“Desperta, desperta, põe teus adornos Sião: veste teus
trajes de gala Jerusalém, cidade santa! Porque não mais verás penetrar em tua
casa nem incircuncisos nem impuros. Sacode a poeira que te cobre, levante
Jerusalém e reina; desvencilha-te das cadeias que te prendem o pescoço,
filha cativa de Sião”.(Is 52,1s).
O |
Senhor está tocando as trombetas em Sião; desperta, acorda
desta letargia espiritual. A Palavra diz: “Desperta tu que dormes, levanta-te
dentre os mortos e Cristo te iluminará” (Ef 5,14). E o Senhor está
dizendo: sacode a poeira, desvencilha-te das cadeias! Isto é seriíssimo! Existem
cristãos envolvidos com ocultismo, usando cristais para dar sorte e outros
procedimentos que desagradam profundamente a Deus; entretanto, dentro da igreja
conservam uma aparência de perfeição. Um povo cuja palavra não converte e as
obras não geram frutos de vida; sua oração é fogo estranho diante do trono de
Deus; fala de santidade, mas não a vive: escuta a palavra, mas nada retém; busca
a face de Deus em pecado e rejeitando as correções, atribuem a Deus coisas que
não disse; passam horas diante da televisão, mas como Eutico (At 20,9), dormem
quando a Palavra é pregada. É para esta gente de coração e comportamento duplo
que Sto. Agostinho dirigiu estas palavras: “Muitos consideram-se cristãos, mas
certamente não o são. Eles não são o que o nome indica nem na vida que levam,
nem na moral que os conduz. Não em sua fé, não em sua esperança e não em sua
caridade.”
“L
|
evanta-te, resplandece, pois já vem a tua luz, e a glória do
Senhor vai nascer sobre ti” (Is 60,1). Acorda depressa Sião, pois esta
geração precisa de uma Igreja viva, intrépida, dinâmica, santa, “... para que
vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos
céus” (Mt 5,16). Deus está fazendo um chamado por toda a terra para que não
durmamos enquanto o demônio investe pesadamente na massificação de conceitos,
ideologias e valores malignos a fim de cauterizar o homem deste século em
relação a tudo que vem de Deus. Ele tem atacado duramente a Igreja e seus
servos. Por isso é hora de revestir-se, ela, da armadura de Deus, seu verdadeiro
traje de gala, para defendermos o que por direito é de Deus, e por herança,
nosso. Mas também não podemos nos esquecer dos “adornos” da santidade de vida,
da pureza de coração, da fé fervorosa, do amor fraterno, da palavra de
encorajamento e de tantas outras virtudes que precisamos ter para atrair o homem
machucado desta época em que vivemos; pois o verdadeiro despertamento tem sempre
dois sentidos: nossa própria vida e a dos irmãos.
A
|
estratégia para estes dias de decisão e intenso combate
espiritual é: “... não durmamos pois como os demais, mas vigiemos e
sejamos sóbrios.”(I Tes 5,6). Mas há muitos irmãos dopados espiritualmente;
sonâmbulos tropeçantes; ébrios do vinho da descrença; dormindo acordados,
sonhando em acumular tesouros e ganhar a vida. Tudo isso é tão estranho! Parece
que Jesus “virou a curva” e muitos cristãos “seguiram reto”. Desaprenderam a
amar o próximo; já não partilham mais seus bens; negligenciam os momentos de
oração, de leitura da Palavra de Deus, de adoração ao Senhor. São pessoas que
não aceitam qualquer coisa que exija renúncia; que gastam muito tempo diante do
espelho cuidando do embelezamento do corpo, mas por dentro há um coração que não
ama Deus acima de todas as coisas. Participam de festas, bingos, chás, mas não
se “sentem chamadas” às vigílias, ao jejum, à adoração ao Santíssimo; gostam de
chamar a atenção para si, de estarem lá na frente, mas não suportam ser
corrigidos, nem têm coração ensinável; quando solicitadas não se comprometem;
querem ver trabalhos, mas não trabalhar; querem ser pastoreadas, mas não
pastoreiam ninguém; são servos sem tempo; indiferentes, críticos, impenitentes,
cheios de rodeios teológicos, mas desprovidos de espiritualidade santa. Como diz
S. Caetano para estas pessoas: “Cristo espera e ninguém se mexe”.
N
|
o presente século os homens andam como mortos vivos a caminhar
pelas ruas de nossas cidades. Parece que os túmulos se abriram e múmias vivas,
envoltas em fachas, dormem o sono da ignorância sobre Deus. Para despertar do
sono da morte esta geração, o Senhor exige uma condição: tirai a pedra! E esta
pedra cabe a Igreja retirar. Sem removermos a pedra da incredulidade, os
milagres que Jesus quer operar em nossas vidas não acontecerão; sem removermos a
pedra dos pecados incorrigíveis, o Senhor não poderá nos levantar do sono das
trevas; sem retirarmos a pedra das idolatrias, Deus não nos livrará do sono da
morte eterna; sem removermos a pedra das nossas convicções, o Senhor não
conseguirá nos despertar do pesadelo da racionalização das coisas de Deus. Assim
também os homens deste tempo estão do lado de fora da tumba, mas continuam a
exalar o cheiro desagradável que existe do lado de dentro. Mas é incrível
encontrar morte dentro da fonte de vida, a Igreja. É por isso que vemos hoje,
como na igreja de Éfeso, cristãos abandonando o primeiro amor. Formados em
mornidão espiritual na escola de Laodicéia; pós-graduados em iniqüidade na
escola de Tiatira; experientes na arte de enriquecer na escola de Pérgamo; que
terminam na escola fúnebre de Sardes, onde finalmente encontram a morte
espiritual. Daí não encontrarem razões para viver, nem felicidade em coisa
alguma.
M
|
as Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que
crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo que vive e crê em mim,
jamais morrerá” (Jo 11,24s). E Jesus não disse isto referindo-se tão somente
à ressurreição dos últimos dias, mas a nossa ressurreição hoje, agora! É por
isso que as trombetas estão ecoando exatamente no meio daqueles que deveriam ser
os arautos de Deus. O Espírito está nos chamando a nos conformarmos com a vida
nova em Cristo e despertarmos muitas pessoas que estão vivendo num estado de
sono profundo.
O
|
Espírito está dizendo à Igreja: Eu preciso de você para atear
fogo a este mundo! Desperta Saul, do sono da imprudência na hora da adversidade
(I Sm 24,4); desperta Sansão, do sono da imprudência na hora da sedução (Jz
16,19); Desperta Davi, do sono da indulgência diante da tentação (II Sm 11,2);
desperta Jonas, do sono da desobediência em tempo de missão (Jn 1,1ss); desperta
discípulos, do sono da tristeza na hora do sofrimento do Mestre (Mt 26,43);
desperta povo de Deus, pois o Senhor espera que façamos não o trivial, o
possível, mas o impossível. Sim, nossa incapacidade unida a onipotência dele é a
alavanca que vai mover os poderes deste mundo. Chamados a reinar com Cristo,
compete a Sião de Deus influenciar este mundo com o nosso viver. Precisamos
viver a nossa vida nova. É tempo de realizarmos a maior revolução que este mundo
já viu: vamos dar um golpe duro no inferno! Vamos povoar o céu! A Jesus toda a
glória; a nós o Espírito que nos capacita e com Jesus leva ao Pai.
(texto copiado de arquivo - sem autor
especificado)
Nenhum comentário:
Postar um comentário