sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Um protesto esquisito




Penso que para que alguém faça algum protesto, mesmo que seja fora da lei e do bom senso, no mínimo que se tenha coerência com o que se diz e se faz.
No dia 19 de abril de 2012 uma pichação causou indignação para grande parte da população da cidade de Santa Helena no Paraná. Três frases escritas em vermelho foram pichadas na parede da Matriz da Igreja Católica desta cidade localizada na região Oeste do Paraná e que tem pouco mais de 23 mil habitantes: “Deus é gay”, “Pequenas Igrejas, Grandes Negócios” e “fuck the religions”. Também fizeram o símbolo da cruz de ponta cabeça, e um símbolo do anarquismo. A Polícia Militar prendeu os três suspeitos de terem praticado o ato de vandalismo.

Ora, Deus é puro espírito, não tem corpo, não é humano; não tem sexo; logo não pode ser heterossexual ou gay. Não sejamos ignorantes.
Sobre “pequenas igrejas e grandes negócios”, pode mesmo ser verdade para alguns casos de exploração do povo; mas não se aplica à Igreja Católica que é uma só: “Una, santa, católica e apostólica”, diz o nosso Credo. Temos um só chefe, o Papa, um Pastor, o bispo, por ele nomeado em cada diocese. Temos um só Credo, uma só Liturgia, e a sucessão apostólica que garante que essa única Igreja veio de Cristo e dos Apóstolos.
Sobre o palavrão escrito em inglês, “fuck the religions”, atacando todas as religiões de modo geral; é preciso dizer que nem todas são iguais. A Igreja católica salvou o Ocidente quando este desabou na mão dos bárbaros germânicos em 476; depois de seis longos séculos a Igreja construiu a mais bela civilização que o mundo já conheceu, eliminando a barbaridade das lutas de gladiadores, os infanticídios e crianças, a elevação do escravo, e chegou a beleza da Cristandade. Nenhuma instituição fez e faz tanta caridade na face da terra como a Igreja Católica. Só um exemplo atual: 25% de todos os centros de atendimentos de aidéticos que há no mundo, são da Igreja Católica.

Foi ela que a partir do século XII implantou as primeiras universidades do mundo Ocidental (Bolonha, Paris – Sorbone, Montepellier, Coimbra, Valladolid, Lisboa, Praga, Oxford, Cambridge, La Sapienza…), foi ela quem desenvolveu a arte, a música, a arquitetura, o direito, a economia, a astronomia, etc., etc., etc.. O cientista que pela primeira vez fez uma transmissão de rádio sem fio foi um padre da Igreja: Pe. Landel de Moura, brasileiro gaúcho, antes mesmo de Marconi. O cientista que descobriu o “Big Bang” é outro padre da Igreja católica, Pe. George Lamaitre, que recebeu um elogio de Albert Einstein por sua descoberta. O cientista que descobriu as leis da genética foi mais um padre da Igreja, Mendel.   Esses exemplos poderiam ser multiplicados e muitos se formos citar os grandes cientistas jesuítas na matemática, física, medicina, álgebra, trigonometria, cálculo diferencial e integral, teologia, música, etc.

Portanto, jogar o nome sagrado da Igreja fundada por Cristo em num “saco de gatos” sem saber discernir uma coisa de outra, é algo ridículo e anti-intelectual. Nem de brincadeira ou por protesto se pode fazer isso. Além do mais a Igreja nada tem contra os homossexuais, os ama como a todos os homens, e afirma no seu Catecismo que a tendência homossexual não é pecado, e sim a prática (cf. §2357). É preciso saber que Cristo ensinou a Igreja a amar todos os pecadores – e Ele deu a vida para salvá-los - mas não pode se calar diante do pecado.

Prof. Felipe Aquino (www.cleofas.com.br)




 

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