Ao criar o homem, Deus disse: - É
bom que não viva só; façamos para ele uma companheira. Estava constituído
pelo Criador o primeiro casal, e assegurada, a partir desse núcleo social, a
propagação da espécie humana. Vivendo em sociedade, os homens educariam
retamente sua prole, preparariam os caminhos para a salvação, e gozariam por
fim da eterna bem-aventurança na pátria celeste.
Com efeito, este primeiro casal
simbolizava a família monogâmica e indissolúvel criada por Deus, a qual se
tornaria o fundamento indispensável e nobilíssimo da sociedade na qual os
homens deveriam viver. E o próprio Cristo Nosso Senhor recordou aos judeus
que, com a Sua vinda, as coisas voltariam a ser como no início - ou seja, um
homem e uma mulher.
Se Moisés, à época, deu
permissão ao libelo de repúdio dos homens às suas mulheres foi em razão da
dureza daqueles corações, pois não separe o homem aquilo que Deus uniu. Na
verdade, a convivência entre um homem e uma mulher pelo matrimônio indissolúvel
exige de ambos um completo domínio, pois o casamento é para sempre, ou seja,
até que a morte os separe.
Tendo Jesus Cristo elevado tal
união à dignidade de sacramento, os cônjuges devem se comprometer a
conviver juntos. Eles são assistidos com as graças necessárias para
permanecerem fiéis uns aos outros e cumprir os deveres de seu próprio estado,
educando dignamente sua prole para a vida presente e futura. Sendo o
casamento de instituição divina e santificado pelo próprio Jesus Cristo nas
bodas de Caná, ele representa precioso instrumento de santificação para a
maior parte dos homens.
Com tais atributos, o matrimônio
deve ser edificado sobre a rocha inabalável da fé, dos bons costumes, da
prática de nossa santa religião, da frequência constante e persistente dos
sacramentos - sobretudo da confissão e da comunhão -, e da devoção a Sagrada
Família, modelo de virtudes para todos os membros da família.
Caso contrário, o casamento
desmoronará no primeiro obstáculo que sobrevier ao casal, como vem
acontecendo de maneira crescente em nossa sociedade neo-pagã, onde ele passou
a ser construído sobre a areia movediça do sentimentalismo romântico, uma
paixão desordenada que priva a pessoa da visão clara e objetiva das coisas.
Pe. David Francisquini
Igreja do Imaculado Coração de
Maria-Cardoso Moreira/RJ
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sábado, 22 de março de 2014
Até que a morte os separe
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