Em primeiro lugar temos
que observar que as Escrituras Sagradas nunca foram a única fonte de fé. E que
para interpretar A Palavra de Deus é preciso autoridade que foi dirigida a
Moisés e depois aos doutores da Lei.
“Dirigindo-se, então,
Jesus à multidão e aos seus discípulos, disse: Os escribas e os fariseus
sentaram-se na cadeira de Moisés. Observai
e fazei tudo o que eles dizem, mas não façais como eles, pois dizem e não
fazem.” (Mateus 23, 1-3)
Nosso Senhor ensina que o povo
deve obedecer tudo que esta espécie de magistério fariseu fala, mesmo que os
fariseus não façam o que falam.
“Em verdade vos digo, tudo
o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra
será desligado no céu.” (Mateus 18, 18)
“Muitas coisas ainda tenho a
dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o Paráclito, o
Espírito da Verdade ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si
mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão. Ele me
glorificará, porque receberá do que é meu, e vo-lo anunciará. Tudo o que o Pai
possui é meu. Por isso, disse: Há de receber do que é meu, e vo-lo anunciará.”
(João 16, 12-15)
Desta forma, Cristo Jesus
institui O Magistério da Igreja, assim a autoridade com a ação do Espírito
Santo para que O Magistério tenha a interpretação da Palavra de Deus. Muitos
dogmas descritos na Escrituras Sagradas são de difícil compreensão. Naquele
tempo, muitos não entenderiam como A Virgem concebeu, por exemplo. Por isto, O
Magistério se encarrega, através da autoridade concedida pelo próprio Cristo,
de conduzir o povo de Deus, para a forma correta de interpretar a sua Palavra.
“O próprio Cristo é a
fonte do ministério na Igreja. Instituiu-a, deu-lhe autoridade e missão,
orientação e finalidade: Para apascentar e aumentar sempre o Povo de Deus,
Cristo Senhor instituiu em
sua Igreja uma variedade de ministérios que tendem ao bem de
todo o Corpo. Pois os ministros que são revestidos do sagrado poder servem a
seus irmãos para que todos os que formam o Povo de Deus... cheguem à salvação.”
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“Mas graças sejam dadas a
Deus, que nos concede sempre triunfar em Cristo, e que por nosso meio difunde o
perfume do seu conhecimento em todo lugar. Somos para Deus o perfume de Cristo
entre os que se salvam e entre os que se perdem. Para estes, na verdade, odor
de morte e que dá a morte; para os primeiros, porém, odor de vida e que dá a
vida. E qual o homem capaz de uma tal obra?
É que, de fato, não somos como tantos outros, falsificadores da palavra de
Deus. Mas é na sua integridade, tal como procede de Deus, que nós a pregamos em
Cristo, sob os olhares de Deus.” (2Corintios 2, 14-17)
Entenda que, a missão é unicamente ao Magistério Sagrado interpretar A
Bíblia, dar veracidade aos milagres extraordinários, reconhecer sinais como os
segredos de Fátima, o Santo Sudário, canonizar Santos. E assim conduzir o povo
de Deus em linha reta.
Se assim não fosse, o povo
poderia caminhar cada um para um lado, não havendo comunidade e união, comunhão.
Com o termino das Escrituras Sagradas, chamada A Bíblia, é o Magistério da
Igreja que conduz o povo de Deus para A Verdade. Não que esse Magistério
intervenha com novos rumos, mas sim á luz de Deus pela própria Palavra.
“Desde o início, Jesus
associou seus discípulos à sua vida revelou-lhes o Mistério do Reino, deu-lhes
participar de sua missão, de sua alegria e de seus sofrimentos. Jesus fala de
uma comunhão ainda mais íntima entre Ele e os que o seguiriam: “Permanecei em
mim, como eu em vós... “Eu sou a videira, e vós os ramos” (Jo 15,4-5). E
anuncia uma comunhão misteriosa e real entre o seu próprio corpo e o nosso:
"Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu
nele" (Jo 6,56).” 787
“Ouvirás com teus ouvidos
estas palavras retumbarem atrás de ti: É aqui o caminho, andai por ele, quando
te desviares quer para a direita, quer para a esquerda.” (Isaías 30, 21)
Esta é a função ordenada por
Nosso Senhor ao Sagrado Magistério, fazer o papel de distinguir A Verdade em
relação aos vários acontecimentos, sinais e manifestações do cristianismo. Não
deixar que o povo de Deus se desvie da Verdade que é Deus, apontando a jornada,
sendo a voz que torna o povo um só rebanho.
“É em Igreja, em comunhão
com todos os batizados, que o cristão realiza sua vocação. Da Igreja recebe a
palavra de Deus, que contém os ensinamentos da “lei de Cristo”. Da Igreja
recebe a graça dos sacramentos, que o sustenta "no caminho". Da
Igreja aprende o exemplo da santidade; reconhece a figura e a fonte (da Igreja)
em Maria, a Virgem Santíssima; discerne-a no testemunho autêntico daqueles que
a vivem, descobre-a na tradição espiritual e na longa história dos santos que o
precederam que a Liturgia celebra no ritmo do Santoral.” 2030
“Serão eles o meu povo, e
eu o seu Deus. Dar-lhes-ei um só coração e um mesmo destino, a fim de que
sempre me reverenciem, para o seu próprio bem e de seus descendentes. Com eles
firmarei pacto eterno, por cujos termos não cessarei mais de lhes proporcionar
o bem, e no coração lhes infundirei o temor para que de mim não se venham a afastar.”
(Jeremias 32, 38-40)
Sendo assim, o Sagrado
Magistério, formado pelos bispos e liderado pelo Bispo de Roma sucessor de
Pedro Apóstolo, exerce o pastorado de apascentar o santo e pecador povo de
Deus. A Igreja que é santa e povo que é santo e pecador.
“O Povo de Deus tem características que o distinguem nitidamente de
todos os agrupamentos religiosos, étnicos, políticos ou culturais da história:
Ele é o Povo de Deus: Deus não pertence como propriedade, a nenhum povo. Mas
adquiriu para si um povo dentre os que outrora não eram um povo: "Uma raça
eleita, um sacerdócio régio, uma nação santa" (1Pd 2,9). A pessoa torna-se
membro deste povo não pelo nascimento físico, mas pelo "nascimento do alto",
"da água e do Espírito" (Jo 3,3-5), isto é, pela fé em Cristo e pelo
Batismo. Este povo tem por Chefe (Cabeça) Jesus Cristo (Ungido, Messias); pelo
fato de a mesma Unção, o Espírito Santo, fluir da Cabeça para o Corpo, ele é
"o Povo messiânico”. A condição deste povo é a dignidade da liberdade dos
filhos de Deus: nos corações deles, como em um templo, reside o Espírito Santo.
"Sua lei é o mandamento novo de amar como Cristo mesmo nos amou.". É
a lei "nova" do Espírito Santo. Sua missão é ser o sal da terra e a
luz do mundo “Ele constitui para todo o gênero humano o mais forte germe de
unidade, esperança e salvação." Finalmente, sua meta é "o Reino de
Deus, iniciado na terra por Deus mesmo, Reino a ser estendido mais e mais, até
que, no fim dos tempos, seja consumado por Deus mesmo".” 782
Porém, O Sagrado Magistério não se vê apenas conduzindo o povo de Deus
para o caminho que lhe aprouver, o Magistério se baseia na Palavra, é iluminado
pelo Espírito Santo e se refere pela Sagrada Tradição para saber o que o povo
de Deus se propôs a fazer após a finalização das Escrituras Sagradas. A partir
de estudos teológicos e históricos, o Magistério diz A Verdade revelada por
Deus segundo A Tradição.
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