulher cananeia, que não era judia, mas que pediu com insistência que curasse o seu filho endemoniado  (Mt 15, 22). Se a gente pede uma vez ou duas, e não recebe, e não pede mais, é porque não confiamos Nele.
Santo Agostinho ensinou o seguinte: “Deus não nos mandaria pedir, se não nos quisesse ouvir.  A oração é uma chave que nos abre as portas do céu.  Quando vires que tua oração não se apartou de ti, podes estar certo de que a misericórdia tão pouco se afastou de ti. Os grandes dons exigem um grande desejo porquanto tudo o que se alcança com facilidade não se estima tanto como o que se desejou por muito tempo. Deus não quer dar-te logo o que pedes, para aprenderes a desejar com grande desejo”.
Ninguém como ele entendeu a força da oração de uma mãe por seu filho; pois durante vinte anos sua mãe, Santa Mônica, rezou pela conversão dele, e conseguiu. Ele mesmo conta isso no seu livro “Confissões”.
Ele disse que sua mãe ia três vezes por dia diante do Sacrário em Hipona, e pedia a Jesus que seu Agostinho se tornasse “um bom cristão”. Era tudo que ela queria, não pedia que ele fosse um dia padre, bispo, santo, doutor da Igreja e um dos maiores teólogos e filósofos de todos os tempos. Mas Deus queria lhe dar mais. Queria de Agostinho esse gigante da Igreja, então, ela precisava rezar mais tempo e sem desanimar. E Santa Mônica não desanimou, por isso temos hoje esse gigante da fé. Fico pensando se ela parasse de rezar depois de pedir durante 19 anos… Não teria o seu filho convertido. E nós não teríamos o Doutor da Graça.
Quando Agostinho deixou a África do Norte, e foi ser o orador oficial do imperador romano, em Milão, ela foi atrás dele. Tomou o navio, atravessou o Mediterrâneo, e foi rezar por seu filho. Um dia, foi ao bispo de Milão, em lágrimas, dizer-lhe que não sabia mais o que fazer pela conversão de seu Agostinho, que o bispo bem conhecia por sua fama. Simplesmente o bispo lhe respondeu: “Minha filha, é impossível que Deus não converta o filho de tantas lágrimas”.
E aconteceu. Santo Agostinho, ouvindo as pregações de Santo Ambrósio, bispo de Milão, se converteu; foi batizado por ele, e logo foi ordenado padre, escolhido para bispo, e um dos maiores santos da Igreja. Tudo porque aquela mãe não se cansou de rezar pela conversão de seu filho… vinte anos!
Santo Agostinho disse nas “Confissões” que as lágrimas de sua mãe diante do Senhor no Sacrário, eram como “o sangue do seu coração destilado em lágrimas nos seus olhos”.  Que beleza! Que fé!
É exatamente o que a Igreja ensina: que nossa oração deve ser humilde, confiante e perseverante. Humilde como a do publicano que batia no peito e pedia perdão diante do fariseu orgulhoso; confiante como a da mãe cananeia e perseverante como a da mãe Mônica. Deus não resiste às lágrimas e as orações de uma mãe que reza assim.
Santo Agostinho resume com estas palavras a vida de sua mãe: “Cuidou de todos os que vivíamos juntos depois de batizados, como se fosse mãe de todos; e serviu-nos como se fosse filha de cada um de nós”.
O exemplo de Santa Mônica ficou gravado de tal modo na mente de Santo Agostinho que, anos mais tarde, certamente lembrando-se da sua mãe, exortava: “Procurai com todo o cuidado a salvação dos da vossa casa”. Já se disse de Santa Mônica que foi duas vezes mãe de Agostinho, porque não apenas o deu à luz, mas resgatou-o para a fé católica e para a vida cristã. Assim devem ser os pais cristãos: duas vezes progenitores dos seus filhos, na sua vida natural e na sua vida em Cristo.
(fonte: www.rccrj.org.br)


quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Refinando a Prata


Um grupo de pessoas fazia um estudo bíblico do livro do profeta Malaquias. Uma das passagens dizia: “Ele se assentará como um refinador e purificador de prata…”. Este versículo deixou a pessoa em dúvida e queriam uma explicação sobre isso.
Então, uma das pessoas do grupo se ofereceu para tentar descobrir como se realizava o processo de refinamento e purificação da prata e voltar para contar ao grupo na próxima reunião do estudo bíblico.
Naquela semana ele ligou para um ourives e marcou um horário com ele para assisti-lo em seu trabalho, mas não disse a razão de seu interesse na prata nada além do que sua curiosidade sobre o processo de refinamento da prata.
Enquanto ele observava o ourives, ele mantinha um pedaço de prata no fogo e deixava-o aquecer. Ele explicou que no refinamento da prata deveria mantê-la no meio do fogo onde as chamas eram mais quentes de forma a queimar todas as impurezas. A pessoa pensou em Deus mantendo-nos em um lugar tão quente; depois, ele pensou sobre o versículo novamente… “Ele se assenta como um refinador e purificador de prata”.
E perguntou ao ourives se era verdade que ele tinha que sentar-se em frente ao fogo o tempo todo que a prata estivesse sendo refinada. O homem disse que sim, ele não apenas tinha que sentar-se lá segurando a prata, mas também tinha que manter seus olhos na prata o tempo inteiro. Se a prata fosse deixada, apenas por um momento, em demasia nas chamas, ela seria destruída.
A pessoa silenciou por um instante. Depois, ela perguntou: “Como você sabe quando a prata está completamente refinada?”. E o homem respondeu: “Ó, é fácil! – o processo está pronto quando vejo minha imagem refletida nela”.
Esse é nosso Deus… Ele faz assim conosco. Nos purifica no fogo dos sofrimentos dessa vida até que caiam as impurezas de nossa alma, para que nela possa refletir o seu Rosto. São Paulo disse exatamente isso: “Deus nos predestinou para sermos conformes a imagem do Seu Filho” (Rm 8,29). Enquanto Ele não vir o Rosto de Seu Filho em nossa alma, não para de nos purificar; ainda que seja depois dessa vida. Por isso o Apóstolo disse: “Tenho para mim que os sofrimentos da vida presente não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada” (Rm 8,18).

(Prof. Felipe Aquino – cleofas.com.br)

sábado, 22 de novembro de 2014

Um catolicismo light?


O Papa São João Paulo II disse certa vez aos jovens que a “A lei de Cristo é árdua, sim, mas nunca decepciona”. O mundo invade a Igreja e quer obrigá-la a abrir mão da Lei de Cristo. Mas a Esposa de Cristo é fiel a seu Esposo e não abre mão, há dois mil anos, daquilo que aprendeu com Ele, pois só Ele é  “o Caminho, a Verdade e a Vida” (João 14,6).
No entanto, infelizmente, há um catolicismo light hoje que relativiza  a lei de Cristo e que faz de tudo para se “amoldar a esse mundo” e agradar aos homens, esquecendo-se do que disse São João: “Não ameis o mundo, nem as coisas do mundo.  Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai” (1João 2,15). É claro que o grande Apóstolo não fala do mundo belo criado por Deus, mas daquele que vive no pecado e nas trevas. São Paulo também insistia nisso: Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais distinguir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que é perfeito, o que lhe agrada” (Rom 12, 2).
Hoje temos um belo Catecismo da Igreja Católica, que o Papa São João Paulo II aprovou em 1992 e entregou à Igreja como “o melhor dom que o magistério pode fazer aos fiéis”. O Papa santo disse que este é “o texto de referência da fé católica” e mostra aquilo em que “crê a Igreja”. No entanto, há muitos, dentro da Igreja, que o desprezam, como se obedecer-lhe fosse algo facultativo, e não espelhasse toda a fé da Igreja. São aqueles que desejam criar um catolicismo light, conveniente com os pecados desse mundo, ao invés de combatê-los como Cristo o combateu e a Igreja também. Quem não segue e não obedece o Catecismo da Igreja não está em comunhão plena com ela. “Quem vos ouve a Mim ouve; que vos rejeita a Mim rejeita, e quem Me rejeita, rejeita Aquele que me enviou” (Lc 10,16).
Para “estar bem com o mundo”, para ser “politicamente correto”, então, só se fala de misericórdia, sem falar de justiça; só se fala de perdão sem falar de conversão; só se fala de caridade sem mencionar a verdade… É o que o Papa Bento XVI chamou de “ditadura do relativismo”, que nega a verdade objetiva, e quer impor, pela mídia e pela cultura, uma mentalidade anti-evangélica, mas que deve ser vivida por todos. É por isso que ele falou que católico de hoje deve estar disposto a viver o “martírio da ridicularização” por ser fiel a Cristo e a Igreja.
Na sua magistral encíclica “Caritas in Veritate”, o gigante Bento XVI disse, logo no início, que “caridade sem verdade é sentimentalismo”. Santo Agostinho já ensinava há 1600 anos que “Não se pode impor a verdade sem caridade, mas jamais sacrificar a verdade em nome da caridade”. Ora, o que vemos hoje é um catolicismo light por parte de alguns, sacrificando a verdade em nome da caridade. Nesta linha se aceita, por exemplo, a prática homossexual como se não fosse pecado grave; aceita-se o aborto porque a “pobre” mãe não pode criar o seu filho…  e muito mais.  Ora, convenhamos, isso não é o que Cristo ensinou, e não é o que está no Catecismo da Igreja Católica.
Tenhamos sim misericórdia com o pecador, mas não sejamos coniventes, nem  conviventes e nem solidários com o pecado. Cristo morreu de maneira horrivelmente dolorosa para tirar o pecado do mundo” (João 1, 29). Não nos esqueçamos do que disse São Paulo: “O salário do pecado é a morte”. De outra forma enterraremos o verdadeiro cristianismo. Agora virou moda querer se justificar todos esses erros, dizendo: “é preciso respeitar a consciência de cada um”, como se cada um pudesse moldar a sua consciência fora da lei de Deus e da Igreja. O criminoso mata e rouba em paz com sua consciência, porque ela foi mal formada. Ora, não há consciência reta sem a lei de Deus.
Tudo isso me faz lembrar uma frase do ex-Presidente americano John Kenedy: “Não sei qual é o segredo para agradar a todo mundo, mas sei qual é o segredo para desagradar a todos; é exatamente querer agradar a todo mundo”. A Lei sagrada de Cristo é dura sim, é a expressão da Verdade que liberta, e nunca decepciona.
Prof. Felipe Aquino (cleofas.com)



quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O Cristão no mundo


Deus surpreende e supera, todas as expectativas!Para Israel, exilado na Babilônia em virtude de alianças desastrosas de seus reis, que preferiram confiar mais em pactos humanos do que na sabedoria de Deus, o Senhor suscita alibertação através de um pagão,Ciro, rei doa persas, chamado pela Sagrada Escritura de ungido de Deus.
Junto aos fariseus e herodianos, inimigos entre si  , unidos para lhe armar uma armadilha, Jesus proclama uma máxima lapidar que permanecerá na memória de todos os povos: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.  
O cristão, peregrino neste mundo, rumo ao céu, longe de fugir das responsabilidades terrenas, se insere no mundo, colaborando na construção de um reino de justiça e paz. Como já se lia na carta a Diagneto, dom século II, o cristão que vive em tudo como os outros, se distingue por sua conduta exemplar e pela obediência as leis.  Isto significa que não nos santificamos apesar do trabalho e das outras ocupaçãos humanas, mas sim, através delas.
Ao mesmo tempo, é necessário afirmar que César e Deus estão em niveis infinitamente diferentes. Também César depende de Deus e deverá dar contas a   Ele. Por isso mesmo, quando uma autoridade se contrapõe a Lei Divina, o cristão deve resistir as leis que atentam contra a vida e a dignidade humana. Disso resulta a importância de viver com seriedade todas as atividades do trabalho e da politíca, promovendo o bem comum à luz dos preceitos divinos.
Que nesse Dia das Missões, tenhamos o firme propósito de sermos sinais evangelizadores em todas as nossas atividades e em todos os ambientes onde estivermos.

(Arquidiocese do Rio de Janeiro – A Missa- 19/10/2014)

domingo, 16 de novembro de 2014

A Salvação é para Todos


Somos amados, somos filhos, somos criaturas. Somos criaturas provenientes da mente perfeita de Deus. Somos imagem e semelhança e por adoção em Jesus Cristo nos tornamos filhos. Já dissemos aqui e nunca é demais repetir, vivemos no tempo, mas nossa vocação é a eternidade. Deus nos predestinou sim, a todos indistintamente, para a salvação! Fomos engendrados no transbordamento do Divino Amor; por Deus e para Deus fomos criados e é seu desejo que a Ele retornemos. Não existe – é inconcebível – a tese protestante calvinista da predestinação para a condenação (Ouvi o disparate que todos nascemos condenados). É verdade que no caminho muitos se perdem e rejeitam o direito à salvação, desvirtuando-se e por si, por decisão pessoal se dirigem à condenação.
 Isto é evidente quando da criação da humanidade e sua colocação no Éden (Gn 2 – 3). Adão e Eva viviam em perfeita e total união com Deus. Corromperam-se e perderam a intimidade com o Criador, mas isso não implicou em condenação eterna. Ademais, o advento de Jesus e seu sacrifício salvífico vieram nos restaurar a dignidade de filhos e nos propor um caminho, em verdade o caminho único para a salvação. Aquele caminho que ele mesmo traçou e aponta: seu evangelho. O evangelho não é simplesmente uma boa nova, uma noticia, um simples anúncio; o evangelho é revelação! A revelação da nova e definitiva aliança de Deus com seu povo. E esse novo povo de Deus não é representado somente por uma nação, mas por toda a humanidade.  
O Catecismo da Igreja Católica nos parágrafos 2822-2824 nos assegura: “É vontade do Pai que todos cheguem ao conhecimento da verdade (1Tm 2,3s). Ele usa de paciência, porque não quer que ninguém se perca (2pd 3,9). (...) Deu-nos a conhecer o mistério de sua vontade, conforme decisão prévia que lhe aprouve tomar: de em Cristo encabeçar todas as coisas... Nele, predestinados pelo propósito daquele que tudo opera segundo o conselho se sua vontade, fomos feitos sua herança (Ef 1,9ss)”.
Podemos então afirmar convictamente, baseados no catecismo da Igreja e na Palavra de Deus, pois assim confirmam os textos bíblicos, que a salvação é para todos; ninguém nasce para a condenação, ao contrário, fomos criados e viemos ao mundo para usufruir da glória eterna com o Criador. Cabe a nós vivermos de tal modo que ao chegarmos ao fim da vida terrena, adentremos o Santo dos Santos e face a face com Deus Pai gozemos eternamente das delicias do paraíso.



quarta-feira, 12 de novembro de 2014

O corpo e a luta espiritual


Se Deus criou o corpo e a união sexual com o objetivo de proclamar seu próprio eterno mistério de amor, por que será que não os vemos simbolicamente desta maneira profunda? Ao ouvir a palavra “sexo”, por exemplo, que é que geralmente ela lhe sugere? Será que alguma vez lhe sugeriu o “grande mistério da união numa só carne” como imagem da união de Cristo com a Igreja, ou mesmo alguma coisa um pouco menos sagrada?
Reflita um momento sobre isto. Se o corpo e o sexo existem para proclamar a nossa união com Deus e, ao mesmo tempo, se existe um inimigo que luta para nos separar de Deus, em que ponto acha você que nos atacaria primeiro? Se quer saber o que há de mais sagrado no mundo, basta observar o que é que está sendo mais violentamente profanado.
O inimigo não é burro. Ele sabe muito bem que o corpo e o sexo têm por objetivo proclamar o mistério divino. A partir desta perspectiva, tal proclamação deve ser sufocada. Homens e mulheres devem ser impedidos de reconhecer o mistério de Deus em seus corpos. Como veremos com clareza mais adiante, esta foi precisamente a cegueira que o pecado original acarretou, por instigação da serpente. Mas não tenha medo: Cristo veio restituir a visão aos cegos! (cf. Lc 4,18).
Por enquanto, guarde isto na mente: a batalha pela alma do homem está sendo deflagrada no plano da verdade de seu corpo. Não é por nenhuma coincidência que o apóstolo Paulo, depois de apresentar o “grande mistério” da “união numa só carne”, na Carta aos Efésios, 5, continua, no capítulo seguinte, convocando-os a pegar em armas para a batalha cósmica do bem contra o mal. Enquanto origem da família e da vida em si, a união dos sexos” está no centro da grande batalha entre o bem e o mal, entre a vida e a morte, entre o amor e tudo o que a ele se opõe” (FC, n. 23). Se, portanto, queremos vencer a batalha espiritual, a primeira coisa, segundo São Paulo – não estou brincando, confira você mesmo – é “ter a verdade como cinturão” (Ef 6,14). A teologia do corpo é o toque de clarim de João Paulo II a todos os homens e mulheres, convidando-os a fazer exatamente isto – vestir-se com a verdade que os libertará para amar.
Reivindicando a verdade sobre o sexo
Será que ficou clara, ou continua confusa, a conexão entre as nossas opções sexuais e a cultura da morte? Pergunte-se a si mesmo: por que é que, só nos Estados Unidos, se matam a cada dia em torno de 4.000 bebês antes de nascerem? A resposta só pode ser uma: por estarmos fazendo mau uso e até abusando do grande presente do sexo, que Deus nos deu. Queira-se ou não, o debate a respeito do aborto não deve girar sobre o quando a vida começa, e sim sobre o sentido do sexo. O que a maioria dos defensores do aborto visa não é tanto o “direito” de matar seus descendentes, quanto o de praticar sexo sem limites e sem consequências.
Foi por isto que João Paulo II escreveu em sua lapidar encíclica Evangelium Vitae (O Evangelho da vida): “Seria ilusão pensar que podemos construir uma cultura verdadeira da vida humana, se não ( … ) aceitamos e experimentamos a sexualidade, o amor e a totalidade da vida segundo seu significado verdadeiro e sua interconexão íntima” (n. 97).
Esta lógica está longe de ser um bom presságio para a nossa cultura. Não vai nenhum exagero em dizer que a preocupação do século XX foi livrar-se da ética sexual cristã. Se queremos construir uma “cultura da vida”, a tarefa no século XXI deve ser a de recuperá-Ia. Infelizmente, porém, a abordagem muitas vezes repressiva de gerações cristãs anteriores – o costumeiro silêncio ou, na maioria das vezes, a norma incompleta “não faça isto” – é largamente responsável pela reação cultural ao ensinamento da Igreja acerca do sexo. Precisamos de uma “nova linguagem” para quebrar o silêncio e reverter a negatividade. Precisamos de uma nova teologia, capaz de explicar como a ética sexual cristã longe de ser uma lista ameaçadora de proibições, como tantas vezes é entendida corresponde perfeitamente aos mais profundos anseios de nossos corações pelo amor e a união.
Foi por isto que João Paulo II dedicou o primeiro grande projeto doutrinal de seu pontificado ao desenvolvimento da teologia do corpo. Uma volta ao plano original de Deus para a união dos sexos é o único meio adequado para construir uma cultura que respeite o sentido e a dignidade da vida. Mas antes de mergulhar nos ensinamentos do Papa, demos uma rápida olhada em seu método e sua abordagem.
 (cleofas.com.br)


sábado, 8 de novembro de 2014

A prova da maçã


Essa é uma história verídica acontecida na Universidade de Chicago.
Na Universidade de Chicago “Divinity School”, em cada ano, eles têm o que chamam de “Dia Batista”.
Nesse dia cada um deve trazer um prato de comida e há um piquenique no gramado. Sempre, no “Dia Batista”, a escola convida uma das grandes mentes da literatura no meio educacional teológico para dar uma palestra.
Num ano eles convidaram o Dr. Paul Tillich.
Dr. Tillich falou durante 2 horas e meia, provando que a ressureição de Jesus era falsa. Ele questionava estudiosos e livros e concluiu que, a partir do momento que não havia provas históricas da ressurreição, a tradição religiosa da igreja caía por terra, porque era baseada num relacionamento com um Jesus que havia ressurgido, mas de fato, ele nunca havia ressurgido literalmente dos mortos.
Quando concluiu sua teoria, ele perguntou se havia alguma pergunta.
Depois de uns 30 segundos, um senhor negro de cabelos brancos se levantou no fundo do auditório.
“Dr. Tillich, eu tenho uma pergunta” ele disse enquanto todos os olhos se voltavam para ele. Ele colocou a mão
na sua sacola, pegou uma maça e começou a comer.
“Dr. Tillich… (mordeu a maçã) Minha pergunta é uma questão muito simples… (mordeu a maçã) Eu nunca li tantos livros como o senhor leu… (mordeu a maçã) E também não posso recitar as escrituras no original grego… (mordeu a maçã) Eu não sei nada sobre Niebuhr e Heidegger… (mordeu a maçã) E ele acabou de comer a maçã”.
“Mas tudo o que eu gostaria de saber é: essa maçã que eu acabei de comer… estava doce ou azeda?”
Dr. Tillich parou por um momento e respondeu com todo estilo de um estudioso: “Eu não tenho possibilidades de responder essa questão, pois eu não provei a sua maçã.”
O senhor de cabelos brancos jogou o que restou da maça dentro do saco de papel, olhou para o Dr. Tillich e disse calmamente:
“O senhor também nunca provou do meu Jesus. Como pode afirmar o que está dizendo?”
Mais de 1000 pessoas que estavam assistindo não puderam se conter. O auditório se ergueu em aplausos. Dr. Tillich agradeceu a plateia e rapidamente deixou o palco.
Você já teve um encontro com Jesus?
“Prove e veja que o Senhor é bom. Feliz do homem que Nele se refugia.” (Sl 34,8)
Na sua bela Encíclica “Jesus Redentor do Homem”, o Papa São João Paulo II disse que: “O homem sem Jesus Cristo, permanece para si mesmo um desconhecido, um mistério insondável, um enigma indecifrável”, porque “só Jesus Cristo revela o homem ao próprio homem”. Sem Cristo o homem não conhece a sua identidade, não sabe que é um filho amado de Deus, criado para participar da felicidade perfeita do seu Criador. Sem o Mestre divino, o homem não sabe o que faz neste mundo, não sabe o sentido da dor, do trabalho, da morte e da vida. Fica perdido. Mas Jesus explica tudo.   
(cleofas.com.br)


quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Os Intercessores no Reino do Céu


O Catecismo nos fala sobre os nossos intercessores no céu que:
                     “Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por conseguinte, pela fraterna solicitude deles, nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio.” 956
                     “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem dos que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o projeto dele. Aqueles que Deus antecipadamente conheceu também os predestinou conforme a imagem do seu Filho, para que este seja o primogênito entre muitos irmãos. E aqueles que Deus predestinou, também os chamou. E aos que chamou também os tornou justos. E aos que tornou justos, também os glorificou.” (Romanos 8, 28 –30).
                     Outros exemplos de glorificação: At 6,8-15; At 7,54-60; Rm 5,12-19 Rm 6,4-5; Rm 8,38-39; 1Cor 2,7; 2Cor 2,14-17; 2Tm 4,18; 2Pd 1,3-4.
                     O exemplo de Cristo, os escolhidos são chamados a participarem da justiça de Deus, uma vez justos, são glorificados. A Glória é o Reino dos Céus.
Glória s.f. 1. Fama obtida por ações extraordinárias, grandes serviços à humanidade. 2. Brilho, esplendor. 3. Honra homenagem. (Dicionário Aurélio)
                     Desde os primeiros séculos, A Igreja celebrava A Santa Missa nas catacumbas, sobre os túmulos dos mártires para pedir a intercessão.
                     “Javé disse-me: ‘Mesmo que Moisés e Samuel se apresentassem na minha frente, nem assim eu me comoveria em favor desse povo.” (Jeremias 15, 1).
                     O Deus dos Vivos deixa nesta passagem a evidência da intercessão dos santos após a morte. No tempo de Jeremias, Moisés e Samuel já estavam mortos, mas O Deus dos Vivos diz claramente que os dois poderiam sim, se apresentar diante Dele para interceder por aquele povo. Exemplos da intercessão dos santos no céu: Ap. 5, 6-8; Ap. 6, 9-11;
Ap. 8, 1-6.
                     “Narrou-lhes ainda um sonho digno de fé uma espécie de visão que os cumulou de alegria. Eis o que vira: ‘Onias, que foi sumo sacerdote, homem nobre e bom, modesto em seu aspecto, de caráter ameno, distinto em sua linguagem e exercitado desde menino na prática de todas as virtudes, com as mãos levantadas, orava por todo o povo judeu. Em seguida havia aparecido do mesmo modo um homem com os cabelos todos brancos, de aparência muito venerável, e nimbado por uma admirável e magnífica majestade. Então, tomando a palavra, disse-lhe Onias: ‘Eis o amigo de seus irmãos, aquele que reza muito pelo povo e pela cidade santa, Jeremias, o profeta de Deus. ’ E Jeremias, estendendo a mão, entregou a Judas uma espada de ouro, e, ao dar-lha, disse: ‘Toma esta santa espada que Deus te concede e com a qual esmagarás os inimigos’. ’ Entusiasmados por estas palavras de Judas, tão nobres e tão capazes de excitar a coragem e robustecer as almas dos jovens, decidiram os judeus não acampar, mas arrojar-se para frente, travar com valor a batalha e obter assim uma decisão, porque a cidade, a religião e o templo estavam em perigo.” (2Macabeus 15, 11 –17).
                     Onias, um sumo sacerdote, já falecido, reza em favor de todo o povo judeu. Por sua vez, Jeremias, um grande profeta, igualmente falecido, sempre reza muito pelo povo e pela cidade santa.
                     Muitas pessoas por falta de conhecimento humano e muito mais ausência de sabedoria divina acham que A Igreja fala que os santos fazem milagre. A Santa Igreja, em quase 2000 anos que crê no dogma da intercessão gloriosa, nunca disse que os anjos, os santos ou Nossa Senhora fazem milagre. Há dois mil anos cremos e provamos na Bíblia que, os anjos e os santos intercedem para que os milagres se realizem, com orações, preces e suplicas por nós junto a Deus Pai, já que os santos estão em comunhão com o Espírito Santo de Deus em sua glória.
                     “Vou revelar-lhes toda a verdade, sem ocultar nada. Já lhes expliquei que é bom manter oculto o segredo do rei, mas as obras de Deus devem ser proclamadas publicamente. Quando você e Sara rezavam, eu era quem apresentava o memorial da suplica de vocês diante do Senhor glorioso. A mesma coisa eu fazia quando você sepultava os mortos. Quando você não teve duvidas em deixar o almoço, a comida, para ir esconder um morto, eu fui mandado para provar a sua fé. Da mesma forma, fui mandado para curar você e sua nora Sara. Eu sou Rafael, um dos sete anjos que estão sempre prontos para entrar na presença do Senhor glorioso.” (Tobias 12, 11- 15).
                      Anunciai a graça as claras, em cima dos telhados, aos quatro ventos do mundo, que nossas preces são intercedidas pelos anjos por vontade do Pai Eterno.
                      “Cuidado para não desprezar nenhum desses pequeninos, pois eu digo a vocês: os anjos deles no céu estão sempre na presença do meu Pai que está no céu.” (Mateus 18, 10).
                     Nosso Senhor Jesus Cristo, por sua vez, deixa-nos a claridade que os anjos estão á nosso serviço para nos proteger, nos guardar e interceder por nós junto ao Divino Pai. Mesmo Deus sendo onipresente, nos dispõe seus anjos. Portanto, os filhos pedirem auxilio aos anjos é uma vontade divina.

                     Exemplos da intercessão dos anjos: Gn 21,17-18; Gn 22,11-18; 1Rs 19,5-8; Sl 103,20; Is 6,6-7; Dn 10,7-14; Zc 1,1-7; Zc 3,1-8.   

sábado, 1 de novembro de 2014

Nunca se atacou tanto a família e o matrimônio como atualmente, denuncia o Papa Francisco


Publicado em 28 de outubro de 2014


“A família cristã, a família, o matrimônio, nunca foram tão atacados como agora. Atacados diretamente ou atacados de fato”, disse o Papa Francisco na audiência que teve este fim de semana com o movimento católico Schoenstatt que cumpriu 100 anos de fundação. Na ocasião o Papa criticou a cultura do provisório que inibe o compromisso perpétuo dos noivos, assim como a tendência moderna de chamar qualquer tipo de “associação” de família,assim publicou ACI/EWTN Noticias nesta segunda-feira (27).
Ainda segundo a notícia, o Santo Padre indicou ante uma pergunta dos membros do Schoenstatt sobre a melhor maneira de acompanhar os matrimônios e as famílias, considerando que o Sínodo da Família acaba de concluir o passado 19 de outubro no Vaticano.
Desta forma, respondeu o Papa Francisco: “Dentro do problema que vocês tocam para fazer as perguntas, há uma coisa muito triste, muito dolorosa. Penso que a família cristã, a família, o matrimônio, nunca foi tão atacado como agora. Atacado diretamente ou atacado de fato. Pode ser que me equivoque. Os historiadores da Igreja saberão nos dizer, mas que a família está golpeada. O Santo padre disse ainda que “hoje em dia a família é bastardeada” como se fosse uma forma mais de associação e criticou que atualmente “se chame associação união” de matrimônio.
“Além disso – prosseguiu o Santo Padre- quantas famílias são feridas, quanto matrimônio desfeito, quanto relativismo na concepção do sacramento do matrimônio. Em seu momento seja do ponto de vista sociológico, desde o ponto de vista dos valores humanos, assim como do ponto de vista do sacramento católico, do sacramento cristão, vê-se de uma crise da família. Crise porque a golpeiam por todos lados e ela fica muito ferida”.
“Então vamos à sua pergunta: o que podemos fazer?: Sim podemos fazer bons discursos, declarações de princípios, às vezes terá que fazê-lo, não é verdade?. As ideias claras. Olhem, isto que vocês estão propondo não é matrimônio. É uma associação. Mas não é matrimônio”, asseverou.
“Ou seja, às vezes é preciso dizer coisas muito claras. E isso deverá ser dito. Mas, a pastoral de ajuda neste caso exclusivo tem que ser corpo a corpo. Ou seja acompanhar. E isto significa perder o tempo. O grande professor de perder o tempo é Jesus, não? perdeu o tempo acompanhando, para fazer amadurecer as consciências, para curar feridas, para ensinar”, disse o Papa.
Mais adiante o Santo Padre sublinhou: “Evidentemente que se desvalorizou o sacramento do matrimônio e do sacramento inconscientemente foi-se passando ao rito. A redução do sacramento ao rito. Então acontece hoje em dia que o bom sacramento é um fato social, sim com, o rito religioso, verdade… entre batizados… sim, mas o forte é o social. Quantas vezes eu encontrei aqui, na vida pastoral. Gente que dizia “não, não”, e (perguntava): Por que vocês não se casam? Se estão convivendo, por que não se casam? “Não, é que… precisamos fazer a festa, e não temos dinheiro”. Então o social obscurece o principal que é a união com Deus”.
“Dizia-me um bispo que se apresentou um moço excelente, e que queria ser padre mas não por mais dez anos e depois voltar… É a cultura do provisório. Parece que se esquece o significado de ‘para sempre’”, destacou o Papa Francisco.
“Quer dizer, quantos não se casam! Convivem totalmente ou como eu vi em minha própria família, convivências part-fraude. De segunda-feira a quinta-feira com minha namorada e de sexta-feira a domingo com minha família. Ou seja, são novas formas totalmente destrutivas, limitadoras da grandeza do amor do matrimônio”, denunciou.
“Bom e como vemos tanto disso, convivências, separações, divórcios, a chave que poderá ajudar é o “corpo a corpo” acompanhando, não fazendo proselitismo, porque isso não resulta. Deve-se acompanhar os casais. Paciência, paciência. É uma palavra hoje, uma atitude amanhã, não sei. Isso é o que eu lhes sugiro”.