(D. Murilo Krieger)
Senhor, eu creio na Igreja. Na Igreja que, qual povo em marcha,
caminha neste mundo entre alegrias e dores, esperanças e tristezas, uma vez que
aqui não tem morada permanente. Na Igreja que não recebeu soluções prontas para
sua missão, mas que deve procurá-las à luz do seu fundador – Caminho, Verdade
e Vida. Na igreja que cresce, não ostensivamente, mas em pequenos gestos de
amor. Que cresce quando a criança reza, quando o jovem estuda e trabalha no
escritório, quando a mãe prepara o almoço para a família, e o pai na fábrica,
repete a tarefa de todos os dias. Na igreja toda ela feita de amor, construída
no amor e simples como o amor.
Creio na Igreja santa e pura, tão pura e santa que
recebe com alegria os pecadores, os mais abandonados, os famintos de amor. Na
igreja que não poderá descansar enquanto todos os homens não tiverem escutado o
anúncio que lhes possibilitará uma opção pessoal por Jesus Cristo. Na Igreja
rica em sua variedade e que pelo amor, quer reunir todos os homens e mulheres
numa só família.
Creio na Igreja que tem como fundamento os apóstolos
e como novo Pedro, o Papa. Na Igreja que para ser mais semelhante àquele que é
sua cabeça, é perseguida, caluniada e incompreendida. Na Igreja que é
eternamente jovem graças a sua força interna de renovação.
Creio na Igreja que tem a garantia da vitória final
porque teu filho viveu e amou, sofreu e deu sentido à dor, pregou a boa nova e
ofereceu sua vida por seus amigos, venceu o pecado e a morte, e ressuscitando
deixou-lhe a semente da eternidade.
Creio na Igreja que recebeu a missão de cultivar a
alegria vivida intensamente pelo seu Mestre e que deve ser a expressão viva da
sua presença. Na Igreja que tem o poder de criar a presença de Jesus, sendo
necessário para isto, reunir-se em seu nome. Na igreja que a todos acolhem seu
coração e tem um amor preferencial pelos filhos mais pobres, chamando a atenção
de todos para suas necessidades e para o dever da solidariedade mútua.
Creio na Igreja que tem Maria como mãe de Jesus e
mãe de todos. Na igreja que tem um coração missionário, permanecendo inquieta
por ver que Jesus Cristo não é a razão de viver de muitas pessoas.
Creio na Igreja que tem o poder de perdoar os
pecados de seus filhos – poder conquistado pela obediência e pelo perdão do
Crucificado no Calvário. Na Igreja que obediente ao seu fundador, reúne seus
filhos ao redor da mesa eucarística, onde Jesus Cristo, pão vivo, continua sendo
partido e repartido para que todos tenham vida e a tenham em abundância,
antecipando assim, a festa que será eterna. Amém.
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