terça-feira, 31 de janeiro de 2012
sábado, 28 de janeiro de 2012
Testemunho e Contra Testemunho
Ml
2,5-9
“ 5A minha aliança com Levi foi um pacto de
vida e prosperidade e também de temor, a fim de que ele temesse o meu nome; e
ele temeu-me e sempre teve reverencia por meu nome; 6sua boca ensinou a verdade e não
encontrou-se perversidade nos seus lábios. Andou comigo na paz e na retidão, e
afastou do mal grande numero de homens. 7Porque os lábios do sacerdote guardam a ciência e é de sua boca que se
espera a doutrina, pois ele é mensageiro do Senhor dos Exércitos.
8Mas vós vos desviastes do
caminho reto e fostes causa de muitos vacilarem na lei; violastes o pacto de
Levi – diz o Senhor dos Exércitos. 9Por isso, vos tornei desprezíveis e abjetos aos
olhos de todo o povo, porque não guardastes os meus mandamentos e fizestes
acepção de pessoas na aplicação da lei”.
O
profeta Malaquias fala do amor de Deus por Seu povo. Mas também adverte que
bênçãos não acontecem devido ao mal proceder do povo, negligência dos
sacerdotes, desrespeito ao matrimônio, divórcios, adultério, enfim, no
descumprimento dos preceitos legais e divinos. Prosseguindo a leitura, isto
fica evidente no v. 8. Ver também Mt 23,13.15.
Como fazer para dar bons
testemunhos, ser exemplos a seguir? Qual é a chave, qual o segredo? O segredo
não é nada secreto, aliás, nem é segredo: Eis o segredo (a Bíblia). Ler
atentamente, buscar o entendimento, vivenciar, experimentar, praticar a Palavra
de Deus. A chave é o próprio Jesus, que abre todas as portas; o que Jesus fecha
ninguém abre, o que Ele abre ninguém fecha (Ap 3 ).
Chave... chave do coração... Deus nos deu a
chave de nosso coração, que só abre por dentro, pela nossa vontade e arbítrio.
Sabemos que não somos transformados por nós mesmos, não somos capazes de nos
salvar por nossos próprios méritos. Se somos transformados por Deus, como isso
pode acontecer se Ele mesmo não abre o nosso coração? Boa pergunta. Ocorre que
Deus constantemente pede que abramos a porta do coração – “Eis que estou à
porta e bato...” (cf Ap 3,20). Se é Deus quem age e faz em minha conversão,
ficarei esperando Ele agir, certo? Errado! Você vai ficar esperando,
esperando... e enquanto espera vai escorregando para o abismo. Temos que abrir
a porta e deixar Deus agir. Quando Ele bater, abramos e deixemos aberta; assim,
Ele faz a obra, nos transforma, nos converte, nos restaura.
Viver sob a ação do Espírito Santo.
Viver sob ação do Espírito Santo é abrir o coração e deixar que Ele dirija
nossas ações, nosso pensar, nossa vida enfim; é se deixar levar pelo Espírito
de Deus. Quem está sob a ação do Espírito não está submisso a lei. Não que
esteja acima da lei, não, mas porque quem se deixa conduzir pelo Espírito Santo
segue os passos de Jesus e Jesus nunca transgrediu, nunca errou, nunca
desobedeceu. Jesus é o caminho que leva ao Pai, a verdade que liberta e a vida
plena e abundante, a vida eterna.
Jesus nunca lhe perguntou se você
aceitaria que Ele derramasse um pouquinho do seu sangue por você; nem sequer
cogitou se você seria merecedor ou não. Ele simplesmente foi e derramou todo o
Seu sangue por você! Todo o sangue. E o sangue de Jesus é precioso demais para
que se perca, para que seja derramado em vão. Por isso temos que ser dignos,
aceitarmos de coração aberto o sacrifício de Jesus. Temos que mostrar isso em
nossas vidas, testemunhando, sendo exemplos vivos do Evangelho e espelhos fiéis
das obras e ensinamentos de Cristo.
Acolhamos com amor os irmãos
pecadores (mais pecadores que nós), sejamos espelhos, bons exemplos, com o fim
de resgatar as ovelhas perdidas do Senhor. Porém sejamos cuidadosos. Não
devemos em nome do perdão e da misericórdia, confundir acolhimento fraterno com
permissividade, assim como em nome da retidão e da justiça usar de severidade
excessiva, trocando zelo por intolerância. Que Deus nos abençoe e nos guarde
contra todos os males, principalmente nos dê discernimento e bom senso para que
ao nos defrontarmos com maus exemplos e contra testemunhos, não discriminemos o
pecador, mas jamais aceitemos o pecado.
Carlos Nunesquarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Rumo ao ENF 2012
Hoje estamos
partindo para Lorena, SP, para o ENF 2012 (encontro nacional de formação da
RCC), depois de muita luta, de alguns entraves que quase impossibilitaram nossa
presença no evento; mas nunca perdemos a esperança, a fé de que tudo seria
resolvido a contento. E Deus é grande, maior que toda tribulação, que toda
dúvida. Assim sendo, toda barreira foi demolida, toda muralha que era obstáculo
foi derrubada; ruíram como as muralhas de Jericó diante do clamor dos filhos de
Deus. Isto não é uma simples reflexão, é um testemunho de perseverança. Quando
um filho, uma filha de Deus dobra os joelhos, ora com fé expectante, mesmo
diante de todo tipo de dificuldade, a resposta e ação de Deus se faz presente,
a providencia divina se apresenta, as portas se abrem e a solução dos problemas
surge. Afinal, quando nos prostramos para adorar, Deus se levanta para agir. Obrigado Senhor, graças Te damos por Tua
poderosa intervenção. Deus seja louvado e o inimigo vencido. Louvado seja nosso
Senhor Jesus Cristo; para sempre seja louvado!
domingo, 22 de janeiro de 2012
Quero Ser Santo
Quero ser santo, preciso ser santo. Devo ser santo, pois o
céu clama por santidade. A Bíblia nos diz, seja santo como o Pai Celeste é
Santo. O que é santidade? Como ser santo? Santidade é viver uma vida consagrada
a Deus, dedicada ao bem e ao amor fraterno, é viver intensamente em Deus, sendo
isento de pecado, imaculado. Biblicamente, santo significa separado, apartado,
designando aqueles que viviam longe dos costumes mundanos, fora do paganismo.
Desde modo para ser santo basta resistir às influências maléficas do mundo,
afastar-se das fontes de pecado e viver vinte e quatro horas, dia a dia,
trezentos e sessenta e cinco dias ao ano sob a égide do Espírito Santo.
Ah!... Se fosse simples assim... Já diz o dito popular: falar é fácil, fazer é que são elas. Há
que matar leões e dragões diariamente! A batalha é diária. E a pior, a mais
dura é a luta contra si mesmo, pois a nossa tendência inata ao pecado – a
famigerada concupiscência – em muitos habita à flor da pele. O inimigo de
nossas almas sabe disso e acende em nós todo tipo de desejo pecaminoso; desregramento
sexual, indiferença religiosa, tendência ao mal, falsidade, desonestidade, são
os campos onde Satanás atua para nos desviar do caminho. Às vezes consegue.
Muitos sucumbem e são presas de suas garras afiadas.
O Apóstolo São Pedro nos lembra que o Demônio é como um leão
que nos cerca pronto a nos devorar. Por isso a necessidade de vigilância, de
oração. Só assim, discernindo o que é bom e o que é mal, em vigília e oração podemos
combater e vencer o inimigo; matar leões e dragões a cada dia. É difícil viver
a santidade num mundo onde imperam uma moral distorcida, o adultério e a
desonestidade; onde irmão desrespeita irmão, filhos os pais e pais os filhos; onde
políticos e empresários são corruptos e assustadoramente insensíveis ao
sofrimento do povo; onde se mente e trapaceia descaradamente.
Não somos perfeitos,
só o Pai é perfeitissimo; daí estamos sujeitos a quedas. Por isso apesar da
resistência ao mal, num descuido às vezes tropeçamos, escorregamos,
transgredimos. Mas o coração de Deus é extremamente misericordioso e conhece
nossas intenções, daí vem em nosso socorro concedendo-nos o perdão de nossas
faltas e reconciliando-nos com Ele. Se a transgressão foi grave, amorosamente
Ele nos deixou o sacramento da penitencia, onde arrependidos confessamos nossos
pecados e somos perdoados.
Ainda não cheguei lá. Sei que não é fácil, mas é possível.
Com luta e perseverança conseguiremos, pois a Palavra nos garante: Em Cristo
somos mais que vencedores!
domingo, 15 de janeiro de 2012
Expulsão dos Demônios
Mt 8, 28-34 - O episódio narrado em
Mateus 8 espanta não só pelo fato dos porcos se atirarem ao mar, mas
principalmente, por realçar a realidade da possessão demoníaca. Embora nem todo mal venha diretamente do
diabo, sabemos que muita coisa ocorre por influencia direta ou indireta dele.
Conforme Apocalipse 9, enquanto esperam o julgamento final os demônios gozam de
relativa liberdade para exercerem sua ação maléfica na terra. O que eles fazem
possuindo seres humanos, suscitando doenças, insuflando o pecado. Eles tentam
nos invadir, nos atormentar. Como e porque isso ocorre? Por causa de nossos
pecados não confessados, devido ao nosso padrão errado de conduta, desvios de
comportamento, pelos pecados do dia a dia que insistimos em não abandonar, os
“pecadinhos de estimação”. A solução? Jesus. Jesus de Nazaré, o filho de Maria
Santíssima, porque como vimos na leitura, os demônios a ele se submetem. Seu
poder é imenso e esse poder é conferido a Nossa Senhora e aos anjos de Deus. Em
nome de Jesus podemos também nós, devidamente preparados, repreender os
espíritos malignos.
O homem busca incessantemente formas
de vida no espaço, em outros planetas. A frase “não estamos (ou não queremos
estar) sós no universo”, move esta busca. Nem precisa tanto, nem precisa buscar
longe, há formas de vida inteligente entre nós, seres invisíveis a nossos olhos
carnais: anjos e demônios. Eles existem em grande número, são velocíssimos –
ouso afirmar, por serem puro espíritos, incorpóreos, que deslocam-se a
velocidade da luz. Daí advém seu poder, o conhecimento prévio de fatos, a
capacidade de captar sons inaudíveis ao ouvido humano. Satanás, a primitiva
serpente, foi lançado a terra, foi banido devido a seu imenso orgulho, sua
arrogância desmedida. E na queda arrastou consigo uma multidão de anjos que o
serviam. Agora, condenados, são os espíritos malignos, os demônios, que
atormentam a humanidade. A solução? Jesus. Nosso Senhor Jesus Cristo, o nome
acima de todo o nome. Jesus, cujo sangue é bálsamo para nós, mas que é
repelente mortal para o maligno e seus asseclas. Pois pelo sangue derramado por
Jesus na cruz fomos lavados e remidos, enquanto o inimigo foi definitivamente
derrotado.
Em Sb 2,24 diz: “Foi por inveja...” Onde a influência do
demônio se faz presente? Onde podemos identificá-lo? Na crença de que a felicidade só se encontra
nas coisas materiais; na concupiscência da carne, ou seja, na compulsão sexual,
nos desvios mórbidos de comportamento; na auto-suficiência, quando se prescinde
de Deus; no egoísmo, no egocentrismo, na frieza, crueldade, falta de amor; onde
o nome de Jesus é usado com ódio deliberado, causando divisão; onde o evangelho
é distorcido, falsificado, deturpado, mutilado. Quanto a estas últimas
assertivas, o próprio Jesus afirma: “Quem está comigo ajunta, quem não está
comigo espalha”. Diz também Jesus: “Muitos virão em meu nome, lobos em pele de
cordeiro, farão prodígios e seduzirão até mesmo alguns dos eleitos”. – “Nem
todo que diz senhor, senhor, entrará no reino dos céus”.
O Senhor na sua Palavra nos adverte
e ensina a combater o inimigo de Deus e de nossas almas. Através Pedro nos
exorta a sermos vigilantes e orantes, pois o inimigo é como um leão que ruge,
pronto a nos devorar. É necessário então estar atentos. Através Paulo em
Efésios 6, nos fornece as armas necessárias ao combate. A nossa luta não é
contra a carne e o sangue, sim contra o príncipe das trevas, os anjos caídos,
os espíritos maus dos ares. Aí vai uma advertência; muitos não acreditam na
existência do demônio como um ser real. E essa é exatamente uma das maiores
artimanhas do diabo: fingir-se de morto, negar a própria existência, pois desta
forma ele invade os corações dos desprevenidos e incautos. Nossas armas nessa
luta incessante são a couraça da justiça, o capacete da salvação: a fé no
sangue poderoso de Jesus; o cinturão da verdade, as sandálias da humildade: por
ser orgulhoso e soberbo, o maligno não suporta a simplicidade, a humildade, a
pureza; por fim a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, a Bíblia
Sagrada.
Enquanto aguardamos o retorno glorioso de Jesus, como
São Paulo, combatamos o bom combate.
Carlos Nunes
sábado, 7 de janeiro de 2012
Repouso no Espírito
Na Renovação Carismática, encontram-se várias
manifestações do poder do Espírito Santo, que de início espantaram grandemente,
mas que são agora mais facilmente admitidas como autênticas; é assim com o dom
das línguas, das curas, a Efusão do Espírito, a imposição das mãos. Mas há um
fenômeno sobrenatural menos conhecido, que se torna cada vez mais frequente na
Renovação Carismática: é o repouso no Espírito. Depois de um estudo atento
sobressai, sem equívoco possível, que esta experiência encontra o seu
fundamento na teologia. Com efeito, o
repouso no Espírito reveste-se das características do arrebatamento (que é uma
espécie de êxtase) salvo na sua causa imediata, que é o pedido feito a Deus, numa
oração apropriada. Como é um arrebatamento,
o repouso no Espírito é da mesma família da ordem extática, mas não arrasta
consigo a santificação da pessoa nalguns instantes. Esta experiência mística é
destinada a favorecer uma vida cristã mais fervorosa ou uma conversão do
coração.
O repouso no Espírito resulta, mais frequentemente,
da imposição das mãos, ou pelo menos de um toque da mão na cabeça, embora esse
gesto não seja sempre necessário. A pessoa começa a vacilar, para finalmente
cair devagarinho para trás. Esta queda é causada por uma graça tão poderosa do
Espírito Santo que o corpo já não pode suportá-la e, então, as suas forças
abandonam-no. Contudo, é preciso esclarecer que a queda não é obrigatória e não
condiciona, necessariamente, a recepção da graça. Por outro lado, aqueles que
não "caem" são afetados por uma vertigem não desagradável, tremuras
ou pernas debilitadas, mas estas manifestações físicas são impregnadas de
doçura e de paz. A sensação interior de repouso no Espírito parece existir
também nas pessoas que não caem. O
repouso no Espírito resulta, portanto, de uma nova efusão do Espírito Santo,
mas de um gênero diferente da que o Batismo no Espírito provoca. Com efeito, a
experiência espiritual do repouso no Espírito parece realizar-se, sobretudo, ao
nível da inteligência. Pelo contrário, o Batismo no Espírito verifica-se, em
especial, ao nível da afetividade. O
repouso no Espírito desenvolve consideravelmente a acuidade intelectual, no
sentido em que a atenção é mais levada para a experiência atual da intimidade
divina. A consciência é amplificada, mas é desviada das realidades exteriores e
é mais centrada na realidade sobrenatural. Por outro lado, os limites pessoais
podem, também, tornarem-se mais manifestos. Há, portanto, um engrandecimento da
lucidez interior sobre Deus e sobre si próprio.
O repouso no Espírito é um arrebatamento que interrompe o conhecimento
que se pode adquirir por si próprio. O Espírito Santo não faz, portanto, um
vazio na inteligência, mas suspende temporariamente a sua atividade, fixando-a
em Deus. É isto que se chama, em teologia mística, a "ligação das
faculdades".
O repouso no Espírito resulta, portanto, de uma
nova efusão do Espírito Santo, mas de um gênero diferente da que o Batismo no
Espírito provoca. Com efeito, a experiência espiritual do repouso no Espírito
parece realizar-se, sobretudo, ao nível da inteligência. Pelo contrário, o
Batismo no Espírito verifica-se, em especial, ao nível da afetividade. O repouso no Espírito desenvolve
consideravelmente a acuidade intelectual, no sentido em que a atenção é mais
levada para a experiência atual da intimidade divina. A consciência é
amplificada, mas é desviada das realidades exteriores e é mais centrada na
realidade sobrenatural. Por outro lado, os limites pessoais podem, também,
tornarem-se mais manifestos. Há, portanto, um engrandecimento da lucidez
interior sobre Deus e sobre si próprio. O repouso no Espírito é um
arrebatamento que interrompe o conhecimento que se pode adquirir por si
próprio. O Espírito Santo não faz, portanto, um vazio na inteligência, mas
suspende temporariamente a sua atividade, fixando-a em Deus. É isto que se
chama, em teologia mística, a "ligação das faculdades". Tudo o que a
alma conhece pelas suas próprias forças não é nada, em comparação com os
conhecimentos abundantes e rápidos que lhe são comunicados durante os
arrebatamentos. O repouso no Espírito é frequentemente acompanhado de luzes
especiais e novas, que se dirigem para Deus, para o Cristo, para a sua
misericórdia, para o valor da vida cristã, para os pecados, para os defeitos,
os insucessos, etc. Estas luzes não acontecem sempre explicitamente durante o
repouso no Espírito, mas a sua compreensão desenvolve-se ao longo das horas ou
dos dias que se seguem à experiência. O
repouso no Espírito traduz-se, habitualmente, por uma incapacidade corporal. A
pessoa começa por vacilar, para finalmente cair suavemente para trás; a energia
física desvanece-se. A pessoa está como que ofuscada pela intensidade da
presença interior do Espírito Santo. Há, então, incapacidade de adaptar o
psiquismo e os sentidos a uma experiência espiritual tão intensa.
Em termos técnicos, pode dizer-se que, no decurso
do repouso no Espírito, só o "Pneuma" se liberta para se
"aquecer" no seio do Pai, enquanto que a "psique" está como
que ligada desde que se deu a "invasão" do corpo pelo Espírito Santo.
Enquanto a pessoa "repousa" no chão, parece estar num meio-sono,
banhada numa grande paz. Terá, por vezes, a impressão de estar como num outro
mundo, ou ainda, como do lado de fora do seu corpo. Saboreia uma grande alegria
interior, um amor de Deus muito intenso, a que se junta por vezes uma cura
física ou interior, ou opera-se uma conversão profunda. O repouso no Espírito
dá, frequentemente, forças novas ao corpo e ao espírito, tal como o sono natural
regenera as forças corporais. O repouso no Espírito é uma inibição reparadora.
Quanto à duração, vai de alguns segundos até algumas horas. Quanto mais tempo
dura, mais a influência divina é susceptível de ser profunda. A maior parte das
pessoas deseja não ser incomodada, a fim de saborear esta presença invulgar de
Deus. Se o repouso no Espírito não se
produz, a pessoa poderá, até mesmo, ser santa e habituada à influência do
Espírito. De qualquer maneira, é preciso evitar fazer um julgamento geral sobre
as pessoas que recebem o repouso no Espírito e as que não recebem. Mas, em
poucas palavras, pode dizer-se que apenas não se recebe o repouso no Espírito
porque se resiste, recusando-o, ou então porque se está habituado à ação do
Espírito em si próprio.
Por outro lado, o repouso no Espírito sobrevém, a
maior parte das vezes, na oração. Pode tratar-se de um grupo de pessoas, mais
ou menos considerável, reunido para uma oração comum, seja litúrgica, seja
carismática; uma ocasião muito favorável é a celebração eucarística,
especialmente depois da santa comunhão. Quanto mais a atmosfera está impregnada
de oração, mais o repouso no Espírito se manifesta, por vezes mesmo sem as que
as pessoas sejam tocadas por outras. A oração de louvor é uma causa particularmente
eficaz do repouso no Espírito. Este repouso também se produz, muitas vezes, a
seguir a um ministério de pregação, confinante a orações de cura. Convém
assegurar um clima tranquilo na assembléia e evitar a exaltação da assistência
e toda a procura de espetáculo.
(de um texto do Pe. O. Melançon, CSC – portal RCC/Br)
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
O ano do fim
Dois mil e doze. Vai começar tudo novo? Não, tudo segue como
antes. Os problemas de ontem continuam hoje, as soluções encontradas se aplicam
agora; os desafios ainda estão por aí, basta encará-los. As promessas (as
mesmas de sempre), os propósitos (também os mesmos) repetem-se (óbvio, são os
mesmos), arrastam-se ano após ano e não as cumprimos, ao menos a maior parte.
Dois mil e doze, ano do fim. Tomara. Tomara que acabe a desonra, a
concupiscência, a cultura da morte, o relativismo ateu, a libertinagem, a
hipocrisia, a socialização dos maus costumes, a banalização do pecado, a
perseguição religiosa, a “normose” (achar que tudo, por mais absurdo que for,
seja normal). Tomara que acabe a desonestidade e passe a reinar a civilização
do amor, que o reino de Deus se instale verdadeiramente na face da terra. Falando
de fim, a parusia de Jesus – promessa
da Palavra de Deus – há de se cumprir, quando, não sabemos. Justamente por não
sabermos devemos estar preparados. Que não sejamos encontrados na contramão dos
desígnios de Deus, mas no fluxo de amor que emana do Seu coração. Que tudo
citado acima realmente termine e morra em nós; que nossos corações e mentes
encham-se do ágape divino. Dois mil e doze. Vai começar tudo novo ou tudo
de novo? Tudo de novo se o caminho era em Deus, que assim permaneça. Tudo novo
se o caminho era torto, que se endireite.
domingo, 1 de janeiro de 2012
Diante do mal está o bem
Este versículo do
livro do Eclesiástico como todas as outras passagens da Bíblia, nos faz pensar
e nos pede um posicionamento perante a vida.
Diante do mal está
o bem. Muitas vezes, nos deparamos com o mal na nossa vida, por exemplo, quando
alguém propositalmente, para proveito próprio, usando de meios iníquos nos
prejudica ou a alguém que nós amamos, ou fala mal de nós, ou nos humilha. Qual
seria o bem que está diante desse mal? A NOSSA ATITUDE. Se a nossa atitude for
de perdão, se não ficarmos falando mal dessa pessoa aos outros, mas se calarmos
em oração, isto é, silenciarmos e pedirmos a misericórdia de Deus para essa
pessoa que agiu mal, estaremos colocando o bem diante do mal. E daí, o bem que
vem de Deus alcançará a nossa vida. Será o Bem aliando-se ao bem. O Bem com
letra maiúscula é aquele que vem de Deus e o bem que reflete esse Bem Maior que
vem de Deus é o bem que nós praticamos em resposta ao mal com que nos
deparamos.
São Paulo nos
exorta em sua carta aos Romanos: “Não te deixes vencer pelo mal, mas triunfa do
mal com o bem.” (Rm 12, 21)
Portanto, se
quisermos o amor e a misericórdia de Deus se derramando sobre nossa vida, não
paguemos o mal com o mal. Quem age mal se alia ao mal e cedo ou tarde pagará um
preço por isso.
São Pedro nos
recorda: “Aqueles que sofrem segundo a vontade de Deus encomendam as suas almas
ao Criador fiel, praticando o bem.” (1Pe 4, 19).
Maria Beatriz Vargas - RCCBRASIL
Maria Beatriz Vargas - RCCBRASIL
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