Amor do pai
“Quem não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor” (cf. 1Jo
4,8). O amor mais que personificado, o amor na essência; assim é Deus. Deus Pai
criador de tudo e de todos. O Pai que nos criou no amor, por amor, com amor.
Amor infinito e eterno, amor abrangente, transbordante; e fomos criados no
transbordamento desse amor, por isso, mais que criaturas somos filhos. Assim
temos o direito pleno de chamá-lo de pai. Aquele que É; Abba, Pai!
Esse amor nos é demonstrado no esplendor da criação: numa
flor que desabrocha, num sorriso de criança, no sussurro da brisa suave, no
farfalhar das folhas num vento mais intenso, no canto dos pássaros, no murmúrio
das ondas, nas torrentes impetuosas, na calmaria de um córrego, enfim
listaríamos aqui tudo de belo que podemos contemplar na natureza. Nas
maravilhas da criação enxergamos Deus e Deus é amor.
Toda essa beleza foi imaginada, planejada, concebida, com um
único objetivo, ser oferta de amor à sua obra prima, nós seres humanos. Como
tal tudo nos foi dado: “Deus criou o homem à sua imagem; criou homem e mulher e
os abençoou; frutificai – disse Ele – e multiplicai-vos, enchei a terra e
submetei-a. Deus contemplou toda sua obra e viu que tudo era muito bom” (cf. Gn
1,27-28.31).
Não existe amor maior. Não, não há.
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