Dois mil e doze. Vai começar tudo novo? Não, tudo segue como
antes. Os problemas de ontem continuam hoje, as soluções encontradas se aplicam
agora; os desafios ainda estão por aí, basta encará-los. As promessas (as
mesmas de sempre), os propósitos (também os mesmos) repetem-se (óbvio, são os
mesmos), arrastam-se ano após ano e não as cumprimos, ao menos a maior parte.
Dois mil e doze, ano do fim. Tomara. Tomara que acabe a desonra, a
concupiscência, a cultura da morte, o relativismo ateu, a libertinagem, a
hipocrisia, a socialização dos maus costumes, a banalização do pecado, a
perseguição religiosa, a “normose” (achar que tudo, por mais absurdo que for,
seja normal). Tomara que acabe a desonestidade e passe a reinar a civilização
do amor, que o reino de Deus se instale verdadeiramente na face da terra. Falando
de fim, a parusia de Jesus – promessa
da Palavra de Deus – há de se cumprir, quando, não sabemos. Justamente por não
sabermos devemos estar preparados. Que não sejamos encontrados na contramão dos
desígnios de Deus, mas no fluxo de amor que emana do Seu coração. Que tudo
citado acima realmente termine e morra em nós; que nossos corações e mentes
encham-se do ágape divino. Dois mil e doze. Vai começar tudo novo ou tudo
de novo? Tudo de novo se o caminho era em Deus, que assim permaneça. Tudo novo
se o caminho era torto, que se endireite.
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