sábado, 28 de setembro de 2013

Circulo Vicioso


‘Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume:

  – "Quem me dera que eu fosse aquela loura estrela

Que arde no eterno azul, como eterna vela!”

Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme:

  – “Pudesse eu copiar-te o transparente lume,

Que da grega coluna à gótica janela,

Contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela!”

Mas a lua, fitando o sol, com azedume:

  – “Mísera! Tivesse eu aquela enorme, aquela

Claridade imortal, que toda a luz resume!”

Mas o sol, inclinando a rútila capela:

  – “Pesa-me esta brilhante aureola de lume...

Enfara-me esta azul e desmedida umbela...

Porque não nasci eu um simples vaga-lume?”(Machado de Assis-Circulo Vicioso).

Este belo soneto de Machado de Assis reflete a situação de muitos. Há pouco escrevemos aqui sobre pessoas insatisfeitas que queriam ser outras, na verdade invejavam pessoas que julgavam superiores a si ( ser ou não ser). Aqui vemos pessoas enfadadas com sua situação, posição social, enfim, consigo mesmas. Um misto de sentidos de inferioridade com superioridade, num paradoxo de sentimentos. Os pequenos invejam e desejam ser grandes; os grandes, cansados, prefeririam ser pequenos. Assim a vida segue.

Não importa quem sou, como sou, eu sou filho amado de Deus Pai todo Poderoso. Fomos concebidos no ventre materno, nem sempre de modo afetuoso, amoroso; alguns de nós até indesejados. Porém o verdadeiramente importante é que independentemente da maneira como fomos gerados, cada um de nós foi plasmado, engendrado no amor transbordante do Pai Eterno, nosso Deus. Portanto somos quem somos, nada mais, somos únicos.  Se sou um simples “vagalume”, por que desejar ser como uma “vela, a lua, ou o sol?” Sendo o “sol”, Por que covardemente abdicar de minhas responsabilidades para ser como um “vagalume?”
 


Enfim, o que queremos dizer aqui é que cada um tem seu valor, independente de ser grande ou pequeno, pobre ou rico. Nosso Criador não nos distingue conforme nossos próprios conceitos, Ele nos enxerga com olhar amoroso de pai, não privilegia este ou aquele, não tem preferências; perante Deus somos todos iguais. Deus não discrimina, não despreza. Deus jamais nos abandona, nós sim o abandonamos com nossa idiossincrasia.   

 

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Precisa-se de Santos

Juventude Santa é juventude sadia, juventude Santa é juventude sem vícios, juventude Santa é juventude que vive a Palavra e na Palavra, juventude Santa é a que se inspira no Espirito Santo, juventude Santa a que segue os passos de Cristo!

sábado, 21 de setembro de 2013

SETEMBRO: MÊS DA PRIMAVERA


 


 

 

Assim como as flores abrem-se para receber o orvalho da manhã, para serem polinizadas pelas abelhas, passarinhos e outros bichinhos, a atitude de quem quer viver esse lindo tempo da primavera deve ser de abertura.

           

            Vivemos tempos difíceis onde cada vez mais as pessoas se fecham, trancando-se em suas casas, com medo da violência.

 

            Ao mesmo tempo o sorriso foi fechado também, pois a desconfiança de outro fez com que muitos se isolassem no seu medo; e isso semeado no coração fez brotar a indiferença...

 

             Mas dizia o poeta: “Quando entrar setembro e a boa nova andar nos campos, quero ver brotar o perdão onde a gente plantou, juntos outra vez...”

 

             Como querer o fruto, a colheita, se não viver a abertura da primavera, abrir-se para ser fecundado?

 

            A natureza fala muito, o silêncio das flores abrindo-se, enfeitando vasos e matas, é um grito de esperança, de vida, de harmonia, de preparação do fruto que vem.

 

            A expectativa é que toda essa dinâmica de abertura da natureza contagie a nossa humanidade e cada um de nós, vendo a alegria e simplicidade da natureza, entremos de cheio também nesse processo de deixar a luz do céu entrar e florescer o amor, a paz...

 

            A natureza é uma declaração de amor de Deus Pai para nós; não podemos ser insensíveis à mensagem que Ele nos dá.

 

            É primavera, se queremos o fruto, é preciso abrir-nos como flores.

 

            É esse o tempo que estamos: tempo de abertura, e... quem chegar... seja bem vindo!!!

 

(Diac. Nelsinho Correia)

 

             

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

O Sacramento do Batismo 2


 

 
 

 O Rebatismo

                     “Sede um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança. Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos.” (Efésios 4, 4-6)

                       A farsa do rebatismo é desfeita por três simples refutações bíblicas; primeiro: só há um batismo (Ef 4, 5), em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, (Mt 28, 18). Quem já foi batizado uma vez, desde que seja validamente, não precisa de outro batismo, Deus permanece no seu amor infinito por mais pecado que a pessoa tenha. Quem crer e for batizado será salvo (Mc 16,16). Nosso Senhor disse: quem crer e for batizado. Jesus não disse: quem crer e for rebatizado.

                      Segundo: uma falsa união protestante é negada, porque se uma pessoa participa de uma denominação e muda para outra, ela é obrigada a se rebatizar (ou se batizar de novo). Se eles fossem “irmãos” como pregam, não precisariam que um falso batismo fosse obrigatório, brincando com o Espírito Santo, cometendo heresias, cada vez que uma pessoa que já se batizou é rebatizada. Prova disto é que, batizados em religiões reformistas, validamente, não precisam ser batizados de novo quando se convertem a Igreja Católica, mas todo ex-católico (que nunca conheceu A Santa Igreja) é obrigado a se batizar de novo (rebatismo). Na Santa Igreja não existe rebatismo ou batismo de conversão, como alguns chamam, pois o batismo de conversão foi abolido por Cristo (Mc 1, 6-8).

                       Terceiro: um conceito errante de que, quando a pessoa tiver 18 anos de idade escolhe se quer ser batizado ou não. Falso por que: a criança é obrigada a congregar antes dos 18 anos e em 99% dos casos gera uma rivalidade sem fim se quando a pessoa fizer 18 anos não escolher a mesma denominação dos pais, além de existir um falso conceito de livre arbítrio, também há prova definitiva do falso conceito de comunhão protestante, porque se fossem unidos, não haveria tal rivalidade. Conheço muitas pessoas que circularam por três, quatro, cinco denominações protestantes (as maiores do Brasil) e foram obrigados a se rebatizar de novo em cada uma delas nos últimos 10 anos. Será que isto é união? Se nem o batismo é uniforme. E mesmo se hoje exista uniformidade, é mais contraditório ainda porque, se isto mudou nos últimos anos, como acreditar que tudo o que eles dizem vai ser a mesma coisa em alguns anos?

                     “O Batismo imprime na alma um sinal espiritual indelével, o caráter, que consagra o batizado ao culto da religião cristã. Em razão do caráter, o Batismo não pode ser reiterado.” 1280

                       Rebatizar a cada vez que se muda de posição religiosa é, um crime contra A Sagrada Escritura, uma blasfêmia contra o sacramento do batismo e, sobretudo uma heresia contra o Espírito Santo. Quem prega o rebatismo prega que, o batismo anterior não foi valido, sem fundamento bíblico e, sobretudo dizendo que um filho de Deus não possui o Espírito Santo. Então, reflita sobre: Atos dos Apóstolos 10, 34-36.

                        Ninguém, absolutamente ninguém pode afirmar que outra pessoa não tem o Espírito Santo ou que outra pessoa não é filho de Deus, mas aqueles que pregam o rebatismo ou o batismo de conversão pregam isto deliberadamente, como se somente pelo batismo daquela religião o Espírito Santo habitasse a pessoa e através daí ela se tornasse um filho de Deus.

                        A Santa Igreja considera válido, o batismo concedido nas seguintes igrejas: Igrejas Orientais Separadas (Ortodoxas) que não estão em comunhão plena com A Igreja; Igreja Apostólica, Igreja Episcopal do Brasil (Anglicanos); Igreja de Confissão Luterana no Brasil; Igreja Evangélica Luterana do Brasil; Igreja Metodista do Brasil.

                        Se algum membro dessas igrejas quer tornar-se Católico não pode ser batizado de novo. O batismo administrado por essas igrejas é válido tal qual na Igreja Católica, pois eles são também cristãos, e não podem ser rebatizados nem sob condição. O mesmo vale para as seguintes igrejas: Presbiterianas; Batistas; Adventistas; Congregacionistas; Pentecostais (Assembléia de Deus; Congregação Cristã no Brasil; Igreja do Evangelho Quadrangular; Igreja Deus é Amor; Igreja Evangélica Pentecostal).

                        Existem igrejas das quais o batismo é duvidoso, por esta razão pode-se batizar, sob condição, ou seja, se por acaso não houve no batismo anterior a unção da Santíssima Trindade, essas igrejas são: Igreja Pentecostal Unida do Brasil (batiza em nome do Senhor e não na Santíssima Trindade); Igrejas Brasileiras (embora não se duvide do rito pode-se e deve-se duvidar da intenção dos seus ministros); Mórmons (negam a divindade de Cristo no seu maior sentido).

                        Com certeza batiza invalidamente, e A Igreja não aceita o batismo. Portanto, deve ser batizado como Católico: Testemunhas de Jeová (não acreditam na Santíssima Trindade); Ciência Cristã (ritos duvidosos sob o nome de batismo e que podem ser comparados à Umbanda). Deve-se sempre explicar o porquê, para a pessoa, criança ou adulto, porque deve ser batizado como Católico ou se não necessita do batismo, desde que já tenha sido batizado validamente.

 

 

O Sacramento Autentico

 

 

                     O Senhor mesmo afirma que o Batismo é necessário para a salvação. Também ordenou a seus discípulos que anunciassem o Evangelho e batizassem todas as nações. O Batismo é necessário, para a salvação, para aqueles aos quais o Evangelho foi anunciado e que tiveram a possibilidade de pedir este sacramento. A Igreja não conhece outro meio senão o Batismo para garantir a entrada na bem-aventurança eterna; é por isso que cuida de não negligenciar a missão que recebeu do Senhor, de fazer "renascer da água e do Espírito" todos aqueles que podeis ser batizados. Deus vinculou a salvação ao sacramento do Batismo, mas ele mesmo não está vinculado a seus sacramentos.” 1257

                         “O Batismo faz-nos membros do Corpo de Cristo. "Somos membros uns dos outros" (Ef 4,25). O Batismo incorpora à Igreja. Das fontes batismais nasce o único povo de Deus da nova aliança, que supera todos os limites naturais ou humanos das nações, das culturas, das raças e dos sexos: "Fomos todos batizados num só Espírito para sermos um só corpo" (1Cor 12,13).” 1267

                        “Os batizados tornaram-se "pedras vivas" para a "construção de um edifício espiritual, para um sacerdócio santo" (1 Pd 2,5). Pelo Batismo, participam do sacerdócio de Cristo, de sua missão profética e régia; "sois a raça eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo de sua particular propriedade, a fim de que proclameis as excelências daquele que vos chamou das trevas para sua luz maravilhosa" (1Pd 2,9). O Batismo faz participar do sacerdócio comum dos fiéis.” 1268

                      “Feito membro da Igreja, o batizado não pertence mais a si mesmo, mas àquele que morreu e ressuscitou por nós. Logo, é chamado a submeter-se aos outros, a servi-los na comunhão da Igreja, a ser "obediente e dócil" aos chefes da Igreja e a considerá-los com respeito e afeição. Assim como o Batismo é a fonte de responsabilidades e de deveres, o batizado também goza de direitos dentro da Igreja: de receber os sacramentos, de ser alimentado com a Palavra de Deus e de ser sustentado pelos outros auxílios espirituais da Igreja.” 1269

                        “Incorporado em Cristo pelo Batismo, o batizado é configurado a Cristo. O Batismo sela o cristão com um sinal espiritual indelével ("character") de sua pertença a Cristo. Pecado algum apaga esta marca, se bem que possa impedir o Batismo de produzir frutos de salvação. Dado uma vez por todas, o Batismo não pode ser reiterado.” 1272

                        “Incorporados à Igreja pelo Batismo, os fiéis receberam o caráter sacramental que os consagra para o culto religioso cristão. O selo batismal capacita e compromete os cristãos a servirem a Deus em uma participação viva na sagrada liturgia da Igreja e a exercerem seu sacerdócio batismal pelo testemunho de uma vida santa e de uma caridade eficaz.” 1273

                         “O "selo do Senhor" ("Dominicus character") é o selo com o qual o Espírito Santo nos marcou "para o dia da redenção" (Ef 4,30). "O Batismo, com efeito, é o selo da vida eterna." O fiel que tiver "guardado o selo" até o fim, isto é, que tiver permanecido fiel às exigências de seu Batismo, poderá caminhar "marcado pelo sinal da fé", com a fé de seu Batismo, à espera da visão feliz de Deus - consumação da fé - e na esperança da ressurreição.” 1274

terça-feira, 17 de setembro de 2013

O Sacramento do Batismo


 


 O Nascimento da Graça

 

                       “Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus.” (João 3,5)

                       “O santo Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, a porta da vida no Espírito ("vitae spiritualis janua") e a porta que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo Batismo somos libertados do pecado e regenerados como filhos de Deus, tornamo-os membros de Cristo, somos incorporados à Igreja e feitos participantes de sua missão: "Baptismus está sacramentum regenerationis per aquam in verbo O Batismo é o sacramento da regeneração pela água na Palavra".” 1213

                        “Ele é denominado Batismo com base no rito central pelo qual é realizado: batizar ("baptizem", em grego) significa "mergulhar", "imergir"; o "mergulho" na água simboliza o sepultamento do catecúmeno na morte de Cristo, da qual com Ele ressuscita como "nova criatura" (2Cor 5,17; Gl 6,15).” 1214

                        “Este sacramento é também chamado "o banho da regeneração e da renovação no Espírito Santo" (Tt 3,5), pois ele significa e realiza este nascimento a partir da água e do Espírito, sem o qual "ninguém pode entrar no Reino de Deus" (Jo 3,5).” 1215

                      “"Este banho é chamado iluminação, porque aqueles que recebem este ensinamento [catequético] têm o espírito iluminado..." Depois de receber no Batismo o Verbo, "a luz verdadeira que ilumina todo homem" (Jo 1,9), o batizado, "após ter sido iluminado", se converte em "filho da luz" e em "luz" ele mesmo (Ef 5,8):

                       O Batismo é o mais belo e o mais magnífico dom de Deus. (...) chamamo-lo de dom, graça, unção, iluminação, veste de incorruptibilidade, banho de regeneração, selo, e tudo o que existe de mais precioso. Dom, porque é conferido àqueles que nada trazem; graça, porque é dado até a culpados; Batismo, porque o pecado é sepultado na água; unção, porque é sagrado e régio (tais são os que são ungidos); iluminação, porque é luz resplandecente; veste, porque cobre nossa vergonha; banho, porque lava; selo, porque nos guarda e é o sinal do senhorio de Deus.” 1216

                     “O rito essencial do Batismo consiste em mergulhar na água o candidato ou em derramar água sobre sua cabeça, pronunciando a invocação da Santíssima Trindade, isto é, do Pai, do Filho e do Espírito Santo.” 1278

                     

                          

O Batismo de Crianças


 

 

                       “Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” (Mateus 28,19)

                       A Igreja nos orienta sobre o sacramento do batismo em crianças:

                      “Por nascerem com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do novo nascimento no Batismo, a fim de serem libertadas do poder das trevas e serem transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus, para a qual todos os homens são chamados. A gratuidade pura da graça da salvação é particularmente manifesta no Batismo das crianças. A Igreja e os pais privariam então a criança da graça inestimável de tomar-se filho de Deus se não lhe conferissem o Batismo pouco depois do nascimento.” 1250

                        “Os pais cristãos hão de reconhecer que esta prática corresponde também à sua função de alimentar a vida que Deus confiou a eles.” 1251

                       “Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não renascer da água e do Espírito não poderá entrar no Reino de Deus.” (João 3,5)

                       “A prática de batizar as crianças é uma tradição imemorial da Igreja. É atestada explicitamente desde o século II. Mas é bem possível que desde o início da pregação apostólica, quando "casas" inteiras receberam o Batismo, também se tenha batizado as crianças.” 1252

                       As crianças são o significado da pureza, da inocência, da humildade. As crianças são a verdadeira imagem e semelhança de Deus nos homens. São as crianças que nos ensinam o verdadeiro sentido da fé, do amor e da santidade. Em vários trechos dos Evangelhos Jesus toma as crianças como exemplos:

                      “Apresentaram-lhe então crianças para que as tocasse; mas os discípulos repreendiam os que as apresentavam. Vendo-o, Jesus indignou-se e disse-lhes: “Deixai vir a mim os pequeninos e não os impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham”. Em verdade vos digo: todo o que não receber o Reino de Deus com a mentalidade de uma criança, nele não entrará.” (Marcos 10, 13-15)

                             “Neste momento os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: Quem é o maior no Reino dos céus? Jesus chamou uma criancinha, colocou-a no meio deles e disse: Em verdade vos declaro: se não vos transformardes e vos tornardes como criancinhas, não entrareis no Reino dos céus. Aquele que se fizer humilde como esta criança será maior no Reino dos céus. E o que recebe em meu nome a um menino como este, é a mim que recebe.” (Mateus 18, 1-5)

                       “Os cegos e os coxos vieram a ele no templo e ele os curou, com grande indignação dos príncipes dos sacerdotes e dos escribas que assistiam a seus milagres e ouviam os meninos gritar no templo: Hosana ao filho de Davi! Disseram-lhe eles: Ouves o que dizem eles? Perfeitamente, respondeu-lhes Jesus. Nunca lestes estas palavras: Da boca dos meninos e das crianças de peito tirastes o vosso louvor” (Sl 8,3)? (Mateus 21, 14-16)

                         “Desde os tempos mais antigos, o Batismo é administrado às crianças, pois é uma graça e um dom de Deus que não supõe méritos humanos; as crianças são batizadas na fé da Igreja. A entrada na vida cristã dá acesso à verdadeira liberdade.” 1282

                         A Bíblia Sagrada deixa explicito o batismo de crianças como tradição da Igreja primitiva desde os tempos apostólicos que batizavam famílias inteiras Atos 2, 37-41; Atos 16, 11-15; Atos 16, 16-40; 1Cor 1, 16. A Palavra diz sempre que os filhos, os seus, toda sua família. Logo, em se tratar de épocas passadas em que as famílias tinham muitos filhos, é impossível que não houvesse crianças entre essas famílias e se todos foram batizados, como diz A Escritura Sagrada, as crianças também receberam o batismo.

                       Em Adão todos os homens pecaram, Rm 3, 23-24; Rm 5, 12-19; Rm 6, 4-5; Cl 2, 1-2. E em Cristo todos foram batizados, sepultados para o pecado e nascidos para a graça. O batismo lava os pecados, Atos 22, 1-21. Deus é pai desde sempre; Sl 21, 10-11.                      

                       O batismo substituiu a circuncisação. É através do rito do batismo que uma pessoa se torna filho de Deus. O batismo abre o caminho para a salvação. Assim como a circuncisação era o pacto da aliança com Deus. Igualmente, uma pessoa era considerada em aliança com Deus através da circuncisação. E os batizados são aqueles que participam da comunhão e dos planos salvadores de Deus. E se o batismo e a circuncisação têm tanto em comum, logo, o batismo de crianças é absolutamente certo. Mesmo porque as crianças eram circuncidadas: Gn 17, 12-14.

                        As crianças eram circuncidadas com oito dias de vida, por ordem e vontade de Deus Pai, Lc 1, 57-66; Lc 2, 21, que fez da circuncisação a marca da Aliança. E quem não era circuncidado estava fora da tenda do Senhor (assim como o sacramento do batismo para a nossa salvação), Gn 21, 4. Se no batismo e na circuncisação há tantos pontos em comum: ritos, fatos, costumes, não pode ser errado batizar crianças, mas sim, plenamente correto, Cl 2, 9-15, por ordem e graça de Deus.

                       

domingo, 15 de setembro de 2013

Papa Francisco recebe presidente do ICCRS


O Papa Francisco recebeu a presidente do ICCRS (Serviço Internacional para a Renovação Carismática Católica), Michelle Moran, junto com o presidente da Fraternidade Católica, Matteo Calisi, em uma audiência privada. O encontro ocorreu na última segunda-feira, 09 de setembro de 2013 no Palácio Apostólico.

Michelle e Matteo falaram com o Pontífice Romano sobre a Renovação Carismática em torno do mundo e, aproveitando a ocasião, eles presentearam o Papa com o 3º Retiro Mundial de Sacerdotes Carismáticos, organizado em colaboração com a Congregação para o Clero (Roma 2015), e as celebrações para o 50º Aniversário da Renovação Carismática Católica (Roma 2017).

Outro dos temas refletidos na audiência foi o Ecumenismo, no qual foi especialmente tratado o relacionamento com as igrejas Evangélicas e Pentecostais.

Fonte: ICCRS

sábado, 14 de setembro de 2013

Se não houvesse a cruz


 
         Se não houvesse a cruz, Cristo não teria sido crucificado. Se não houvesse a cruz, a vida não seria pregada ao lenho com cravos. Se a vida não tivesse sido cravada, não brotariam do lado aberto de Cristo as fontes da imortalidade, o sangue e água que lavam o mundo. Não teria sido rasgado o documento do pecado; não teríamos sido declarados livres; não teríamos provado da árvore da vida; não se teria aberto o paraíso. Se não houvesse a cruz, a morte não teria sido vencida e não teria sido derrotado o inferno. Ela é paixão e vitória de Deus: paixão pela morte voluntária nesta mesma paixão, e vitória porque o diabo é ferido e com ele a morte é vencida. Assim, arrebentadas as prisões do inferno, a cruz também se tornou a comum salvação de todo o mundo. A cruz de Cristo seja exaltada, pois Ele próprio diz: “Quando eu for exaltado, atrairei todos a mim” (cf. Jo 12,32). Bem vês, a cruz é a glória e exaltação de Cristo. (Sto. André de Creta).

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Fé e violência são incompatíveis


Na liturgia de hoje ouvimos essas palavras da Carta aos Hebreus: "Corramos com perseverança ao combate proposto, com o olhar fixo no autor e consumador de nossa fé, Jesus.” (Hb 12, 1-2). É uma expressão que devemos enfatizar especialmente neste Ano da Fé. Nós, também, ao longo deste ano, mantemos os olhos fixos em Jesus, porque a fé, que é o nosso "sim" à relação filial com Deus, vem dele, vem de Jesus. Ele é o único mediador desta relação entre nós e o nosso Pai que está nos céus. Jesus é o Filho, e nós somos filhos Nele.

Mas a Palavra de Deus deste domingo também contém a palavra de Jesus, que nos coloca em crise, e que precisa ser explicada, pois caso contrário pode levar a mal-entendidos. Jesus diz aos seus discípulos: "Vocês acham que eu vim trazer paz à terra? Não, vos digo, mas a divisão "(Lc 12, 51). O que significa isso? Significa que a fé não é algo decorativo, ornamental; viver a fé não é decorar a vida com um pouco de religião, como se fosse um bolo que se decora com creme. Não, a fé não é isso. A fé envolve a escolha de Deus como critério-base da vida, e Deus não é um vazio, Deus não é um neutro, Deus é sempre positivo, Deus é amor, e o amor é positivo! Depois que Jesus veio ao mundo não é possível ficar como se não conhecêssemos a Deus. Como se fosse uma coisa abstrata, vazia, de referência puramente nominal; não, Deus tem um rosto concreto, tem um nome: Deus é misericórdia, Deus é fidelidade, é vida que se doa para todos nós. 

Por isso Jesus disse: vim para trazer a divisão; não que Jesus queira dividir os homens entre si, pelo contrário: Jesus é a nossa paz, é a nossa reconciliação! Mas esta paz não é a paz dos sepulcros, não é a neutralidade, Jesus não traz neutralidade, esta paz não é um acordo a todo custo. Seguir Jesus comporta renunciar ao mal, ao egoísmo e escolher o bem, a verdade, a justiça, também quando isso requer sacrifício e renúncia aos próprios interesses. E isso sim, divide; o sabemos, divide também os vínculos mais estreitos. Mas cuidado: não é Jesus que divide! Ele coloca o critério: viver para si mesmos, ou viver para Deus e para os outros; fazer-se servir ou servir; obedecer ao próprio ego, ou obedecer a Deus. Eis em que sentido Jesus é "sinal de contradição" (Lc 2, 34). 

Portanto, esta palavra do Evangelho não autoriza o uso da força para difundir a fé. É exatamente o oposto: a verdadeira força do cristão é a força da verdade e do amor, que traz consigo a renúncia a toda violência. Fé e violência são incompatíveis! Fé e violência são incompatíveis! Pelo contrário, fé e fortaleza caminham juntas. O cristão não é violento, mas é forte. E com que fortaleza? Aquela da mansidão, a força da mansidão, a força do amor.

Queridos amigos, até mesmo entre os parentes de Jesus havia alguns que em um certo ponto não compartilhavam o seu modo de viver e pregar, é o que nos diz o Evangelho (cf. Mc 3, 20-21). Mas sua mãe sempre o seguiu fielmente, tendo fixo o olhar do seu coração em Jesus, o Filho do Altíssimo, e no seu mistério. E, finalmente, graças à fé de Maria, os familiares de Jesus entraram na primeira comunidade cristã (cf. At 1,14). Pedimos a Maria que nos ajude também a manter o olhar bem fixo em Jesus e a seguí-Lo sempre, mesmo quando custa. 

 Lembrem-se disso: seguir a Jesus não é indiferente, seguir a Jesus significa envolver-se, porque a fé não é uma coisa decorativa, é força da alma!  (Papa Francisco)                                                

 

 

domingo, 8 de setembro de 2013

Cuidas de Mim

Se o dia é nevoento e sombrio, Ele é o Sol que brilha em tua vida.
Se a noite é escura e tenebrosa, Ele é a Luz que te ilumina nas trevas.
Se o caminho é difícil e pedregoso, Ele é Aquele que te conduz pela mão.
Se a vida é triste e sem sentido, Ele é o Amigo que te ampara e conforta.
Se o fardo é pesado, Ele te ajuda a carregar.
Se a dor se faz presente, Ele é o teu conforto, teu alivio.
Seu amor é como a rocha que não se quebra, como o sol que nasce a cada amanhecer. Ame e deixe-se amar.
 
 

 


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A Internet e os filhos



 Assim como na educação dos filhos não se deve dizer não pelo não, mas também o porquê, importa a abertura de diálogo que desperte neles uma consciência crítica.   Apresentamos alguns conselhos relativos ao uso da internet, propostos pela Associazione Webmaster Cattolici Italiani. Então vejamos:

1.      Dedique com seu filho uma parte do seu tempo para aprenderem juntos a usar a internet. Você vai se surpreender como pode ser divertido.

2.      Antes de permitir que a internet entre em sua casa, estabeleçam juntos as regras para navegar e verifiquem sempre juntos se estas regras estão sendo respeitadas; você vai educar seu filho a usar adequadamente este instrumento.

3.      Se considerar oportuno, ative sistemas de proteção e filtros. A melhor proteção para seu filho é criar nele uma consciência critica.

4.      Não adianta evitar instalar o computador no dormitório do seu filho. Ele pode navegar com dispositivos móveis, em lugares públicos que tem Wi Fi ou na casa de amigos.

5.      Valorize os bons sites. Estimule seu filho a comunicar se encontrou sites inconvenientes e o parabenize por ter informado.

6.      Ensine seu filho a usar responsavelmente a internet; facebook, twiter, sites de download de músicas.

7.      Seu filho deve saber algumas coisas fundamentais; aceitar como “amigos” só pessoas conhecidas, não participar de discussões de adultos e com adultos, informar aos pais se alguém pede para usar a webcam para se comunicar.

8.      Preparar seu filho para que não dê nenhuma informação pessoal por internet.

9.      Estimule seu filho a diversificar as atividades e o tempo livre; encontrar amigos, brincar ao ar livre.

10.      Estimule o diálogo sincero com seu filho no que diz respeito a internet, informe-se de seus interesses e os sites que visita habitualmente. A melhor proteção são as boas relações familiares.